PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: RIANNE GOMES E CLAUDINO
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RIANNE GOMES E CLAUDINO
DATA: 28/10/2022
HORA: 14:00
LOCAL: On line
TÍTULO: Modificação do viés atencional na ansiedade social para expressões faciais e imagens de interação social: evidências do rastreamento ocular e da resposta comportamental.
PALAVRAS-CHAVES: Ansiedade social; Vigilância; Fixações.
PÁGINAS: 183
RESUMO: Nessa pesquisa foram realizados dois estudos. No Estudo 1 foi realizado o rastreio ocular,
buscou-se verificar e se ocorrem alterações na movimentação ocular após situação
ansiogênica branda em sujeitos com sintomas do transtorno de ansiedade social (TAS)
(Experimento 1) e se essas alterações são atenuadas após uma intervenção de modificação
do viés atencional (MVA) (Experimento 2). No experimento 1 participaram 17
voluntários, 12 com sintomas de TAS e 5 controles. Desses, 6 do experimental e 3 do
controle passaram por uma situação ansiogênica leve antes do início da tarefa. Todos
foram apresentados a trios de faces, e pares de fotografias com interações sociais. Os
resultados mostraram não haver diferenças na quantidade nem na duração das fixações
entre quem passa por uma situação ansiogênica leve e quem não passa, independente se
tem sintomas do TAS ou não. Portanto, situações socialmente ansiogênicas mais brandas,
não foram capazes de provocar alterações nas fixações. No experimento 2 participaram
12 voluntários com sintomas de TAS, dos quais 5 passaram pela MVA neutra e 7 pela
positiva. Foram apresentados os mesmos estímulos do experimento 1, antes e depois da
MVA. Após a MVA neutra houve diminuição das fixações na emoção de nojo, e após a
MVA positiva houve uma redução na duração das fixações na face de raiva. Portanto
entende-se que o viés atencional para a ameaça foi alterado, uma vez que raiva e nojo
podem ser consideradas como expressões ameaçadoras. O Estudo 2 foi realizado de forma
remota e buscou verificar se os acertos e o tempo de resposta (TR) a estímulos emocionais
breves (Experimento 3) ou longos (Experimento 4) são alterados após a MVA positiva.
No experimento 3 participaram 66 voluntários, 54 com sintoma de TAS e 12 controle. Os
sujeitos deveriam indicar se uma face estava presente no trio formado por expressões
faciais apresentado anteriormente por 2 s. Essa tarefa foi realizada antes e após a MVA.
Não houve diferença entre os TRs e acertos para nenhum dos grupos após a MVA.
Entretanto, os TR estavam muito longos, e a falta de diferença poderia estar relacionada
a isso. No experimento 4 participaram 67 indivíduos, 39 no experimental e 28 no
controle. A tarefa experimental foi semelhante à descrita no experimento 3, alterando a
penas a duração dos trios de faces para 5 s. Após a MVA o TR às faces negativas
diminuiu. Assim, entende-se que provavelmente os participantes se tornaram mais
reativos a expressão negativa. Tomados em conjunto, são discutidos como os dados de
rastreamento ocular e de TR são distintos. Entendemos que esses estudos contribuem para
o desenvolvimento de estratégias de intervenções terapêuticas mais eficazes para o TAS.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1657913 - NELSON TORRO ALVES
Interno - 2560968 - MELYSSA KELLYANE CAVALCANTI GALDINO
Externo à Instituição - WANIA CRISTINA SOUZA