PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS (PPGCC)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: AMARANDO FRANCISCO DANTAS JUNIOR
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMARANDO FRANCISCO DANTAS JUNIOR
DATA: 16/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Miniauditório I do Bloco da Pós-Graduação do CCSA
TÍTULO: ARRANJOS FEDERATIVOS E FEDERALISMO FISCAL: UMA PROPOSTA DE FUSÃO DE MUNICÍPIOS NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Federalismo Fiscal; Fusão de Municípios; Esforço Fiscal de
Arrecadação; Autossuficiência Operacional; Desequilíbrios Fiscais Horizontais.
PÁGINAS: 339
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Ciências Contábeis
RESUMO: A literatura nacional aponta duas grandes características do Federalismo Fiscal
Brasileiro, agravadas pelo cenário após a Constituição Federal/88: i) o baixo nível de
esforço fiscal de arrecadação dos governos locais, especialmente dos micro e pequenos
municípios, intensificando a dependência às transferências intergovernamentais; ii) a
alta assimetria fiscal horizontal entre os municípios, causando desequilíbrios de ordem
federativa, especialmente no âmbito do custeio de despesas correntes locais por suas
receitas próprias diretamente arrecadadas a autossuficiência operacional. Até então,
as soluções propostas possuem, de modo geral, caráter incremental e giram em torno
principalmente da mudança de critérios nas transferências intergovernamentais ou na
formação de acordos de cooperação intermunicipais na forma de consórcios. Ocorre que
há poucos estudos nacionais sobre os efeitos de um processo potencialmente capaz de
mitigar os problemas da esfera municipal, relativamente comum na experiência
internacional, mas que é raramente discutido no Brasil: o rearranjo federativo por meio
da formação de amálgamas municipais o mesmo que fusão de municípios. Essa
pesquisa propõe, então, a tese de que a formação de amálgamas municipais com base no
critério de esforço fiscal de arrecadação provoca, simultaneamente, o aumento da
autossuficiência operacional e a redução dos desequilíbrios fiscais horizontais dos
municípios brasileiros. Na investigação foram primeiramente analisados os efeitos da
variação do esforço fiscal de arrecadação sobre a autossuficiência operacional dos
municípios brasileiros. Em seguida, elaborou-se um modelo teórico de fusão com o
propósito de maximizar a média nacional de esforço fiscal de arrecadação dos
municípios. Em busca desse objetivo, testou-se por meio de automação computacional
todos os mais de cinco mil cenários de população máxima para as possíveis novas
amálgamas. O nível de 119.213 habitantes foi o ponto em que se alcança a maior média
nacional de esforço fiscal de arrecadação, sendo esse o limite populacional máximo dos
municípios participantes do processo, bem como o tamanho-alvo das amálgamas a
serem formadas. Dos 5.567 municípios analisados, 256 não participaram por estarem
acima do critério populacional máximo; os demais 5.311 formaram 1.400 novas
amálgamas, originando o novo cenário pós-amálgamas com 1.656 unidades uma
redução de 70% na quantidade total de municípios. A média populacional passa a ser de
126.922 habitantes e, com isso, apenas 2 amálgamas permaneceram em nível micro,
abaixo dos 5.000 habitantes (quando atualmente há cerca de 1.250 micro municípios no
Brasil). Quanto aos indicadores fiscais, a média de esforço de arrecadação municipal se
eleva de 6,9% para 9,7% (Δ 40%) e de 15% para 20,4% (Δ 35%) a média de
autossuficiência operacional nos cenários pré e pós-amalgamas. Por fim, por meio da
análise do coeficiente de variação, as unidades se mostraram 15,4% menos dispersas em
torno da média para a AUTOP e 25,7% menos dispersas para o PIB per capita,
indicando uma redução nos desequilíbrios fiscais entre os municípios. Os achados
demonstram que a fusão de municípios, embora seja tema pouco debatido no Brasil em
razão das limitações constitucionais, é mecanismo potencialmente capaz de,
simultaneamente, aumentar a autossuficiência operacional e reduzir os desequilíbrios
fiscais horizontais dos municípios brasileiros.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1813840 - ALESSIO TONY CAVALCANTI DE ALMEIDA
Interno - 1859411 - DIMAS BARRETO DE QUEIROZ
Presidente - 2069872 - JOSEDILTON ALVES DINIZ
Interno - 3250952 - LAURO VINICIO DE ALMEIDA LIMA
Externo à Instituição - RICARDO ROCHA DE AZEVEDO