PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
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Notícias


Banca de DEFESA: LUANA SANTOS CUNHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA SANTOS CUNHA
DATA: 19/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de videoconferência 404b do CCHLA
TÍTULO: “A deficiência já limita, não posso limitar minha sexualidade”: Um estudo sobre corpo e sexualidade a partir da Paralisia Cerebral
PALAVRAS-CHAVES: Sexualidade. Corpo. Paralisia Cerebral. Deficiência. Estudos sobre deficiências
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: Este trabalho se interroga sobre os sentidos atribuídos à sexualidade de pessoas com paralisia cerebral priorizando a percepção dos próprios sujeitos. A tese aqui defendida é a da invisibilidade da sexualidade das pessoas com paralisia cerebral que reivindicam além da cidadania, direitos sexuais e reprodutivos. Para tanto, parte de relatos sobre o que significa viver com paralisia cerebral focando as experiências que giram em torno da sexualidade, sem deixar de realizar uma discussão sobre o corpo, a autonomia e a noção de pessoa, tendo como base o aporte teórico dos Disability Studies. A construção do corpo como algo social que muitas vezes sugere uma ideia de perfeição, completude, beleza, e capacidade, por isso, buscou-se compreender como tais concepções implicam nas dinâmicas sociais, projeções e expectativas que construímos sobre os sujeitos que afetam a vida dos indivíduos, localizadas sobretudo no mundo do trabalho, mas também na família, na sociabilidade e nas relações afetivas, entre outras esferas da vida social. O debate sobre essas questões foi realizado com base na construção e análise de narrativas sobre o corpo e a sexualidade através de relatos do cotidiano de pessoas com paralisia cerebral que trouxeram à tona questões sobre estigmas, os processos de formação da família envolvendo discussões sobre conjugalidade e parentalidade e narrativas sobre autonomia. A pesquisa conclui a existência de uma pluralidade de sentidos acerca do que entendemos por pessoa levando em consideração diferenças de gênero, inserção institucional, relacionamentos, estilos de vida, momento do curso da vida, independência e ativismos, principalmente quando compreendemos que a esfera da sexualidade não pode ser desvinculada de discussões políticas, como bem nos lembra Gayle Rubin ao afirmar a importância de olhar para a própria política interna da sexualidade, suas desigualdades, e modos de opressão.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ
Interno - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Externo ao Programa - 2506180 - JEANE FELIX DA SILVA
Externo à Instituição - NÁDIA ELISA MEINERSZ
Externo à Instituição - ROZELI MARIA PORTO