PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
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Notícias


Banca de DEFESA: SUELI ALVES GERÔNCIO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUELI ALVES GERÔNCIO DE SOUZA
DATA: 30/07/2020
HORA: 09:00
LOCAL: por videoconferência (encurtador.com.br/coqF6) conforme Portaria 90/GR/REITORIA/UFPB
TÍTULO: RESIDÊNCIA, TERREIRO E A ONG: Um Estudo Sobre a identidade na Casa de Cultura Ilé Asé D´Osoguiã
PALAVRAS-CHAVES: Identidade, Candomblé, Cultura, ONG, Resistência.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: Este trabalho de dissertação apresenta reflexões e análises acerca da discussão sobre identidade afro-brasileira em um contexto de ONG. A pesquisa procurou analisar as construções das relações e representatividade da identidade afro-brasileira na Casa de Cultura Ilê Asé D´Osoguiã. Buscou-se perceber como as vivências no espaço da Casa de Cultura favorecem ou não a discussão sobre identidade negra e a imersão na relação religiosidade-voluntariado. A partir daí, emergem neste trabalho os seguintes desafios a serem respondidos:  Como se constrói os processos identitários na Casa de Cultura Ilé Asé D’Osoguiã e quais as formas de representatividade e resistência? De que forma as discussões sobre identidade cultural aparece na Casa de Cultura? Como a Casa de Cultura trabalha as temáticas que se relacionam com a identidade e negritude? Assim sendo, tem-se como objetivo analisar a construção da identidade étnica e cultural na Casa de Cultura Ilé Asé D´Osoguiã. Nesse intuito, tendo como público alvo os dirigentes da casa, colaboradores, mães das crianças e jovens assistidos pela Casa de Cultura Ilê Asé de D’osoguiã. Como procedimentos metodológicos foram adotados o método etnográfico, pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas realizada com onze sujeitos participantes sendo: quatro mães, dois dirigentes e cinco colaboradores da gestão e coordenação. A pesquisa mostrou uma forte influência da cultura afro-brasileira representada através da religiosidade, essencialmente, o candomblé. Observamos que, apesar do caráter religioso a Casa de Cultura não atende apenas adeptos das religiões de matriz africana, promovendo ações assistencialistas para toda a comunidade circunvizinhas. As entrevistas com as mães dos assistidos mostraram que a questão religiosa não é empecilho ou estímulo para participar da Casa de Cultura, posto que conhecem as práticas religiosas e não consideram que esta atrapalhe as ações educativas realizadas no local. Contudo, observamos que a Casa de Cultura não está isenta do estigma que os espaços das religiões de matriz africana carregam, o que ficou registrado através da fala dos entrevistados. Concluímos que existe uma tríade que reuni Terreiro, ONG e Residência dos dirigentes, essa tríade perpassa todas as decisões e ações que o espaço, enquanto ONG precisa tomar. Sendo assim, é possível notar que nasce da raiz religiosa o desejo de seus dirigentes de promover a cultura afro-brasileira, a busca por empoderamento e ações sociais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Externo ao Programa - 2221299 - ANTONIO GIOVANNI BOAES GONCALVES
Interno - 336868 - EDUARDO SERGIO SOARES SOUSA
Externo à Instituição - FRANCISCO JOMARIO PEREIRA