PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (PGPCI)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: POLIANNA DE ALMEIDA PORTELA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: POLIANNA DE ALMEIDA PORTELA
DATA: 19/03/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferencia
TÍTULO: DESAFIOS DA COOPERAÇÃO SUL-SUL: o processo de desindustrialização precoce do Brasil, a China como catalisador?
PALAVRAS-CHAVES: Cooperação Sul-Sul. Desindustrialização Precoce. Relação sino-brasileira. Estruturalismo.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO: A presente dissertação propõe analisar a desindustrialização precoce do Brasil no âmbito da relação sino-brasileira, que tem como cenário condutor a Cooperação Sul-Sul (CSS). Esta pesquisa apresenta três cenários distintos, que se complementam, com o intuito de compreender se a China atua como catalisador no processo de desindustrialização precoce brasileiro. Para tanto, o primeiro cenário apresenta a conjuntura da Cooperação Sul-Sul, desde sua delimitação pelas organizações internacionais, perpassando pelos acontecimentos históricos, que vão desde Bandung (1955), passando pela BAPA (1978) até o momento de impulso no cenário do Sul Global (2000-2015), para compreender como a China utiliza o discurso presente na CSS, de ganhos iguais, desenvolvimento mútuo e parcerias simétricas, para fomentar suas alianças com países no Sul Global, sobre o respaldo na Nova Economia Estrutural (New Structural Economics), que tem como objetivo propulsor o desenvolvimento chinês baseado na sua inserção internacional. O segundo cenário apresentado é a estrutura endógena brasileira, uma vez que se reconhece a existência de problemas estruturais de base econômica, política e social, que por si só impulsionam o processo de desindustrialização precoce. Para tal compreensão da estrutura interna brasileira, a análise desse segundo contexto foi guiado pelos pressupostos estruturalistas cepalinos clássicos, que compreendem a posição do Brasil como periferia do sistema capitalista, assim como questões que vão desde a ausência de capital para sustentar a transformação produtiva nacional, à predominância da desigualdade, forte presença de grandes latifúndios, manutenção da heterogeneidade estrutural, inflação estrutural, fracas instituições, ausência de uma elite schumpeteriana, entre outras questões. Sobre esse segundo contexto pontua-se que a estrutura endógena desempenha um peso e relevância acerca dos resultados apresentados pela economia brasileira. O terceiro e último cenário conduz uma investigação no que concerne ao processo de desindustrialização no quadro da relação bilateral sino-brasileira, onde em um primeiro momento são delimitados os principais conceitos sobre desindustrialização precoce, compreendendo que existe uma divergência em relação a delimitação do mesmo. Por conseguinte, faz-se um exame minucioso sobre a complexidade econômica para complementar a discussão estruturalista sobre o papel central da estrutura produtiva para um país. E por fim, foram utilizados os dados do Atlas da Complexidade Econômica, dos investimentos e empréstimos chineses no Brasil, para inferir sobre a prematura mudança da estrutura produtiva brasileira dentro da relação com a China.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 735.632.006-10 - ALEXANDRE CESAR CUNHA LEITE - UEPB
Interno - 2991390 - ELIA ELISA CIA ALVES
Externo ao Programa - 2701703 - LUCAS MILANEZ DE LIMA ALMEIDA