PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA (PPGSF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2023
Descrição
  • GISELY SANTANA FARIAS RIOS
  • INFERTILIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA: O CONHECIMENTO E O MANEJO DE ENFERMEIROS DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : GABRIELLA BARRETO SOARES
  • Data: 31/03/2023
  • Hora: 13:30
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  • A infertilidade é considerada uma doença do sistema reprodutivo que pode estar presente no indivíduo ou até mesmo no casal, definida pela falha em alcançar uma gravidez clínica após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares desprotegidas. Esta, alcança uma população significativa da humanidade a nível mundial e pode ser causada por múltiplos fatores. Estima-se que 70% dos casos de infertilidade podem ser identificados na Atenção Básica (AB) devido a sua capilaridade e facilidade de acesso, com a implantação de ações e procedimentos de baixo custo, por meio da identificação de necessidades de intervenções e a realização do cuidado integral à saúde da população. Diante desse contexto, o objetivo dessa pesquisa é avaliar o conhecimento e prática das enfermeiras no cuidado de casais com problemas de infertilidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF) no município de Maceió, em Alagoas (AL). Trata-se de um estudo transversal, qualitativo, envolvendo 20 enfermeiras ESF de Maceió. Foram realizadas entrevistas por meio de um questionário semiestruturado com informações referentes ao perfil sociodemográfico, além de um roteiro com questões relacionadas ao conhecimento e manejo no cuidado de casais com infertilidade na AB. Para análise dos dados foi utilizada a Análise Temática de Conteúdo de Bardin. A pesquisa seguiu todos os preceitos éticos, tendo sido apreciado pelo Comitê de Ética e recebido aprovação sob o CAAE: 57064722.4.0000.8069. Os resultados foram organizados e sistematizados em três categorias: conhecimento limitado sobre o cuidado de casais inférteis; prática restrita ou ausente das enfermeiras no cuidado dos casos de infertilidade na Atenção Básica e concepção da enfermagem sobre planejamento familiar e cuidado de casais inférteis. Observou-se que embora a totalidade de profissionais entrevistados tenham afirmado realizar ações de planejamento familiar, estas ficaram em sua grande maioria concentradas em ações de contracepção e, quando questionados com relação ao auxílio à concepção, poucos profissionais apresentaram uma prática desse tipo de cuidado. Os trabalhadores referem como motivos para prática restrita no cuidado à infertilidade na ESF a limitação enquanto categoria ou mesmo por falta de conhecimento profissional, facilidade de encaminhamento ao profissional médico especialista, reforçando a ideia de um modelo médico centrado, além da falta de direcionamento e formação sobre a temática para os trabalhadores por parte da gestão, e ainda limitação de conhecimentos acerca da temática ainda durante o período de graduação. As enfermeiras sinalizam como caminhos para implementação de atendimento ao indivíduo ou casal com infertilidade um maior conhecimento relacionado à Políticas de Saúde, desenvolvimento de ações de educação em saúde, bem como apoio e direcionamento da gestão municipal.
  • JULIO CESAR GUIMARAES FREIRE
  • O “NÓS” E OS “NÓS” DO TRABALHO EM EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Data: 30/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: No Brasil, a adoção de programas estratégicos tem buscado legitimar e resgatar a Atenção Primária à Saúde (APS) no país desde a década de 1990, promovendo uma mudança de paradigma assistencial que visa transformar o modelo tradicional de assistência à saúde em um modelo coletivo, interprofissional e centrado no sujeito. Nesse contexto, a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) têm a missão de proporcionar o cuidado por meio do trabalho em equipe, devido à complexidade das necessidades de saúde que são postas no nível primário de atenção, além de incentivar práticas colaborativas e interprofissionais que influenciam a produção do cuidado integral. Objetivo: Analisar a percepção do trabalho em equipe dos profissionais da APS do município de João Pessoa-PB. Método: A pesquisa foi desenvolvida a partir de um estudo de casos múltiplos em João Pessoa, com a utilização do método misto, sendo as unidades de análise os profissionais da APS. Calculou-se o tamanho amostral para o componente quantitativo com base na probabilidade de ocorrência do evento de 50% e um erro amostral de 5%. No componente qualitativo, definiu-se uma amostra não-probabilística adotando o critério de saturação teórica. Foram aplicados três instrumentos de coleta: questionário para autoavaliação do processo de trabalho, Escala de Clima de Equipe (ECE) e Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional (EJARCI), além de roteiros norteadores para a realização de entrevistas semiestruturadas, presenciais, com informantes-chaves de três unidades de saúde, com e sem orientação para o trabalho colaborativo. Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva, utilizando o teste qui-quadrado para verificação de heterogeneidade entre as variáveis e os tipos de equipe. Para o tratamento dos dados qualitativos, empregou-se o método da análise de conteúdo de Bardin. Resultados e Discussão: A percepção do que é o trabalho em equipe identificada nesse estudo foi a de colaboração, visto que os profissionais indicaram a necessidade de interação, união, ajuda mútua, apoio e interdependência para a produção do cuidado na APS. Os trabalhadores estudados possuem expressiva disponibilidade para a colaboração interprofissional, sendo verificados escores mais elevados entre os do NASF-AB. Acerca das potencialidades para o trabalho em equipe, foram identificados aspectos como: satisfação dos trabalhares com a relação com outros membros da equipe; satisfação com a comunicação e a clareza de papéis em suas equipes; e valorização das práticas formativas e de qualificação profissional. Como fragilidades, foram constatados elementos impactantes ao trabalho em equipe, como: valorização do saber técnico e das práticas individuais, sobretudo nas equipes da ESF; exigência do alcance de metas pela gestão; escassez de materiais e precarização da infraestrutura; e alta demanda de atribuições na APS. Considerações Finais: Os aspectos do trabalho em equipe identificados na APS de João Pessoa-PB implicam desafios sobre o processo de trabalho da ESF e do NASF-AB, sendo necessária a criação de estratégias de educação permanente, maior articulação ensino-serviço e investimentos institucionais, visando qualificar a produção de cuidado por meio de práticas colaborativas interprofissionais neste nível de atenção.
