PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: GUSTAVO LIMA URBIETA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUSTAVO LIMA URBIETA
DATA: 29/09/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Ambiente Virtual, link https://meet.google.com/wzk-ruwq-ngi
TÍTULO: Moscas ectoparasitas (Diptera, Streblidae) de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em cavernas do Nordeste do Brasil, com ênfase no bioma da Caatinga
PALAVRAS-CHAVES: Coevolução, Hospedeiro-parasita, Especificidade parasitária, Mata Atlântica
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Cavidades subterrâneas oferecem aos morcegos abrigo, proteção e estabilidade de condições para reprodução e socialização. Dentre outros organismos associados aos morcegos, as moscas ectoparasitas também são favorecidas pelo ambiente das cavidades e estão intimamente associadas a esses mamíferos, embora aspectos biológicos sobre essa associação sejam pouco conhecidos. Em particular, há ausência de estudos comparativos sobre as associações de assembleias de morcegos cavernícolas e de suas moscas ectoparasitas em “cavernas quentes” (“hot caves” ou “cuevas calientes”, cavidades com populações grandes de morcegos e condições únicas de temperatura e umidade, dentre outras características) e “cavernas frias” (“cold caves”, cavidades com grandes populações de morcegos) incluindo possíveis efeitos da variação desses ambientes nessa relação parasitária. Portanto, o objetivo dessa tese foi caracterizar as interações entre morcegos e moscas ectoparasitas em cavernas e avaliar se essas variam em diferentes cavidades. Para tal, capturamos 700 morcegos (19 espécies) e coletamos 1,412 moscas ectoparasitas (29 espécies) ao longo de 16 cavernas na região Nordeste do Brasil. Os resultados e discussões do objetivo central estão distribuídos em três capítulos. No Capítulo I, investigamos informações publicadas sobre interação morcego-mosca em poleiros (i.e., cavernas, construções humanas) e avaliamos os padrões globais de coautoria para identificar tendências de novos estudos. No Capítulo II, testamos o efeito de variáveis microclimáticas e tipo de cavernas (i.e., hot e cold caves) no parasitismo de estreblídeos em morcegos. Por fim, no Capítulo III, descrevemos e comparamos a topologia, a especialização e força das espécies nas redes de interações morcegos-moscas em escala local (i.e., hot e cold caves) e regional (meta- network). Nossos achados evidenciam que a composição de morcegos e moscas ectoparasitas em ambientes cavernícolas são altamente específicas e apresentam estruturação ecológica dependente da caverna. Sobretudo, para hot caves, onde há fenômenos ecológicos específicos nas relações parasitárias. E, por isso, as cavernas necessitam de estratégias de conservação que considerem todos da comunidade, inclusive as moscas ectoparasitas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 593.723.546-00 - VALERIA DA CUNHA TAVARES - UFMG
Interno - 696.485.571-87 - FABIANA LOPES ROCHA - UFPB
Externo à Instituição - ANA CAROLINA PAVAN
Externo à Instituição - KAROLINE CERON