PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE HISTÓRIA (PROFHISTORIA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: DORA DE SÁ GALLINDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DORA DE SÁ GALLINDO
DATA: 27/02/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma virtual Google Meet: https://meet.google.com/fzs-ygiv-nxv
TÍTULO: Revisar o passado e negar a história: o meme como uso político do passado pela extrema-direita
PALAVRAS-CHAVES: Ensino de História; Revisionismo; Negacionismo; Ditadura Militar; Memes
PÁGINAS: 146
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Diante de um cenário de disputas de narrativas que idealizam, deturpam, falsificam e negam o recente passado ditatorial por meio de mídias contemporâneas, esta pesquisa se desdobrou em um duplo objetivo. Inicialmente, analisei os usos políticos do passado e a ideia de Ditadura Militar brasileira (1964-1985) em memes de internet, especificamente aqueles que veiculam abordagens revisionistas, negacionistas e falsificadoras da história. Em seguida, construí uma Aula-oficina voltada para o trabalho das/os docentes de História com tais memes em sala de aula. Para tanto, recorri a teoria da consciência histórica de Jörn Rüsen (2001), que pensa a aprendizagem histórica como um processo que ocorre em diversos meios de socialização. Por isso a necessidade de se investigar a circulação social do conhecimento histórico (CERRI, 2010) e a orientação temporal subjacente às ideias históricas difundidas socialmente (SADDI, 2014), como assim defende a Didática da História. Outro eixo de sustentação teórico-metodológica se pauta nas contribuições da Educação Histórica, sobretudo a partir de autoras/es como GERMINARI (2011), BARCA (2001, 2005), GAGO (2020) e LEE (2001). Os objetivos em questão foram alcançados a partir da análise das peças meméticas como fontes históricas, cujas narrativas foram verificadas a partir da metodologia da Análise de Conteúdo mediante um viés qualitativo, bem como por meio de estratégias de interpretação elaboradas por Sílvio Cadena (2018). Por sua vez, a Aula-oficina foi construída com base na metodologia proposta por Isabel Barca (2018). Ao longo da pesquisa, pude observar como os memes analisados produzem versões reabilitadoras e apologéticas da Ditadura Militar. De forma preocupante, tal uso político do passado provoca diversos danos. Um deles é o fomento a práticas de desinformação e de manipulação político-ideológica, tendo em vista que tais mídias veiculam informações falsas intencionalmente produzidas. Como resultado, observei prejuízos à ordem democrática contemporânea. Por isso a importância de historiadoras/es compreenderem esse processo e atuarem tanto em salas de aula quanto em outros espaços de socialização a partir da crítica histórica na interpretação da experiência do tempo a fim de desvelar e evitar o uso abusivo do passado.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1289535 - FERNANDO CAUDURO PUREZA
Interno - 2369302 - MARTINHO GUEDES DOS SANTOS NETO
Externo à Instituição - ARNALDO MARTIN SZLACHTA JUNIOR