  • TEREZINHA PAES BARRETO TRINDADE
  • AURICULOTERAPIA NA REDUÇÃO DA ANSIEDADE EM TRABALHADORES DA SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
  • Data: 30/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • A auriculoterapia surge como Prática Integrativa e Complementar em Saúde, e uma de suas indicações clínicas é o controle da ansiedade. O estudo objetivou avaliar os efeitos da auriculoterapia e compreender a percepção de trabalhadores da atenção primária à saúde sobre a auriculoterapia. Trata-se de estudo descritivo, com abordagem mista e delineamento quase-experimental - intervenção do tipo causa-efeito em um único grupo. Foram incluídos 14 trabalhadores de uma USF numa capital do nordeste brasileiro. O estudo de desenvolveu em etapas: os participantes responderam o The State-Trait Anxiety Inventory (IDATE- Traço), Escala de Dor (EVA), WHOQOL-bref, dados socioeconômicos e uma questão aberta sobre ao uso da auriculoterapia, em seguida, foram submetidos à 10 sessões semanais de auriculoterapia e, novamente, responderam os mesmos instrumentos e a questão abeta, com exceção dos dados sociodemográficos; intervalo de 15 dias sem terapia; aplicação dos mesmos instrumentos utilizados no final da primeira etapa, realização de 10 sessões terapêuticas e reaplicação dos instrumentos; entrevistas com nove dos participantes. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra para compreender e evidenciar o tratamento com auriculoterapia. Para análise dos dados qualitativos adotou-se a Análise de Conteúdo com abordagem temática, segundo Bardin (2016). Na análise estatística utilizou- se o software Statistical Package of the Social Sciences 21.0 (SPSS, Inc., Chicago, IL, USA). Para os resultados quantitativos, usou-se o teste de Wilcoxon e teste t, considerando o nível de significância de 5%. O resultado mostrou, no escore geral do WHOQOL-Bref (antes e depois), o valor de p=0,007 e p= 0,044 para o domínio Meio Ambiente. Os demais domínios do WHOQOL-Bref, da escala EVA e do IDATE-Traço não apresentaram significância estatística. Nos resultados qualitativos, relatos demonstraram efeitos terapêuticos na melhoria do sono, relaxamento físico e mental, redução da ansiedade e do estresse; ainda relatos de satisfação, credibilidade e adesão à terapia. As narrativas dos participantes também ressaltaram a importância do terapeuta e na escuta, humanização e no acolhimento das demandas trazidas. A escuta orientou a prática de auriculoterapia e a fala do terapeuta durante o processo de cuidado usando a auriculoterapia como ferramenta alternativa de cuidado do cuidador em saúde.
  • MARIA GERLANE DE SOUTO
  • UTILIZAÇÃO DO e-SUS APS NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE/PB
  • Orientador : TALITHA RODRIGUES RIBEIRO FERNANDES PESSOA
  • Data: 30/03/2023
  • Hora: 10:00
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  • O e-SUS APS é a estratégia do Sistema de Informação para a Atenção Básica (SISAB), instituído pelo Ministério da Saúde em 2013, utilizado para coleta de informações no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Objetivou-se investigar a utilização do e-SUS APS no município de Campina Grande, no estado da Paraíba, no período de 2018 a 2022. Foi realizado estudo de caráter descritivo-exploratório com abordagem mista, desenvolvido em três etapas: coleta de dados secundários das plataformas públicas do Ministério da Saúde; aplicação de questionários de caracterização da infraestrutura tecnológica das unidades de saúde do estudo; e realização de entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde. Os dados quantitativos foram tabulados e analisados descritivamente e, para os dados qualitativos, utilizou-se a análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que o e-SUS APS está implantado no município e que o envio das informações foi satisfatório no período avaliado, embora não tenha conseguido atingir bons resultados no Previne Brasil. No que diz respeito à infraestrutura tecnológica das unidades de saúde, evidenciou-se que contempla o cenário adequado para o envio das informações via prontuário eletrônico. Da percepção dos profissionais de saúde emergiram quatro categorias temáticas (Infraestrutura tecnológica das Unidades de Saúde; Conhecimento e utilização do e-SUS AP, Contribuições do e-SUS para o processo de trabalho da APS; e Implicações do Sistema Próprio do município). Os resultados qualitativos apontam que o e-SUS APS demonstrou-se adequado ao processo de trabalho, porém ainda apresenta limitações. Dentre as maiores dificuldades relatadas para o uso correto do sistema está a baixa qualidade da internet, a insuficiência da capacitação e treinamento, a falta de diálogo entre a gestão e os profissionais de saúde, bem como a interrupção inesperada da utilização do e-SUS APS para o uso de um sistema próprio mais complexo e que, na percepção dos profissionais, não contempla integralmente as necessidades do trabalho na APS. Para comparar os resultados obtidos nas três etapas do estudo, os dados foram triangulados a fim de dar maior credibilidade e validade aos dados recolhidos. Encaminha-se que o uso do e-SUS APS não deva se limitar à produção de informações, mas que seja necessária a realização de processos de capacitação e atualização contínua dos profissionais, acompanhamento do uso da ferramenta e o monitoramento das informações de forma regular e sistemática, de modo a permitir intervenções oportunas para consolidação da informatização, qualificação e disponibilidade dos dados, subsidiando estrategicamente o processo de trabalho na APS.
