PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: JOÃO PAULO DE LIMA SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO PAULO DE LIMA SILVA
DATA: 31/01/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO SAZONAL E INTERANUAL DE HIDRÓIDES (CNIDARIA, HYDROZOA) EPIFÍTICOS EM GRAMAS MARINHAS DO ATLÂNTICO SUDOESTE TROPICAL (~6°S)
PALAVRAS-CHAVES: Hidróides epifíticos, Gramas marinhas, Padrões temporais, Abundância.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Hidróides são importantes componentes da epifauna séssil dos ecossistemas de gramas
marinhas, onde participam do acoplamento bento-pelágico, além de servir como bioindicadores
de impactos antropogênicos. Apesar disso, pouca atenção tem sido dada a estrutura e dinâmica
sazonal e interanual dessas taxocenoses, especialmente em áreas tropicais. Neste sentido, a
composição, ocorrência e abundância de hidróides em bancos do capim agulha Halodule
wrightii de praia do nordeste do Brasil foram investigadas mensalmente entre março de 2016 a
fevereiro de 2019. Dentre as 23.560 folhas coletadas e analisadas, 5.301 (22,5%) estavam
epifitadas por hidróides, sendo identificadas sete espécies e contado um total de 164.620
pólipos. Durante o estudo, as médias mensais para densidade de pólipos e percentual de folhas
epifitadas nos bancos variaram entre 0,7±0,6 e 3659 ± 2215 pólipos/100 cm2
e 0,1 ± 0,3 e 78,4
± 7,9%, respectivamente. Diferenças sazonais e interanuais foram observadas para estes
parâmetros, com maiores valores médios durante estação chuvosa (março-agosto) nos três anos,
quando também foi observado um maior número de espécies e esforço reprodutivo. Orthopyxis
sp. (possivelmente uma espécie não descrita) e Tridentata marginata foram as espécies
dominantes nos bancos e principais responsáveis pelos padrões observados. Os resultados
encontrados aqui corroboram com os poucos dados existentes sobre hidróides tropicais,
sugerindo uma maior riqueza, abundância e esforço reprodutivo durante os meses chuvosos,
quando há maior disponibilidade de alimento na costa. Por sua vez, o declínio das populações
durante a estação seca (setembro-fevereiro) na área estudada está possivelmente relacionado a
menor disponibilidade de alimento e aumento da frequência de algas, as quais podem competir
diretamente por espaço com os hidróides. O presente trabalho forneceu informações
importantes e previamente inexistentes sobre a dinâmica temporal de hidróides no Atlântico
sudoeste tropical, além de chamar atenção pra uma possível espécie de Orthopyxis ainda não
descrita para a ciência.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GABRIEL NÉSTOR GENZANO
Externo à Instituição - MARIA ANGÉLICA HADDAD
Presidente - 2054463 - MIODELI NOGUEIRA JUNIOR