PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: NATHALIA FERNANDES CANASSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATHALIA FERNANDES CANASSA
DATA: 28/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente Virtual, Link: https://meet.google.com/pow-ynxy-quj
TÍTULO: Cobertura florestal e defaunação em floresta seca no Brasil
PALAVRAS-CHAVES: antropoceno, aves, carbono, MaxEnt e mamíferos
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: As flutuações climáticas do Pleistoceno contribuíram para a grande extinção da megafauna, porém a presença de seres humanos na época acelerou para contribuição dessa grande extinção. Muitos desses animais eram herbívoros e contribuíam para funções ecológicas dentre elas, as relações mutualísticas. Esses animais exerciam a função de dispersores de sementes, permitindo a permanência de espécies de plantas em diversas regiões e contribuindo para composição de formações vegetacionais. No Domínio Caatinga, atividades no antropoceno, como a caça e a pecuária, vêm ocasionando perda na diversidade de espécies de mamíferos de médio e grande porte (defaunação), como o caso da anta (Tapirus terrestre), atualmente extinta na região, além de perda da diversidade de plantas. A perda dessas diversidades afeta as interações ecológicas como dispersão de sementes e estocagem de carbono. Para entender como a antropização tem interferido na Caatinga, fizemos 1) reconstruímos modelos de distribuição de vegetação florestal e vegetação aberta no domínio pelo algoritmo MaxEnt, avaliando efeitos do tipo de solo e de variações climáticas do Quaternário, com base na distribuição de aves florestais e fósseis da megafauna. Encontramos que a região exibiu áreas de clima e solo capazes de suportar mais cobertura florestal do que atualmente existe, restando apenas 4,34% desse tipo vegetacional; 2) verificamos a predição da defaunação e o efeito de downsizing causado pela mesma utilizando o algoritmo MaxEnt e a distribuição espacial das espécies perdidas, bem como os fatores subjacentes que contribuem para o seu declínio através do algoritmo Random Forest. Encontramos uma drástica defaunação, com ~80% das espécies extintas localmente, suportando o efeito downsizing, sendo a caça o principal indicador para esse declínio; e por último 3) verificamos a relação entre plantas zoocóricas com remoção de carbono e biomassa acima do solo, a relação de riqueza de mamíferos frugívoros de médio e grande porte e a defaunação com remoção de carbono, gerados por modelos lineares generalizados. Encontramos relações positivas com dados de plantas zoocóricas e riqueza de mamíferos frugívoros. Resultados que vão contribuir para a conservação da biodiversidade do domínio considerando os efeitos das mudanças climáticas e das atividades humanas que impactam a região de forma não sustentável.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1973701 - BRAULIO ALMEIDA SANTOS
Presidente - 2677667 - HELDER FARIAS PEREIRA DE ARAUJO
Externo à Instituição - JULIANO BOGONI
Externo ao Programa - 1711408 - LENYNEVES DUARTE ALVINO DE ARAUJO
Interno - 1978445 - PEDRO CORDEIRO ESTRELA DE ANDRADE PINTO