  • MARIA DO SOCORRO SOUSA DA SILVA
  • ADOECIMENTO DE ENFERMEIROS NO CONTEXTO DO TRABALHO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: uma Análise Coletiva do Trabalho
  • Data: 29/03/2023
  • Hora: 08:30
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  • Os profissionais da área da saúde enfrentam situações no cotidiano dos serviços que podem levar ao adoecimento. No que diz respeito a saúde dos enfermeiros, pode-se dizer que desde a sua formação este profissional necessita dedicar-se fisicamente e mentalmente ao processo do cuidar do outro; e por muito tempo, tem-se adotado uma imagem de “super-herói” ao mesmo, o que implica na crença de que ele não adoece, e nem precisa de cuidados. Os profissionais da enfermagem vivenciam uma série de estressores no ambiente de trabalho, consequentemente isso reduz a motivação no desempenho de suas atividades, e nas relações interpessoais. Os fatores que causam adoecimento perpassam por diversas esferas, desembocando na sua atuação profissional. Nesse sentido, diversas condições atreladas ao trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF) podem influenciar na saúde dos enfermeiros que nela atuam. O objetivo deste estudo é compreender o processo de adoecimento de enfermeiros no contexto do trabalho na Estratégia Saúde da Família: uma Análise Coletiva do Trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com enfermeiros de vínculo efetivo que atuam em Unidades de Saúde da Família (USF) ligadas ao Distrito Sanitário III do município de João Pessoa, Paraíba. Os dados foram coletados por meio de um questionário com fins de caracterizar o perfil socioprofissional e de formação das participantes. Para aplicação do questionário foi utilizada a plataforma Google Forms, via WhatsApp como ferramenta eletrônica. Paraobtenção dos dados qualitativos, utilizou-se a técnica de Grupo Focal cujas sessões foram realizadas on line por meio da plataforma Google Meet, onde as participantes puderam falar sobre o objeto de investigação a partir de questões pré-estabelecidas para instigar as falas. As falas obtidas pelo Grupo Focal, foram gravadas por meio de uma ferramenta do Windows 10 (Atalho – tecla do logotipo do Windows + G), que grava a tela do computador, e o conteúdo foi transcrito através da ferramenta Transcribe (Disponível em: https://otranscribe.com/) e revisada pela pesquisadora. Para a análise dos dados foi utilizado o método da Análise Coletiva de Trabalho, que se caracteriza pelo protagonismo dos participantes. Os resultados quantitativos revelaram que as doze participantes do estudo são do sexo feminino, com idade variando de 47 a 76 anos. Sobre o tempo de formação, a maior parte está formada há 22, 25 ou 32 anos, o maior tempo de formada foi de 41 anos. Onze participantes declararam ter feito pós-graduação, sendo Saúde da Família a área mais citada. Em relação ao tempo de atuação das participantes na ESF, predominou de 16 a 20 anos, e de permanência na mesma equipe de 16 a 20 anos. Sobre a completude da equipe, as respostas foram equivalentes, 50% declarou que a equipe estava completa, e 50% declarou estar incompleta. Quanto aos profissionais que faltavam para completar a equipe, o mesmo percentual declarou faltar médico ou Agente Comunitário de Saúde (50%). Sobre as causas de afastamento do trabalho, citaram depressão (30%), Covid-19 (20%), ansiedade (10%), stress emocional (10%), tendinite (10%), discopatia (10%) ou trombocitopenia (10%). Na análise qualitativa, as informações obtidas por meio do Grupo Focal acerca das doenças/agravos que mais acometem os profissionais de enfermagem evidenciaram haver relação entre o estresse do dia-a-dia no trabalho e o adoecimento, especialmente mental. O adoecimento físico também foi citado nas falas das participantes. Problemas relacionados à sobrecarga, infraestrutura, desvalorização profissional, valor salarial e falta de apoio da gerência pareceram influenciar na saúde das participantes de forma direta ou indireta. Como estratégias para enfrentar e/ou minimizar o adoecimento as enfermeiras citaram o trabalho em equipe, a boa relação com os colegas de trabalho, diálogo, música, momentos de descontração e o autocuidado, que por sua vez incluiu ações voltadas ao âmbito individual (como exercício físico, alimentação saudável, religiosidade e outras). Espera-se com esse estudo gerar fomento para o gerenciamento de informações de saúde, para implementação de programas de saúde e segurança no trabalho, e ainda auxiliar na organização e estruturação dos serviços de APS, principalmente das Unidades Saúde da Família, para que assegurem a valorização e melhores condições de trabalho ao enfermeiro, extensivo aos demais trabalhadores da saúde.
