PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de QUALIFICAÇÃO: PAOLLA GABRYELLE CAVALCANTE DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAOLLA GABRYELLE CAVALCANTE DE SOUZA
DATA: 17/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual, Link: meet.google.com/urw-yock-cny
TÍTULO: Taxonomia integrativa e filogeografia de Trogolaphysa Mills (Collembola: Entomobryoidea) no semiárido brasileiro
PALAVRAS-CHAVES: DNA barcoding, Paronellinae, Espécies Crípticas e Delimitação de espécies.
PÁGINAS: 100
RESUMO: A integração dos métodos moleculares e morfológicos tem auxiliado na descoberta ou reposicionamento de táxons morfologicamente similares em Collembola. Indivíduos de Collembola que habitam cavernas estão sujeitos a pressões seletivas semelhantes e podem apresentar características morfológicas parecidas entre si, como redução ou ausência de pigmentação corporal e olhos e alongamento de apêndices sensoriais. A hipótese de relictos climáticos, com potencial dispersão limitada por sistemas de cavernas ou paleodrenagem, são as principais teorias para explicar a presença e distribuição de espécies troglófilas ou troglóbias de colêmbolos. Durante o Holoceno tardio, a vegetação da Chapada do Apodi, localizada no Rio Grande do Norte, setornou mais aberta e houve o declínio na produção de solo acima dos sistemas cavernícolas. Esses eventos e a forte sazonalidade vista na Caatinga, tornaram as cavernas importantes refúgios para invertebrados de solo. O gênero Trogolaphysa (Entomobryidae, Paronellinae) possui 24 espécies descritas para o Brasil e está amplamente distribuído em cavernas da região semiárida do Rio Grande do Norte. Este trabalho possui como objetivo identificar as espécies que habitam estas cavernas, sua distribuição, delimitação e história evolutiva, através da integração de dados morfológicos e moleculares. O conjunto de dados com marcador mitocondrial Citocromo Oxidase I de 27 novas sequências de Trogolaphysa foi utilizado na reconstrução filogenética de Máxima Verossimilhança e Inferências Bayesiana e na delimitação de espécies pelos métodos ABGD, ASAP, GMYC e PTP. Os métodos delimitaram cinco linhagens de Trogolaphysa, sendo duas linhagens com valores de suporte absoluto e morfologias diferentes. Trogolaphysa sp. nov. 1 e Trogolaphysa sp. nov. 2 podem ser diferenciadas pela quantidade de macroquetas no Abd. IV e quantidade de pseudoporos na placa manubrial. A primeira espécie pode ser encontrada nas cavernas Furna Feia, Furna Nova e Pedra Lisa, tais cavernas estão há cerca de 60.000 km de distância da localidade de Trogolaphysa sp. nov. 2, distribuída nas cavernas Urubu, Bota, Arapuá e Capoeira de João Carlos. As demais linhagens de Trogolaphyhsa que foram encontradas nas cavernas Três Lagos, Boa e Carrapateira não apresentam congruência entre as abordagens moleculares e morfológicas, suas populações apresentam caracteres transicionais entre as populações de Trogolaphysa sp. nov. 1 e Trogolaphysa sp. nov. 2. Este trabalho evidencia a diversidade críptica ou pseudocríptica de Trogolaphysa e apresenta as primeiras espécies do gênero descritas e diagnosticadas através do uso combinado de dados moleculares e morfológicos para o mundo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DIEGO DE MEDEIROS BENTO
Presidente - 612.050.281-53 - DOUGLAS ZEPPELINI FILHO - null
Externo à Instituição - NERIVANIA NUNES GODEIRO