PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: MIKAELLE CRISTINA MEDEIROS CHAVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MIKAELLE CRISTINA MEDEIROS CHAVES
DATA: 29/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Biologia Molecular
TÍTULO: A atividade dos transportadores ABC e o fenótipo de resistência a multixenobióticos (MXR) em larvas de Artemia franciscana
PALAVRAS-CHAVES: camarão de salmoura; desenvolvimento; invertebrado; microcrustáceo; náuplios.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: A Artemia franciscana foi introduzida no Brasil nas salinas de Macau (RN), disseminando-se nas demais salinas da região. O gênero Artemia é bastante utilizado como alimento vivo na aquicultura, e, apesar de sua resistência intrínseca tanto a fatores ambientais quanto a compostos tóxicos, o estágio larval vem sendo largamente empregado na toxicologia e, mais recentemente, na ecotoxicologia. A resistência a compostos tóxicos, em diversos grupos, tem sido associada à atividade dos transportadores ABC e o consequente fenótipo de resistência a multixenobióticos (MXR). No entanto, desconhecemos a descrição do fenótipo no gênero. O objetivo do projeto foi investigar a atividade dos transportadores ABC e o fenótipo MXR em larvas de A. franciscana. Para a caracterização da atividade dos transportadores ABC, foram utilizados substratos fluorescentes (calceína-AM e rodamina B) e bloqueadores da atividade das proteínas ABCB1 (PSC833) e ABCC1 (MK571). O fenótipo MXR foi investigado em ensaios de toxicidade aguda, utilizando-se substratos tóxicos dos transportadores ABC (colchicina, CuSO4, ivermectina e vimblastina), e um herbicida amplamente utilizado na região nordeste do brasil (diuron). Foram investigados, ainda, os efeitos de diferentes temperaturas (15°C, 25°C ou 35°C) na atividade dos transportadores ABC no náuplios e na sensibilidade das larvas ao sulfato de cobre e ao diuron. A partir dos ensaios com o substrato fluorescente calceína-AM, foi identificada a atividade do transportador ABCB1, caracterizada por uma maior distribuição da calceína, no corpo da larva, na presença do bloqueador PSC833. Os ensaios com a rodamina B, indicaram a presença da atividade do transportador ABCC1. O bloqueador PSC833 apresentou toxicidade nos ensaios de exposição aguda. Uma vez que o bloqueio da atividade dos transportadores ABCB1 per se mostrou-se tóxico, sugere-se que essas proteínas participem ativamente do desenvolvimento larval de A. franciscana. Nos testes de toxicidade aguda dos compostos observou-se que a colchinha foi tóxica na concentração de 5 μg/L; a ivermectina, nas concentrações de acima de 40 ng/mL; e a vimblastina a partir da concentração de 4 μM. No entanto, não foi observada alteração da quimiossensibilidade das larvas, aos compostos tóxicos, na presença dos bloqueadores dos transportadores ABCB1 e ABCC1. Esses dados sugerem a ausência de um fenótipo MXR clássico nos náuplios de A. franciscana. A temperatura não alterou o padrão de distribuição corporal da calceína. As larvas cultivadas à 15°C mostraram-se mais sensíveis ao diuron, enquanto o sulfato de cobre apresentou baixa toxicidade nos náuplios incubados na mesma temperatura. Esse resultado sugere as larvas que se desenvolvem em uma mesma temperatura podem apresentar diferentes sensibilidades de acordo com o xenobióticos ao qual é exposta. O presente trabalho contribui para o entendimento da biologia do grupo e para o desenvolvimento de novas abordagens ecotoxicológicas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNA CAROLLINE HONÓRIO LOPES
Externo ao Programa - 3475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Presidente - 1451626 - LUIS FERNANDO MARQUES DOS SANTOS