PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS (PPGCC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: GILSON RODRIGUES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILSON RODRIGUES DA SILVA
DATA: 27/02/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Plataforma Digital
TÍTULO: A influência dos stakeholders na relação entre o sistema de eco-controle gerencial e o desempenho de ecoeficiência corporativa
PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade Ambiental; Controle Gerencial; Gestão Ambiental; Saliência; Teoria Instrumental dos Stakeholders
PÁGINAS: 170
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Ciências Contábeis
RESUMO: Esta tese teve como objetivo analisar a influência dos stakeholders na relação entre o eco- controle e o desempenho de ecoeficiência corporativa. A literatura estabelece que os stakeholders podem afetar os sistemas de controles e a performance ecoeficiente das empresas, mediante o nível de saliência das partes interessadas. Dada a relevância das questões ambientais e a necessidade das empresas de integrarem iniciativas ambientais em suas estratégias de negócios, impulsionadas pelos stakeholders, o sistema de eco- controle se apresenta como ferramenta gerencial dinâmica para integrar práticas ecoeficientes visando à criação de valor e vantagem competitiva. A amostra da pesquisa foi composta por 88 empresas não financeiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão, totalizando 828 observações no período de 2010 a 2022. Os dados em painel desbalanceado foram tratados usando os modelos de regressão de Mínimos Quadrados Ordinários, Tobit e System Generalized Method of Moments. Para mensurar a saliência dos stakeholders (Mitchell et al., 1997), foi utilizado o modelo desenvolvido por Boaventura et al. (2017). As proxies do sistema de eco-controle foram coletadas a partir do Performance Management Systems de Ferreira e Otley (2009), e a proxy de desempenho de ecoeficiência foi mensurada por meio da análise envoltória de dados. Os resultados revelam que há uma associação positiva entre o sistema de eco-controle e o desempenho ambiental das empresas, aceitando-se a H1a desta pesquisa. A hipótese complementar analisou a relação entre o eco-controle e o desempenho econômico- financeiro, indicando que o sistema de eco-controle potencializa a eficiência na gestão de ativos com impacto positivo no desempenho empresarial, o que leva à aceitação da H1b. A relação entre o eco-controle e o desempenho de ecoeficiência mostra que empresas com maior efetividade na utilização do sistema de eco-controle apresentam maiores níveis de desempenho ecoeficiente, assim aceita-se a hipótese H1c. No que concerne à relação dos tipos de stakeholders e o eco-controle, observa-se que o stakeholder latente afeta negativamente os sistemas de eco-controles, levando a confirmação da H2a. Em relação aos stakeholders expectantes constatou-se uma associação negativa com o eco-controle nas empresas, refutando a hipótese H2b. Ao verificar o efeito do stakeholder definitivo no sistema de eco-controle, nota-se que este tipo de parte interessada tem suas reivindicações priorizadas ao ponto impactar na estruturação e utilização do eco-controle, confirmando a H2c. No que diz respeito ao efeito dos stakeholders no desempenho de ecoeficiência, percebe-se que as partes interessadas latentes e expectantes atenuam o desempenho de ecoeficiência, enquanto os definitivos contribuem para uma melhora na ecoeficiência corporativa, sobretudo quando há efetividade na utilização do eco-controle, confirmando as hipóteses H3a e H3c, mas rejeita-se a H3b. Por fim, o efeito dos stakeholders na relação entre o sistema de eco-controle e desempenho de ecoeficiência, tendo as partes interessadas expectantes como categoria de comparação, foi analisado nas hipóteses H4a e H4b. Os achados indicam um efeito moderador negativo do stakeholder definitivo, impulsionado pelas deficiências no design do eco-controle, refutando a H4a. O stakeholder latente também modera negativamente a relação entre o eco-controle e desempenho de ecoeficiência, assim aceita-se a H4b. Os resultados têm implicações práticas significativas para o processo decisório de gestores e investidores em relação à integração de iniciativas de ecoeficiência nas estratégias financeiras. Além disso, fornecem insights sobre a contribuição do eco-controle no aumento do valor de mercado da empresa por meio da redução do impacto ambiental. A pesquisa contribui para a expansão da literatura, preenchendo lacunas teóricas relacionadas ao papel dos stakeholders como mecanismos de efetividade do sistema de eco-controle nas empresas..
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 461.469.894-87 - ANTONIO ANDRE CUNHA CALLADO - UFRPE
Externo à Instituição - JERONYMO JOSÉ LIBONATI
Externo ao Programa - 2225575 - MARIA SILENE ALEXANDRE LEITE
Externo à Instituição - MÁRCIO SAMPAIO PIMENTEL
Presidente - 1353967 - RENATA PAES DE BARROS CAMARA