  • LUIZA SÁTYRO MORAIS DE MEDEIROS
  • Violência de Gênero em mulheres com diagnóstico de Diabetes Mellitus acompanhadas na Atenção Básica de Saúde
  • Data: 28/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • Diabetes Mellitus (DM) e Violência de Gênero (VG) são considerados dois grandes desafios para a saúde pública no Brasil e do mundo. DM é uma doença crônica, metabólica, caracterizada pela deficiência relativa de insulina, como também pela resistência a esse hormônio. O controle da doença está intimamente relacionado com o surgimento de complicações. A Violência de Gênero define-se como qualquer ação ou conduta que provoque morte, dano ou sofrimento físico, sexual, psicológico, patrimonial e moral, tanto na esfera pública ou privada. O Objetivo do estudo foi avaliar o impacto da Violência de Gênero em mulheres com diagnóstico de Diabetes Mellitus acompanhadas na Atenção Básica do Município de São Mamede-PB, através de um estudo quanti-qualitativo. Foram aplicados os instrumentos: Questionário adaptado da OMS denominado – Estudo Multi-Países sobre Saúde da Mulher e Violência Doméstica (World Health Organization Violence Against Women – WHO) , Escala de Autoestima de Rosenberg – EAR e um questionário semi -estruturado, abordando os eixos Biopsicossocial. Nesse contexto foi relevante a análise do impacto dos determinantes sociais de saúde no controle da Diabetes Mellitus, e da saúde da mulher. A partir da metodologia utilizada concluiu-se que, a VG tem um impacto no agravamento da gestão e controle da Diabetes Mellitus. Verificou-se que, o SubGrupo de Mulheres DM/VG apresentaram uma maior dificuldade no controle da hemoglobina glicada entre os níveis leve e moderado.
  • RÚBIA DE SOUZA RUFINO
  • A VIOLÊNCIA VIVENCIADA PELOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: repercussões no processo de trabalho no território
  • Data: 23/03/2023
  • Hora: 16:00
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  • O fenômeno da violência urbana está presente no cotidiano das sociedades modernas e vem se colocando como um dos maiores desafios na atualidade. No Brasil, a violência representa um grande problema social, sendo cada vez mais necessária sua discussão. Esse fenômeno multideterminado histórica, social e culturalmente interfere na qualidade de vida das pessoas e da sociedade. Necessita-se compreender melhor a repercussão da violência na organização dos serviços de saúde, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS) onde há uma vinculação direta com o território. Realizou-se um estudo sobre o tema, tendo como objetivo principal analisar as dimensões da violência vivenciada pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) repercussão no processo de trabalho no território. Trata-se de um estudo utilizando a abordagem quantitativa e analítica do tipo transversal. Foram analisadas as entrevistas com 301 ACS de diferentes distritos do município de João Pessoa-PB. Dessa forma, através da realização da pesquisa, foi possível elaborar o perfil da violência autorreferida pela perspectiva do ACS, de modo a contribuir com processos formativos, subsidiar estratégias e políticas públicas, servir de fonte para outras pesquisas e fomentar a discussão com os gestores e população sobre efeitos da influência da violência urbana no processo de trabalho do ACS.
  • JULIANA BARROS DE FARIAS VILAR
  • Acolhimento na Atenção Básica no contexto da pandemia
  • Data: 22/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • A COVID-19 tem levado os sistemas de saúde a vivenciarem uma fase incomum, que tem exigido uma reestruturação dos serviços e uma nova organização do processo de trabalho. O aumento do número de pessoas a serem atendidas simultaneamente levou à Atenção Primária à Saúde, enquanto coordenadora e ordenadora do cuidado nos territórios, a adotar estratégias para o enfrentamento da pandemia, assim como realizar o acompanhamento longitudinal da população não acometida pela COVID-19 que seguia precisando de cuidados. Nesse contexto, o acolhimento constitui uma estratégia importante para mudança no funcionamento dos serviços, uma vez que tem como base atender a todos, oferecendo atenção integral, resolutiva e garantindo a continuidade da assistência a partir das necessidades do usuário. Objetivou-se analisar a realização do Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária à Saúde do município de Cabedelo-PB no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Participaram do estudo 15 enfermeiras atuantes na Atenção Básica que atenderam aos critérios de inclusão. Os dados foram coletados por meio de entrevistas presenciais e gravadas com todas as participantes mediante um roteiro contendo perguntas semiestruturadas. Os dados oriundos das entrevistas foram submetidos a análise de conteúdo. Emergiram dos relatos três categorias: percepção sobre o acolhimento; desafios para o acolhimento durante a pandemia e mudanças no processo de trabalho. O estudo demonstrou o protagonismo da enfermagem no acolhimento aos usuários em detrimento de outras profissões que atuam na estratégia saúde da família, mostrou ainda que a maioria das participantes compreende bem o significado do acolhimento apesar de algumas ainda apresentarem uma visão equivocada sobre o tema. Os desafios relatados pelas entrevistadas estão relacionados a problemas estruturais/organizacionais, aos profissionais e aos usuários. No entanto, mesmo diante de tais dificuldades, o estudo ratifica a importância da atenção primária à saúde no enfrentamento da pandemia, sobretudo através da adoção de estratégias para permitir o acolhimento aos usuários, tais como: atendimento dos infectados em horários distintos; adequação da estrutura física; disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual; a educação em saúde para orientação sobre a doença e no combate as fake news; a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação para teleatendimento, entre outras. Por fim, recomenda-se investimentos estruturantes nas unidades de saúde e nas atividades de educação permanente para os profissionais, bem como a elaboração de políticas públicas para lidar com as sequelas da COVID-19. Pesquisas futuras com outras categorias profissionais de saúde poderão ser realizadas para analisar a realidade do acolhimento nos serviços da Atenção Primária à Saúde, particularmente no contexto estudado.
