Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAEL MENEZES ROBERTO
DATA: 12/08/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Ambiente Virtual, link: https://meet.google.com/bjs-fcxd-dcz
TÍTULO: Uso de habitat, estrutura de estoque e revisão bibliográfica do dentão (Lutjanus jocu) no Brasil: subsídios para o manejo pesqueiro e conservação
PALAVRAS-CHAVES: Padrões de uso de hábitats; identificação de estoques; química de otólitos; forma de otólitos; manejo de pesca; Lutjanidae
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Recursos pesqueiros no Brasil estão atingindo níveis alarmantes de sobre-exploração, resultantes da falta de manejo de pesca apoiado por estatística de desembarque. A presente tese busca entender importantes questões ecológicas do dentão (Lutjanus jocu) – aplicadas ao manejo da pesca – em diferentes escalas espaciais no Brasil, tais como local (Banco dos Abrolhos, sul da Bahia), regional (Nordeste) e de província (Província Brasileira). No Capítulo 1 testamos a hipótese que L. jocu possui padrões diferenciados de uso de habitat no Banco dos Abrolhos, inferidos a partir da composição química nos otólitos. Razões de Ba/Ca nos otólitos permitiram identificar dois adrões de uso de hábitats: residentes marinhos (indivíduos habitam sistemas marinhos durante toda vida) e migrantes marinhos (jovens habitam estuários e se deslocam aos sistemas marinhos com o tempo). No Capítulo 2 objetivamos identificar estoques pesqueiros de L. jocu ao longo de quatro estados (Maranhão, Ceará, Paraíba e sul da Bahia) que perfazem a maior extensão da costa nordestina do Brasil, usando a análise da forma de otólitos como marcador natural de estoques. Uma alta conectividade espacial entre estoques de L. jocu foi registrada ao largo da costa nordeste, com tendências de isolamento para o Maranhão e sul da Bahia. Já no Capítulo 3 compilamos dados de literatura sobre L. jocu ao longo da Província Brasileira a fim de identificar lacunas de conhecimento e assim direcionar estudos futuros. Evidenciamos um viés na disponibilidade de dados sobre a espécie, sendo abundantes no Nordeste e escassos ou mesmo ausentes nas outras regiões. Baseado nas informações compiladas, propusemos um manejo de pesca de baixo-custo para L. jocu com três principais iniciativas: i) mapeamento das áreas de pesca e de agregação reprodutiva através de pesquisa colaborativa; ii) regulamento de tamanhos de captura apoiado por certificação ambiental; e iii) monitoramento pesqueiro baseado em ciência cidadã. Nossas descobertas têm implicações profundas para o manejo de pesca e conservação de L. jocu, tais como expandir a proteção para os recifes costeiros do Banco dos Abrolhos (Cap.1); subsidiar um manejo baseado em estoque ao longo da região nordeste (Cap.2); e fornecer um modelo de baixo-custo para o manejo pesqueiro em toda a Província Brasileira (Cap.3).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3153630 - JOAO PAULO CAPRETZ BATISTA DA SILVA
Externo à Instituição - MARÍLIA PREVIERO
Presidente - 330757 - RICARDO DE SOUZA ROSA
Externo à Instituição - RONALDO BASTOS FRANCINI FILHO
Externo à Instituição - SUSANNE TANNER