PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: SEBASTIÃO TILBERT ÂNGELO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SEBASTIÃO TILBERT ÂNGELO DA SILVA
DATA: 29/08/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO: Diversidade da nematofauna e distribuição de grupos morfofuncionais do meiobentos estuarino tropical
PALAVRAS-CHAVES: Estuários tropicais, meiobentos, avaliação ecológica, Nematoda, diversidade funcional.
PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: A meiofauna bentônica é constituída por organismos microscópicos (44-500 μm de diâmetro) intersticiais e/ou escavadores que possuem um ciclo de vida curto e estreitamente associado aos sedimentos arenosos ou lamacentos, sendo essas, algumas das características que definem esses organismos como uma boa ferramenta para avaliar o status de qualidade ambiental (EcoQ) em ecossistemas aquáticos. Os nematoides são o táxon mais abundante e com a maior diversidade taxonômica e funcional entre os animais da meiofauna bentônica de fundos não consolidados. Do ponto de vista ecológico e de monitoramento ambiental, esses organismos são considerados um grupo especialmente interessante para detecção de tendências ecológicas ou de distúrbios naturais e/ou antrópicos. Nosso estudo investigou a distribuição espacial da meiofauna e a estrutura taxonômica e funcional de comunidades de nematoides em sedimentos não consolidados de dois estuários tropicais do Nordeste Brasileiro: Rio Mamanguape (prístino) e Rio Paraíba (impactado). Foram definidas 8 estações em cada estuário, com a coleta de três réplicas de amostras por estação, distantes ~1 metro uma da outra (total de 48 amostras). Os objetivos deste trabalho foram: 1) descrever a distribuição espacial do meiobentos e testar a hipótese de que o Status de Qualidade Ecológica (EcoQ) baseado na meiofauna bentônica é dependente da pressão humana e, portanto, um bom indicador de perturbação em estuários tropicais (capítulo 1); 2) conhecer os componentes alfa, beta e gama da diversidade de nematoides de vida livre em duas regiões estuarinas tropicais (capítulo 2) e 3) entender a distribuição da diversidade funcional da nematofauna em dois estuários tropicais e avaliar se essa abordagem tem maior poder na detecção de eixos de variação ambiental (capítulo 3). As características biológicas de 1487 animais (66 gêneros) foram analisadas isoladas e também combinadas para identificar padrões ambientais na composição das comunidades ao longo dos gradientes estuarinos. Usamos 26 categorias de 6 características biológicas que representam importantes funções no ecossistema. Essas características estão relacionadas ao morfotipo animal, formato da cauda, tipo de cutícula, formato do anfídio, história de vida e estrutura trófica. Nossos resultados indicaram que existem valores de EcoQ semelhantes e até mesmo menores no estuário menos impactado (Rio Mamanguape), entretanto as inconsistências foram maiores nas regiões de lama arenosa, sugerindo que o EcoQ, como usado atualmente, é mais dependente do perfil granulométrico do que do impacto antrópico. Assim, rejeitamos a hipótese de que o EcoQ baseado na meiofauna é um bom indicador do impacto antrópico em estuários tropicais. Houve tendência de formação de grupos funcionais, sobretudo no estuário do Rio Paraíba de acordo com o perfil granulométrico, e na comparação entre as abordagens taxonômica e funcional, a abordagem funcional foi a que revelou maior grau de explicação, aumentando a capacidade de detecção de padrões ambientais. Reforçamos a importância da meiofauna bentônica e dos gradientes espaciais estuarinos tropicais para a detecção de eixos de variação ambiental (in situ) e mostramos como a abordagem funcional da nematofauna pode aumentar a percepção dessas tendências ecológicas, aprofundando a nossa compreensão da relação biodiversidade-função no ecossistema, em meio às ruínas do capitalismo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO JOSÉ VICTOR DE CASTRO
Externo ao Programa - 027.413.295-83 - JESSICA PRATA DE OLIVEIRA - UFPB
Interno - 333326 - MARTIN LINDSEY CHRISTOFFERSEN
Presidente - 2054463 - MIODELI NOGUEIRA JUNIOR
Externo à Instituição - TACIANA KRAMER PINTO