PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: PAULO FERNANDO GUEDES PEREIRA MONTENEGRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO FERNANDO GUEDES PEREIRA MONTENEGRO
DATA: 26/02/2021
HORA: 09:00
LOCAL: PPGCB Virtual (https://meet.google.com/pih-kbdr-qts)
TÍTULO: Biologia termal de Nasutitermes ephratae (Holmgren, 1910) em ecossistemas com diferentes condições climáticas
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Termo-regulação, Nasutitermes, ninho
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Térmitas são insetos sociais que apresentam importante papel como decompositores em ecossistemas tropicais. Assim como nos demais animais ectotérmicos, diversos processos fisiológicos estão sujeitos à influência da temperatura ambiente e, assim, a manutenção de temperatura constante no interior dos seus ninhos permite manter o desempenho ótimo de diversas atividades, a persistência da população, e a manutenção dos processos de ciclagem de nutrientes. As relações térmicas de térmitas da espécie Nasutitermes ephratae (Holmgren, 1910) foram investigadas em populações de dois ecossistemas de Floresta Atlântica com diferentes condições climáticas, localizados em Areia e João Pessoa no estado da Paraíba. Os resultados do estudo mostraram que há um ritmo circadiano de temperatura no interior das colônias, em todas as camadas que compõem o ninho. Essas camadas apresentaram uma diferença de temperatura para o ambiente, formando um gradiente térmico através da parede do ninho. Essas diferenças não são as mesmas entre ecossistemas e estações do ano, sendo maior em Areia durante o trimestre mais quente do ano (5,5°C). A amplitude térmica no interior das colônias diferiu entre as camadas, sendo menor na interna (1,5°C). O envelope de revestimento apresentou um importante papel como isolante térmico, sendo capaz de elevar a temperatura do interior da colônia em 2°C. A temperatura média no interior das colônias foi maior na estação quente em relação à estação fria em um mesmo ecossistema; entre eles, entretanto, diferiu apenas na estação fria, sendo 6,6°C maior em João Pessoa. Nos dois ecossistemas e estações do ano, os picos de temperatura em todas as camadas do ninho apresentaram um atraso em relação à temperatura ambiente, sendo maior (aproximadamente quatro horas) para a camada interna. Apenas a temperatura da camada interna mostrou-se correlacionada positivamente com o volume do ninho, sendo maior para as colônias em Areia. Nessa espécie de térmita, o calor metabólico apresentou importante papel no balaço térmico da colônia, sendo capaz de aumentar em 4,8°C a temperatura no interior dos ninhos. Em Areia, colônias expostos ao sol apresentaram temperatura maior em relação àquelas localizadas à sombra para todas as camadas, com maior diferença observada na camada interna (5,3°C). Em conjunto, esses resultados sugerem que a temperatura no interior de colônias de Nasutitermes ephratae não é mantida constante em escalas temporais diária e sazonal. Populações originárias de ambientes com diferentes condições climáticas apresentam diferentes condições de temperatura no interior das colônias, sugerindo não haver um valor de temperatura ótimo para a espécie.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1507827 - ALEXANDRE VASCONCELLOS
Interno - 1973701 - BRAULIO ALMEIDA SANTOS
Interno - 1022359 - CELSO FEITOSA MARTINS
Externo à Instituição - FLAVIA MARIA DA SILVA MOURA
Externo à Instituição - MICHAEL HRNCIR