PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: MARCELO ARAGÃO DE BRITO FILHO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELO ARAGÃO DE BRITO FILHO
DATA: 30/06/2022
HORA: 08:30
LOCAL: PPGCB Virtual Link da videochamada: https://meet.google.com/yth-wwjm-cdr
TÍTULO: ECOLOGIA DE Micrablepharus (SQUAMATA, GYMNOPHTHALMIDAE): AUTOECOLOGIA DE Micrablepharus
atticolus NO CERRADO E ECOLOGIA GEOGRÁFICA DE Micrablepharus maximiliani EM AMBIENTES DE CERRADO, CAATINGA E TABULEIROS DA FLORESTA ATLÂNTICA.
PALAVRAS-CHAVES: Ecologia, Dieta, Morfometria, Reprodução, Variação Geográfica.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Lagartos são excelentes para realização de estudos ecológicos devido a sua captura relativamente fácil e considerável abundância. Estudos autoecológicos fornecem informações sobre a história de vida de uma espécie, o que permitem a compreensão de sua história evolutiva e também auxiliam na elaboração de ações para sua conservação. Diferentes populações de lagartos podem apresentar diferenças ecológicas diferentes. Essas variações indicam influências ambientais na ecologia. Por outro lado, a ausência de variação indica conservatismo genético da característica. Micrablepharus geralmente apresenta considerável abundância em suas áreas de ocorrência, sendo uma boa escolha para realização de estudos ecológicos. Micrablepharus maximiliani tem ampla faixa de ocorrência na região neotropical, sendo uma ótima espécie para estudos de variação geográfica da
ecologia. Essa Dissertação está dividida em dois capítulos. O primeiro é um estudo de autoecologia de Micrablepharus atticolus, onde descrevemos a ecologia da espécie a partir de dados de morfometria, dieta e reprodução, e testamos as hipóteses de que (1) a espécie possui dimorfismo sexual no tamanho e forma do corpo; (2) os sexos apresentam dietas diferentes; e (3)
fêmeas maiores produzem ovos maiores. O segundo é um estudo da variação geográfica da ecologia de M. maximiliani em ambientes de Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, e testamos as hipóteses de que (1) as populações apresentam diferenças no dimorfismo sexual; (2) na dieta; e (3) na reprodução.
Encontramos dimorfismo sexual no tamanho do corpo em M. atticolus e M. maximiliani, com fêmeas maiores que machos, exceto em M. maximiliani no Cerrado. Encontramos dimorfismo sexual na forma do corpo, com CRC sendo a variável mais importante nas duas espécies, com fêmeas apresentando CRC maior, e cabeças e membros menores que machos. Em M. maximiliani, fêmeas da Caatinga foram maiores, e machos da Mata Atlântica, menores. Araneae, Blattodea e Orthoptera
representam 80% das presas consumidas por M. atticolus. Observamos conservatismo na dieta de M. maximiliani, que consumiu principalmente Araneae, Orthoptera e Blattodea nos três ambientes, além de Hemiptera no Cerrado e Isopetra na Caatinga. A Caatinga apresentou maior diferença na dieta, com mais categorias de presas, maior largura e menor sobreposição de nicho entre os biomas, enquanto que Mata Atlântica e Cerrado apresentaram sobreposição de nicho de dieta quase total. Ambas as espécies possuem ninhada fixa (dois ovos) e podem produzir ao menos duas ninhadas por estação reproduva, e majoritariamente na estação seca, com M. maximiliani possuindo
maior continuidade reprodutiva na Caatinga e Mata Atlântica, provavelmente devido ao menor período de chuvas no ano, na Caatinga, e menor efeito da sazonalidade na Mata Atlântica, e atividade reprodutiva restrita a um curto período no Cerrado, onde a sazonalidade das chuvas é bem delimitada e previsível.
Encontramos correlação positiva entre tamanho do corpo e volume da ninhada em M. atticolus, mas não em M. maximiliani.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2526168 - DANIEL OLIVEIRA MESQUITA
Externo à Instituição - FREDERICO GUSTAVO RODRIGUES FRANCA
Externo à Instituição - GUARINO RINALDI COLLI