  • ADRIANA AGUIAR FERNANDES DE LIMA
  • AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE EM TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID - 19
  • Data: 20/03/2023
  • Hora: 15:00
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  • Introdução: A COVID-19 ocasionou uma pandemia mundial. Todos os níveis de atenção à saúde priorizaram sua ação ao combate à infecção pela COVID-19, o que inclui à Atenção Primária à Saúde (APS). Condições desfavoráveis e estresse vivenciados durante o enfretamento à COVID-19, provocaram níveis elevados de ansiedade nos profissionais de saúde. O município escolhido para a realização deste estudo foi Santa Cecília - PB, por ser um município de pequeno porte, que no momento da pesquisa contava apenas com a APS como único serviço assistencial de referência. Objetivo: Avaliar o estado de ansiedade dos trabalhadores da APS do município de Santa Cecília - PB que estão atuando no enfretamento da pandemia da COVID–19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, censitário de caráter exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa, composto pelos 53 profissionais da APS. Os dados gerados a partir da resposta aos instrumentos passaram por um processo de tratamento que envolveu a sua devida tabulação, consolidação e organização em planilhas do programa software Excel – 2007. As variáveis foram mensuradas nos níveis das escalas: nominal, ordinal e intervalar. Para a análise estatística através da construção de tabelas de frequências simples e medidas descritivas pertinentes, foram utilizadas técnicas da estatística inferencial multivariada, com uso do software R-Studio. Resultados: Verificou-se que o sintoma mais expressivo de ansiedade foi a falta de concentração em 47 dos 53 profissionais, representando 88,7% destes profissionais. 21 profissionais apontaram demanda excessiva como fator de maior relevância para o aparecimento de ansiedade, representando 39,6%. Ao se analisar o nível de ansiedade – traço, observou-se que 38 (72%) dos profissionais participantes do estudo apresentaram alta ansiedade. Com relação a ansiedade – estado, verificou-se que 40 (76%) dos profissionais apresentaram alta ansiedade. Ao relacionar o IDATE – T e IDATE – E dos 53 profissionais com a variável sexo, percebeu-se que 45 (84,9%) destes trabalhadores são do sexo feminino, 33 (62,3%) destas profissionais apresentaram alta ansiedade no IDATE – T e 37 (69,8%) apresentaram alta ansiedade no IDATE – E. Conclusão: O presente estudo constatou que os profissionais de saúde da APS aprestaram sintomas expressivos de ansiedade e a maioria destes profissionais foram classificados com alto nível de ansiedade, tanto para o IDAET – T, quanto para o IDATE –E neste período pandêmico da COVID – 19.
  • CLEITON CHARLES DA SILVA
  • A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE RESIDÊNCIAS EM SAÚDE
  • Data: 03/03/2023
  • Hora: 10:30
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  • Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) é um processo de aprendizado no trabalho, em que o ensinar é incorporado ao cotidiano dos serviços, baseada na aprendizagem com significado, na problematização, na reflexão das práticas e na possibilidade de transformar o processo de trabalho dos profissionais. Na perspectiva de mudanças paradigmáticas no cuidado em saúde, a formação por meio das Residências em Saúde (RS) traz em sua essência a implicação do trabalhador, que almeja mais que um título acadêmico, ele deseja obter ferramentas para superar os obstáculos impostos no dia a dia e transformar o ambiente que atua. Destarte, a RS se coloca como um dos eixos de ação da Política Nacional de Educação Permanente de Saúde (PNEPS), extremamente importante enquanto processo formativo, através do qual se busca atingir um cuidado integral, construído a partir das contribuições dos diferentes núcleos de profissões. Objetivos: Compreender a EPS no contexto da formação em saúde de dois programas de Residências em Saúde do sertão paraibano. Percurso metodológico: O estudo teve como cenários de investigação o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e o Programa de Residência de Medicina Família e Comunidade (PRMFC). A pesquisa foi realizada com residentes no segundo ano (R2) e recém-egressos dos dois programas de residências supracitados. Para a coleta dos dados empíricos foram realizadas entrevistas semiestruturadas. O conjunto de dados foi analisado sob a perspectiva da análise de conteúdo de Bardin, na modalidade categorial temática. A pesquisa seguiu todos os preceitos éticos, tendo sido apreciado pelo Comitê de Ética e recebido aprovação sob o CAAE: 37477420.1.0000.5188. Resultados: A maioria dos residentes enxerga a EPS como ferramenta capaz de contribuir para a modificação no ambiente de trabalho, contudo, reconhece entraves para a operacionalização no cotidiano dos serviços de saúde de forma intrínseca ao processo de trabalho dos trabalhadores. Notou-se ainda que se faz necessário maior ênfase no alinhamento conceitual entre Educação Permanente e Educação Continuada, a fim de que estas sejam utilizadas de forma adequada e em momento oportuno a cada uma. Considerações Finais: Os objetivos da EPS e EC carecem de maior discussão e clareza de papéis, enquanto estratégias necessárias no processo formativo. Verificou-se ainda que, mesmo diante de diversos entraves e desafios na efetivação da EPS na prática diária, os residentes reconhecem a residência enquanto espaço que promove maior utilização desta ferramenta e o quanto esta foi importante para o redirecionamento de suas práticas. O estudo evidenciou também que, os cenários nos quais os Programas de Residência em Saúde estão inseridos e o rumo dessa proposta de formação aponta para necessidade de maior reflexão e debate, tendo em vista que, as mínimas condições de estudo/trabalho, assim como a não utilização dos residentes enquanto força de trabalho barata, sejam asseguradas pelos programas e gestores, entendendo que estes estão inseridos em um processo formativo e não somente assistencial
