PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: ISABELLE TAVARES AMORIM

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELLE TAVARES AMORIM
DATA: 04/08/2021
HORA: 09:00
LOCAL: online via Skype
TÍTULO: CRENÇAS SOCIETAIS ACERCA DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO
PALAVRAS-CHAVES: violência de gênero, crenças, psicometria, variáveis sociodemográficas
PÁGINAS: 102
RESUMO: Partindo do pressuposto de que a violência de gênero está calcada na elaboração de crenças e no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergar e a avaliar o mundo que o rodeia de acordo com critérios e padrões definidos socialmente, fundamentado no Modelo de Crenças Compartilhadas, tendo como objetivo geral analisar as crenças societais acerca da violência de gênero, propôs-se a realização de três estudos. O primeiro estudo aborda os parâmetros psicométricos da escala de Crenças Societais de Legitimação das Violências de Gênero na população adulta. A partir da Técnica de Associação Livre de Palavras aplicadas a 201 estudantes do ensino médio, obteve-se 61 itens, agrupados em cinco subescalas pré-determinadas a partir da classificação da Lei Maria da Penha, posteriormente aplicados a uma amostra de 220 adultos. Foi utilizado Análise Fatorial pelo método dos Componentes Principais e o alfa de Cronbach para avaliar os índices de consistência interna. A análise de variância e a comparação de médias (par a par) foi feita pela análise de variância one-way (ANOVA), verificando-se a significância das diferenças pelo teste de Tukey. Como resultado, obteve-se uma estrutura unifatorial para todas as subescalas: (1)Violência Sexual,13 itens explicando 41,4% da variância e Alpha de Cronbach de 0,858; (2)Violência Psicológica, 14 itens explicando 39,3% da variância e Alpha de Cronbach de 0,871; (3)Violência Física, 13 itens explicando 40,8% da variância e Alpha de Cronbach de 0,849; (4) Violência Patrimonial, 08 itens explicando 46,3% da variância e Alpha de Cronbach de 0,820; e (5) Violência Moral , 12 itens explicando 43,3% da variância e Alpha de Cronbach de 0,849. A análise de variância (ANOVA) e o Teste de Tuckey apontou significância das diferenças entre as médias dos itens. Concluiu-se que, apesar da necessidade de coletar mais informações que suportem essas propriedades psicométricas, principalmente no aumento da variabilidade de respostas, os resultados apontam evidências de validade de conteúdo e de critério, assim como consistência interna da medida. O segundo estudo, busca evidenciar, a partir das crenças acerca da violência de gênero, a visibilidade dada a cada tipo elencado na Lei Maria da Penha, além de identificar as variáveis socioeconômicas e institucionais elencadas. A amostra foi composta por 202 participantes, via plataformas online, sendo, 59,9% do sexo feminino, com idade variando de 19 a 59 anos, sendo 68% na faixa etária de 18 a 29 anos, que responderam a “Escala de Crenças Legitimadoras da Violência de Gênero para Adultos” e um questionário incluindo aspectos socioeconômicos, analisados por estatística descritiva, teste de associação (ANOVA; Test t), correlação de Pearson e Regressão Multivariada (Stepwise). Os resultados evidenciaram maior explicação da Violência Física (R²=,844), apresentando três variáveis preditoras: Faixa etária, (5% da variância); Afiliação Religiosa (5% de explicação); Sexo e Renda Familiar (com5% e 2% de predição respectivamente). Violência Mental: Religiosidade (6%); Sexo (5%) e; Estado Civil (2%). Violência Psicológica foi predita pelo sexo (6%), religiosidade (7%) e estado civil (3%). Violência Patrimonial com sexo (5%), afiliação religiosa (7%), identidade racial (2%), estado civil (2%) e; escolaridade (2%). Por fim, a Violência Sexual com Afiliação Religiosa (6%), Faixa Etária (4%) e Sexo (3%). A Violência de Gênero deve ser entendida como estrutural porque se materializa em qualquer aspecto da vida e é transmitida a partir dos mecanismos de socialização. O terceiro estudo, utilizando a Técnica de Associação Livre de Palavras – TALP e análise de similitude (ALCESTE), identifica e analisa as principais crenças societais evocadas acerca das violências de gênero. Encontra-se em análise.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Interno - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo à Instituição - MICHAEL AUGUSTO SOUZA DE LIMA