PROGRAMA EM LETRAS EM REDE NACIONAL (PROFLETRAS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA JOSÉ SOARES GENUINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA JOSÉ SOARES GENUINO
DATA: 29/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: UFPB- Campus IV - Mamanguape
TÍTULO: TEÇAMOS LEITURAS E DESATEMOS NÓS: REFLEXÕES SOBRE AS RELAÇÕES DE GÊNERO NAS LETRAS DE CANÇÕES DO FUNK
PALAVRAS-CHAVES: Relações de gênero. Leitura como prática social. Letra de canção de Funk.
PÁGINAS: 280
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Língua Portuguesa
RESUMO: Os diversos imperativos de condutas, a violência simbólica nas relações de gênero, advindos da cultura patriarcal, são inerentes às linguagens e à língua, verticalizando-se nas atitudes e procedimentos dos sujeitos que internalizam a ideia de supremacia masculina, disseminada cotidianamente pelas mídias e instituições sociais. Nesse sentido, o objetivo geral desta pesquisa foi desenvolver, por meio das letras de canção do gênero Funk, uma proposta didático-pedagógica que possibilitasse discussões, reflexões e criticidade a respeito das relações de gênero, fundamentada em três eixos teóricos: relações de gênero, leitura como prática social e funk. A pesquisa desenvolvida, de abordagem qualitativa, teve caráter exploratório e intervencionista, constituindo-se como pesquisa-ação, em uma turma de alunos/as 9º ano do Ensino Fundamental, no município de Nova Cruz-RN. Foram desenvolvidos os procedimentos metodológicos, por meio da atividade diagnóstica inicial e final, da roda de conversa, das oficinas e da observação participante. No que diz respeito às relações de gênero, foram revisitados os estudos de Bourdieu (2020); Carvalho, Andrade e Junqueira (2009); Ferreira (2021); Louro (2014); Aguiar (2011); Barbosa (2019); Vanderley (2018) e outros/as. Sobre a leitura como prática social, esta pesquisa está ancorada em Cafiero (2010); Pedroso (2013); Antunes (2003); Geraldi (2011); Portela e Santana (2019); Cavalcante, (2012) e outros/as. No tocante à letra de canção do gênero Funk, o estudo se fundamentou em Rerschmann (2005); Rojo (2010); Santos (2019); Silva (2017); Vassolér (2019) e outros/as. A análise dos dados, por meio dos núcleos de significação, aferiu que a cultura patriarcal e os estereótipos de gênero são naturalizados no cotidiano dos/das discentes. O resultado da pesquisa proporcionou a viabilização de atividades pedagógicas que problematizaram e ampliaram a criticidade a respeito das relações de gênero e seus estereótipos. Essas atividades realizadas na turma do 9º ano originaram as proposições de práticas pedagógicas - desatando nós na sala de aula sobre as relações de gênero no funk - com o propósito de contribuir com a prática docente no tocante ao desenvolvimento de atividades voltadas à reflexão e discussão sobre as relações de gênero. Portanto, o patriarcalismo arraigado e disseminado pela língua, pelos artefatos culturais, pelas instituições sociais, como a família e a escola, por exemplo, incide sobre a formação das identidades e condutas dos sujeitos, de modo que esses são verticalizados pelos estereótipos, embora, em algum momento, durante a pesquisa, foi sinalizado processos de resistência e ruptura ao que se refere às desigualdades nas relações de gênero.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1913587 - JOSEVAL DOS REIS MIRANDA
Interno - 1352273 - FERNANDA BARBOZA DE LIMA
Interno - 3334167 - LAURENIA SOUTO SALES
Externo à Instituição - JEANE FELIX DA SILVA