  • NATHALIA GREGÓRIO DA COSTA
  • A INTERPROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO EM RESIDÊNCIAS EM SAÚDE: PERSPECTIVAS E PRÁTICAS DOS RESIDENTES
  • Data: 03/03/2023
  • Hora: 08:00
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  • A interprofissionalidade ocorre quando profissionais de diferentes núcleos de formação atuam mutuamente no sentido de promover cuidado integral ao sujeito ou à comunidade, em uma perspectiva de interação de saberes. Para a formação de uma força e trabalho qualificada para o trabalho interprofissional, todos os atores envolvidos precisam compreender a importância e o impactode apoiar ações de ensino no serviço visando o desenvolvimento de práticas colaborativas na produção do cuidado em saúde. Nesse contexto, o objetivo central desta pesquisa foi compreender os elementos da interprofissionalidade no processo de formação em saúde em duas Residências em Saúde, na perspectiva de residentes. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. Os participantes foram nove residentes de dois programas de residência, cenários de estudo. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas, que foram gravadas e transcritas. Também foi utilizado o diário de campo como instrumento para produção do material empírico. Os dados foram analisados, segundo a teoria da análise de conteúdo de Bardin, e dispostos em 4 categorias e subcategorias temáticas. De acordo com os participantes da pesquisa, ainda há alguns obstáculos na efetivação da interprofissionalidade no processo formativo nas residências. Foram apontadas fragilidades especialmente na falta de momentos de Educação Permanente para o trabalho interprofissional promovidos pelos programas de residência. Contudo, os profissionais encontraram espaços propícios ao trabalho colaborativo nos serviços onde foram inseridos, fator que viabilizou o trabalho em equipe durante a realização das atividades e colaborou para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências interprofissionais dos residentes. Os resultados também sinalizaram que a consolidação de programas de residência em regiões como o sertão paraibano é um grande avanço na oferta do cuidado qualificado, porém precisa de maior integração entre a instituição ofertante e os gestores municipais no sentido de esclarecer o papel do residente dentro do serviço. O momento pandêmico no qual os residentes executaram suas atividades pode ter influenciado nos resultados desse estudo, visto que foram necessárias mudanças consideráveis no processo de trabalho durante esse período, portanto, mais pesquisas devem ser realizadas buscando aprofundar-se na temática da Educação Interprofissional no processo formativo dasResidências em Saúde, uma vez que atualmente a interprofissionalidade tem sido vista como elemento essencial no cuidado em saúde integral, centrado no paciente.
  • JANAINA ALVES BENICIO
  • IMUNIZAÇÃO INFANTIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: HESITAÇÃO VACINAL ENTRE PAIS E PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS
  • Data: 13/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • As vacinas foram desenvolvidas com intuito de prevenir doenças e salvar vidas, o Programa Nacional de Imunização tem identificado queda na cobertura vacinal, com ressurgimento de doenças preveníveis; a Hesitação Vacinal, está entre esses fatores e tem preocupado gestores e pesquisadores devido ao seu aumento. O objetivo do estudo foi aplicar o questionário PACV-BR (Atitude de Pais sobre a Vacinação Infantil) visando avaliar a prevalência de Hesitação Vacinal entre pais do público infantil, bem como a perspectiva dos profissionais de saúde acerca da imunização infantil na Atenção Primária, no município de São Bentinho-PB. Realizou-se um estudo observacional, transversal e descritivo, com abordagemquantitativa. A amostra foi composta por 200 pais do público infantil, cadastrados na Estratégia de Saúde da Família do referido município, e por 23 profissionais das equipes de saúde. Os dados obtidos foram processados em programa SPSS, com análise descritiva, e aplicado teste qui quadrado, considerando significantes valores p˂0,05. Quanto aos resultados relativos aos pais do público infantil, observou-se que a maioria era do sexo feminino (n=190, 95%), sendo a mãe (n=182, 91%) a responsável principal. A prevalência de Hesitação Vacinal foi de 0,5% (1/200). Os pais acreditavam que seria melhor para seus filhos receberem menos doses de vacinas por vez (44%) e que as crianças recebiam mais doses de vacinas do que necessitavam (13%). Embora 40,5% dos pais, tenha referido atrasar (28%) ou deixado de vacinar seus filhos (12,5%), e que 30,5% se preocupassem com possíveis eventos adversos vacinais, a maioria achava importante seguir o calendário de vacinação (99,5%), bem como declararam intensão de continuar a vacinar seus filhos no futuro (99,5%). A maioria dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (65,2%), não possuíam curso sobre vacinação. Mais da metade (52,2%) sabia identificar dificuldades que podiam levar os pais à Hesitação Vacinal. Os resultados indicam baixa prevalência de Hesitação Vacinal; sugerem confiança dos pais no processo de vacinação e nos profissionais, embora afirmem ter medo das reações vacinais graves; os pais apresentam elevado nível de intenção para vacinação infantil, porém se observa baixo nível de adesão; atualização de informações dos profissionais e repasse aos pais se faz necessária e poderá contribuir positivamente no processo da vacinação mais eficaz.
