PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS (PPGCC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: RISOLENE ALVES DE MACENA ARAUJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RISOLENE ALVES DE MACENA ARAUJO
DATA: 06/06/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Plataforma Digital - videoconferência
TÍTULO: EFEITO DA CAPACIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO SOCIAL CORPORATIVO DAS COMPANHIAS BRASILEIRAS SOB A ÓTICA DAS CONDIÇÕES DE INCERTEZA E HOSTILIDADE AMBIENTAL
PALAVRAS-CHAVES: Capacidade Gerencial; Incerteza Ambiental; Hostilidade Ambiental; Desempenho Social Corporativo; B3.
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Ciências Contábeis
RESUMO: Diferentes capacidades gerenciais levam à diferentes decisões corporativas. A literatura postula que uma maior capacidade gerencial facilita a avaliação de potenciais oportunidades de negócios e investimentos, incluindo aqueles voltados para desempenho social corporativo. No entanto, estudos recentes têm chamado a atenção para interferência dos fatores contingenciais nas decisões dos Chief Executive Officer (CEOs), tais como o ambiente externo, que inclui um certo grau de incerteza e hostilidade, pois eles podem influenciar o desempenho social corporativo (DSC). Neste sentido, a presente tese tem como objetivo analisar o efeito da capacidade gerencial no DSC das companhias brasileiras, sob a ótica das condições de incerteza e hostilidade ambiental. Para tanto, foram utilizadas as Demonstrações Financeiras Padronizadas, Formulários de Referência, Relatórios de Sustentabilidade e/ou Anuais publicados pelas empresas, no período de 2013 a 2021, a fim de coletar, por meio da análise de conteúdo, os dados relacionados ao DSC e, posteriormente, gerar um índice por meio da razão entre o número de práticas realizadas e o total de itens da métrica. Para mensurar a capacidade gerencial foi aplicada a Data Envelopment Analysis (DEA) e Regressão Tobit. Em seguida, as hipóteses da pesquisa foram testadas por meio da Regressão Quantílica. O resultado da primeira hipótese (H1: A capacidade gerencial influencia positivamente o desempenho social corporativo) mostra que a capacidade gerencial influencia positivamente as empresas com maiores DSC; no entanto, sob a ótica das dimensões, percebe-se que a capacidade gerencial não possui poder preditivo dos maiores DSC voltados às questões de clientela, trabalhistas e ambientais. Com relação à segunda hipótese (H2: A relação entre capacidade gerencial e desempenho social corporativo é positivamente moderada pela incerteza ambiental), foi diagnosticado que a moderação da incerteza, na relação da capacidade gerencial e DSC, só funciona como estímulo para a adoção de práticas de responsabilidade gerencial, quando aplicada à dimensão comunidade. O resultado da testagem da terceira hipótese (H3: A relação entre capacidade gerencial e desempenho social corporativo é positivamente moderada pela hostilidade ambiental) se mostrou parcialmente contrário ao esperado, uma vez que apenas o quantil 75 apresentou significância estatística entre as variáveis, indicando que os maiores DSC estão indiretamente relacionados com maiores HHI (menores concorrências). E ao considerar as dimensões, não há impacto da moderação da hostilidade ambiental entre a capacidade gerencial com o DSC voltada às ações para atender as demandas dos clientes. As demais dimensões demonstraram, em, pelo menos, um dos quantis, possuir valor preditivo para mensurar o DSC, sendo a maior concorrência identificada no quantil 75, na dimensão governança corporativa. Outro aspecto a ser observado é que apenas a dimensão comunidade apresentou coeficiente negativo decrescente ao longo dos quantis, ou seja, ao passo que o desempenho aumenta a moderação da variável hostilidade aumenta. Diante desses achados, acredita-se que esta pesquisa tem importantes implicações práticas e sociais. Visto que pode direcionar os gestores e acadêmicos nos casos de desalinhamento entre o desempenho social corporativo e a capacidade gerencial dos CEOs, quando estes têm que enfrentar um ambiente hostil e incerto, acarretando a necessidade de mudanças na estratégia organizacional, com vistas à melhoria na sua eficácia e engajamento em práticas socialmente responsáveis. Nesse sentido, sugere-se a ampliação de investimentos em responsabilidade social corporativa, assim como uma maior atenção, por parte das empresas, em atender as demandas dos diversos stakeholders. Além disso, esta pesquisa torna-se relevante às empresas que desenvolvem as habilidades dos seus CEOs, principalmente em questões de RSC.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1030203 - PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
Interno - 1526402 - WENNER GLAUCIO LOPES LUCENA
Externo ao Programa - 3226799 - KARLA KATIUSCIA NOBREGA DE ALMEIDA
Externo à Instituição - ADRIANA RODRIGUES SILVA
Externo à Instituição - WESLEY VIEIRA DA SILVA