PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: NICOLAS EUGENIO DE VASCONCELOS SARAIVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NICOLAS EUGENIO DE VASCONCELOS SARAIVA
DATA: 31/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual, Link:  https://meet.google.com/qwa-qnrb-shj

TÍTULO: Taxonomia e sistemática dos gêneros Gaibulus Roewer, 1943, Iguarassua Roewer, 1943, Kaapora Pinto-da-Rocha, 1997 (Opiliones: Stygnidae) e espécies relacionadas, da Floresta Atlântica costeira do Nordeste.
PALAVRAS-CHAVES: biogeografia; cladística; filogenia; Mata Atlântica; Stygninae.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Stygnidae é a quarta maior família dentro de Gonyleptoidea, e é caracterizada por corpos retangulares, olhos separados em duas elevações e pedipalpos geralmente longos e finos. Exclusivamente neotropical, a maior parte da sua diversidade está no Brasil, sobretudo na Amazônia e Mata Atlântica. Três gêneros monotípicos, Gaibulus Roewer, 1943, Iguarassua Roewer, 1943 e Kaapora Pinto-da-Rocha, 1997, se distinguem dos demais da família por seu tamanho reduzido e ocorrência restrita à serrapilheira das matas. São predominantemente distribuídos para o estado de Pernambuco, no entanto, coletas realizadas no Nordeste sugerem uma maior riqueza e provável proximidade filogenética. Na revisão da família, apenas Gaibulus schubarti foi incluída em análises filogenéticas com o grupo, recebendo status de incertae sedis, enquanto Iguarassua schuabarti e Kaapora minutissimus não fizeram parte da análise por apresentar, respectivamente, série típica composta por fêmeas e por sua série típica não ter sido localizada na época da revisão. Portanto, o trabalho teve como objetivo registrar e descrever essas possíveis novas espécies; revisar o status taxonômico de K. minutissimus; propor uma nova hipótese filogenética que inclua as espécies descritas e não descritas para o grupo hipotetizado, usando caracteres morfológicos e moleculares (COI, 12S, 16S, 28S e H3); e, a partir disso, realizar análises de tempo de divergência para discutir os padrões de distribuição observados, considerando a relação histórica das áreas de endemismo da nossa região. Para tal, foram examinados espécimes provenientes de empréstimos e de coletas realizadas em regiões da Floresta Atlântica costeira ao Norte do Rio São Francisco. Treze novas espécies são descritas, distribuídas em Iguarassua, Gaibulus e dois novos gêneros. Além dessas, foram realizadas descrições de exemplares machos de I. schubarti e sinonimização de Kaapora com Iguarassua. A análise cladística com pesagem implícita dos caracteres resgatou uma topologia mais estável, na qual a hipótese inicial de monofilia para o grande grupo de espécies aqui descritas não foi resgatada, com Verrucastygnus hoeferscovitorum surgindo dentro dessa linhagem. Com esse resultado quatro gêneros foram reconhecidos: Gaibulus (oito espécies), Iguarassua (quatro espécies), Gen nov. 1 (uma espécie) e Gen nov. 2 (duas espécies). A análise molecular de máxima verossimilhança, realizada com os terminais que pudemos sequenciar, resgatou a monofilia do grupo com o respectivo ramo sustentado por um índice de bootstrap de 0,968. Apesar da diferença de representatividade entre as análises filogenéticas, os resultados encontrados indicam uma maior proximidade evolutiva entre essas espécies, que até então foram pouco consideradas ao longo dos estudos filogenéticos com a família. Além disso, as novas espécies descritas ratificam o padrão de diversidade da Área de Endemismo de Pernambuco.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADRIANO BRILHANTE KURY
Externo à Instituição - CIBELE BRAGAGNOLO
Externo à Instituição - ELEN ARROYO PERES
Presidente - 1799240 - MARCIO BERNARDINO DA SILVA
Externo à Instituição - MARCOS RYOTARO HARA