2022
Descrição
  • RISIA RAPHAELY DO RÊGO BARROS MELO
  • PRÉ-NATAL DO HOMEM: PRÁTICA DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA PARA O CUIDADO DA POPULAÇÃO MASCULINA NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Data: 15/12/2022
  • Hora: 14:00
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  • O Pré-natal do Parceiro é uma estratégia da Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, para ampliar e promover a saúde da população masculina, tendo em vista que a maioria dos homens adultos não busca com regularidade os serviços da Atenção Básica (AB), mesmo considerando ser importante. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar como as equipes de Saúde da Família conduzem este artifício enquanto estratégia de cuidado à população masculina em Recife-PE. Trata- se de um estudo avaliativo, transversal, quanti-qualitativo, envolvendo enfermeiros, médicos, cirurgiões-dentistas, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Aplicou-se um questionário semiestruturado, seguido da realização de seis grupos focais com as eSF com maior número de respondentes na primeira etapa, para aprofundar o desenvolvimento da estratégia. Os dados quantitativos foram analisados por medidas de tendência central e os qualitativos pela análise temática de conteúdo. A matriz de avaliação desenvolvida no estudo, permitiu identificar as principais potencialidades e dificuldades encontradas na estrutura, processo de trabalho e resultados do cuidado proposto. Observou-se que embora aceito como excelente estratégia, o Pré-natal do Homem encontra resistências que perpassam desde questões estruturais às culturais, dificultando a proposta de ampliar o acesso às ações e aos serviços para promoção da saúde masculina, permanecendo o modelo biomédico. O cuidado se refere ao desdobramento da assistência já prestada às gestantes, mas encontra percalços limitantes para sua sustentabilidade. Os trabalhadores referem como motivos para não adesão dos homens aos serviços da AB a sua (não) relação com o cuidado, realização de ações restritas e pontuais por parte dos trabalhadores e a descontinuidade do cuidado pelos serviços, motivos intrinsecamente relacionados ao estereótipo do ser masculino. Sinalizam ainda como caminhos para promoção da saúde masculina maior integração de Políticas de Saúde, educação em saúde e apoio da gestão municipal. Acredita-se que haverá maior adesão masculina aos serviços da AB quando houver dissolução de entraves de ordem política, econômica e cultural.
  • VIRGINIA MATIAS DE OLIVEIRA BARBOSA
  • PERCEPÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM SAÚDE
  • Data: 06/12/2022
  • Hora: 11:00
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  • A Educação Permanente em Saúde (EPS) foi instituída enquanto política pública em 2004 (através da Portaria nº198/GM/MS), sendo uma estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação que se baseia na possibilidade de transformação das práticas profissionais e na reorganização do processo de trabalho. As Residências em Saúde possuem em suas premissas a utilização do treinamento em serviço e a formação pelo trabalho, inserindo-se na perspectiva da EPS. A presente pesquisa teve como objetivo compreender como a EPS é percebida pelos residentes de segundo ano (R2) e egressos de dois programas: a Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC) do município de João Pessoa-PB e da Residência de Medicina de Família e Comunidade (RMFC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) durante a residência e após sua conclusão. É um estudo transversal de campo, exploratório com abordagem mista e desenho paralelo convergente. Trata-se de uma etapa do Projeto de pesquisa “A Educação permanente e a interprofissionalidade nas Residências em Saúde da Paraíba” que abrange Programas de Residências da capital e do sertão do estado da Paraíba. Os cenários de investigação foram dois Programas (um de RMSFC e um de RMFC) que desenvolvem suas atividades nas Unidades de Saúde da Família (USFs) de João Pessoa-PB. Participaram da pesquisa 44 egressos respondendo a um questionário e 12 R2 voluntários que passaram por entrevistas semiestruturadas onde foi utilizado o critério de saturação. Os dados qualitativos e quantitativos foram coletados separadamente e simultaneamente, com atribuição do mesmo peso, sendo analisados separadamente e, por conseguinte realizada fusão das informações. Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva. As entrevistas foram áudio-gravadas, transcritas, validadas e posteriormente analisadas pela técnica da análise de conteúdo de Bardin. Foi realizada fusão dos bancos de dados através da estratégia paralelo convergente. As categorias temáticas que emergiram foram discutidas no grupo de estudo, são elas: Percepção de EPS; Protagonismo do residente na EPS; Novas práticas a partir da aprendizagem significativa e Dicotomia entre ensino e produção do cuidado. Verificou-se que os participantes compreendem a importância de ensinar e de aprender na prática da EPS com a finalidade de potencializar a prática interprofissional na solução dos problemas advindos da rotina das USFs. Diante das dificuldades encontradas para desenvolvimento da EPS, faz-se necessário planejar e monitorar momentos para a prática da EPS e avaliação. Para tanto, é necessária a articulação entre os atores: gestão, instituição formadora, trabalhadores de saúde e usuários, por meio de constante negociação de práticas a serem desenvolvidas em prol da qualidade da assistência prestada, valorização profissional e satisfação de todos os envolvidos. Diante da fusão dos resultados das abordagens, pôde-se observar convergência na ênfase do quão é essencial o desenvolvimento da EPS na Atenção Primária à Saúde (APS), e como os programas de residências estão atrelados a esta prática. Viabilizam seu desenvolvimento e possibilitam a reflexão quanto à assistência desenvolvida, criando caminhos junto aos profissionais para mudanças de práticas. Este estudo tem relevância para o fortalecimento da interação ensino-serviço-controle-social com ênfase no debate sobre EPS.
