PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: WELTON DIONISIO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WELTON DIONISIO DA SILVA
DATA: 22/09/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula PPGCB
TÍTULO: Distribuição e ecomorfologia de escorpiões fossoriais do Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Competição intraguilda, complexidade de habitat, divergência de nicho, modelo de distribuição de espécies, morfometria geométrica.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Escorpiões conquistaram o ambiente terrestre há 400 milhões de anos e hoje habitam em praticamente todo o mundo. Esses aracnídeos solitários têm particularidades evolutivas valiosas para estudos, tais como: dinâmica populacional autorregulada por relações antagonistas entre si; período reprodutivo associado à sazonalidade; e uma variedade de ambientes que habitam e com os quais sua morfologia se relaciona. Apesar de conservarem uma morfologia relativamente similar aos registros fósseis, estudos recentes têm apontado para a modularidade variacional desses organismos, cujas estruturas morfológicas desempenham diferentes funções e promovem a divergência de nichos entre esses competidores. No nordeste brasileiro, os escorpiões Bothriurus asper Pocock, 1893, B. rochai Mello-Leitão, 1932 e Jaguajir rochae (Borelli, 1910) devem competir por recursos, especialmente em ambientes semiáridos. Além disso, esses congêneres são associados a hábitos fossoriais, uma particularidade que pode promover a não-sobreposição de nicho, do nível individual ao populacional, com o epigeico J. rochae. Portanto, o objetivo desse trabalho foi compreender a inter-relação entre ambiente, morfologia e comportamento, bem como sua associação com a distribuição desses animais. Os dados foram obtidos em coleções científicas, coletas ativas durante as estações seca e chuvosa em fragmentos de Caatinga, e ensaios experimentais. Em campo, foi observado que a complexidade ambiental e sazonalidade são positivamente relacionados com a densidade e agregação das espécies. Adicionalmente, em laboratório, foi observado que o nível de atividade desses animais não teve relação com a presença de pistas químicas, mas a espécie menor evitou locais com rastros químicos do heteroespecífico maior. Por outro lado, esse último foi atraído pelos sinais químicos de sua presa intraguilda. Ainda, os machos exibiram atração por traços químicos das fêmeas. Por último, o hábito fossorial ou epigeico foi preponderante nos modelos de distribuição e variação morfológica (tamanho e forma) desses animais, sugerindo diferentes pressões seletivas, mesmo em ambientes semelhantes.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1507827 - ALEXANDRE VASCONCELLOS
Externo à Instituição - LEONARDO SOUSA CARVALHO
Presidente - 1799240 - MARCIO BERNARDINO DA SILVA
Interno - 2054463 - MIODELI NOGUEIRA JUNIOR
Externo à Instituição - RODRIGO HIRATA WILLEMART