PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: LUCCA VILAR SORRENTINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCCA VILAR SORRENTINO
DATA: 31/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Sistemática e Ecologia CCEN/UFPB
TÍTULO: ICTIOFAUNA DA BACIA DO RIO JAGUARIBE NO CENÁRIO TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO, NORDESTE, BRASIL.
PALAVRAS-CHAVES: Diversidade, Conservação, Nordeste, fatores físico-químicos, assembleia de peixes.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: O conhecimento sobre a ictiofauna da Caatinga ainda é limitado devido reduzido estudos de amplos levantamentos, especialmente na bacia do Rio Jaguaribe, o maior rio intermitente do mundo. Esse reduzido conhecimento é agravado pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), que pode alterar o regime do rio de intermitente para perene, afetando as espécies da bacia. Além disso, são esperadas alterações abióticas que podem influenciar a distribuição dessas espécies, somando-se à possível chegada de espécies não-nativas. Com isto este trabalho teve como principal objetivo fazer um levantamento robusto da ictiofauna do rio Jaguaribe com a intenção de comparar possíveis mudanças na ictiofauna devido ao projeto de transposição. Para realizar este estudo foram feitas coletas utilizando o método AQUARAP em diversos pontos de amostragem abrangendo todas as porções da bacia. Adicionalmente, foram efetuadas coletas regulares e padronizadas ao longo de dois ciclos hidrológicos, um pré e outro pós-transposição em nove locais distintos ao longo do curso do rio. Diferentes instrumentos de pesca, como arrasto manual, tarrafa, redes de espera e peneiras, foram empregados visando explorar variados micro-habitats. Para enriquecer o inventário da ictiofauna de água doce do Rio Jaguaribe, consultas a bancos de dados online de instituições nacionais e internacionais também foram realizadas. Foram coletados dados abióticos da água através de sonda multiparâmetros. Foram executados ANOVAs para comparara número de espécies e a abundância entre os períodos pré e pós-transposição, bem como entre diferentes estações e partes da bacia, estes testes também foram utilizados para investigar possíveis alterações nos dados abióticos. Além disso foram feitas e PERMANOVAs para verificar mudanças nas comunidades de peixes e nMDS foram realizadas para avaliar a composição das comunidades. Foram identificadas 70 espécies de peixes, pertencentes a 20 famílias e seis ordens. Essa quantidade corresponde a 75% das 91 espécies estimadas para a ecorregião MNCE, representando 15% do total de espécies nativas da Caatinga (totalizando 371 espécies). Characiformes apresentou uma maior riqueza, seguida por Siluriformes um padrão coerente com observações em outras bacias do Nordeste brasileiro. Observamos diferenças na abundância e na comunidade de peixes nas porções do rio sendo a baixa diferente da média e da alta e nas estações, mas nenhuma mudança significativa relacionada à transposição. Mudanças nos fatores abióticos também foram registradas, mas ainda não influenciaram a ictiofauna. A espécie, Piabina argentea, foi detectada pela primeira vez no Jaguaribe, possivelmente a partir dos canais da transposição. Embora não tenhamos detectado mudanças significativas na ictiofauna pós-transposição, o caráter recente do projeto sugere que tais mudanças ainda podem ocorrer. Portanto, é crucial continuar monitorando o rio, especialmente em relação à introdução de espécies não-nativas e à disseminação da Piabina argentea.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 330757 - RICARDO DE SOUZA ROSA
Externo à Instituição - SILVIA YASMIN LUSTOSA COSTA
Presidente - 029.888.514-09 - TELTON PEDRO ANSELMO RAMOS - NENHUMA