  • VERÔNICA EBRAHIM QUEIROGA
  • EFEITO DE UMA INTERVENÇÂO EDUCATIVA COM ENFERMEIROS SOBRE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA COM ENFOQUE NO DISPOSITIVO INTRAUTERINO
  • Data: 30/09/2022
  • Hora: 14:30
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  • Objetivo: Avaliar o efeito de uma intervenção educativa no  conhecimento dos Enfermeiros sobre saúde sexual e reprodutiva, com enfoque no dispositivo intrauterino. Método: Estudo quase experimental, do tipo grupo único, antes e depois, e desenvolvido em um município da região Nordeste, Brasil. A intervenção educativa foi um curso de capacitação, teórico-prático, na modalidade remota, com carga horária de 30 horas, para enfermeiros em consulta ginecológica com enfoque no dispositivo intrauterino. Utilizou-se um instrumento, avaliado por especialistas na área da saúde da mulher. Os dados foram coletados entre outubro de 2021 e janeiro de 2022. Seguiram-se as recomendações éticas para pesquisas com seres humanos. Resultados: Participaram 31 enfermeiros. O nível de conhecimento dos enfermeiros no pré-teste foi classificado como “satisfatório” (n=21; 67,7%) e no pós-teste como “muito satisfatório” (n=16; 51,6%). Houve diferença estatística significativa entre o número de acertos no pré e pós testes dos participantes, com aumento de acertos no pós-teste. Conclusão: A intervenção educativa mostrou-se efetiva para promover mudanças no conhecimento dos enfermeiros sobre saúde sexual e reprodutiva com enfoque no dispositivo intrauterino.
  • CLARIANA FALCÃO SILVA
  • Implicações do contexto da pandemia por covid-19 na prática do aleitamento materno na atenção básica: percepções das mulheres lactantes
  • Data: 29/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • A amamentação é considerada uma importante estratégia de sobrevivência infantil, que além de fornecer o alimento natural mais completo, é também uma oportunidade de fortalecimento do vínculo mãe-bebê, podendo ser influenciada pelo contexto pessoal, histórico e sociocultural da vida da mulher. Considerando a relevância da amamentação para a saúde da mulher e da criança, e diante da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 e das suas repercussões na oferta do cuidado em saúde na atenção básica, pretendeu-se com este estudo compreender as implicações do primeiro ano da pandemia por Covid-19 na prática do aleitamento materno no âmbito da atenção básica, a partir da percepção das mulheres lactantes. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, em que foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 24 mulheres acompanhadas nas Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário III da Cidade do Recife-PE, que amamentaram no período da pandemia, entre os meses de abril e setembro de 2020. As entrevistas foram gravadas e transcritas, sendo esses dados posteriormente analisados, interpretados e sistematizados pela técnica da análise de conteúdo proposta por Bardin, à luz da Teoria Interativa da Amamentação. Este estudo contribuiu para evidenciar que os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus, e que o sucesso desta prática depende da adequada interação mãe-filho-ambiente. Destaca-se ainda a importância da amamentação na sociedade, no cuidado integral à saúde da mulher e da criança, independente do cenário de pandemia, proporcionando uma maior reflexão para o fortalecimento de uma rede de apoio especializada no ciclo gravídico-puerperal e na prática do aleitamento, a fim de superar os novos desafios por elas vivenciados.
  • CYNTHIA GUEDES SANTIAGO MELQUÍADES
  • AURICULOTERAPIA NA PRÁTICA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: percepção de usuários e o sentido da oferta por profissionais da saúde.
  • Data: 22/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • A auriculoterapia compreende em um método terapêutico que ocasiona a normalização psíquico-orgânica do indivíduo por meio de ativação dos pontos energéticos localizados no pavilhão auricular, impulsionando as zonas neurorreativas. Profissionais de saúde conduzem práticas com auriculoterapia na Atenção Básica (AB) norteada pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e produzem cuidado a partir de um conjunto de saberes e estratégias visando a integralidade, resolutividade e humanização. Essa condução desafia e inova a percepção do processo saúde doença dos indivíduos. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar as percepções e sentidos atribuídos a auriculoterapia pelos usuários e profissionais de uma Unidade de Saúde da Família (USF). Esta pesquisa ancora-se no referencial teórico-metodológico da pesquisa qualitativa. Teve como cenário uma USF do município de João Pessoa, Paraíba, Brasil, localizada na região Sul, sob a direção do Distrito Sanitário III. Foram entrevistados 11 usuários atendidos na USF que realizaram o tratamento da auriculoterapia e participaram do grupo de auriculoterapia na USF, os dados foram coletados de setembro a outubro de 2021 e março de 2022 utilizando-se um instrumento semiestruturado. A partir de um encontro com quatro profissionais de saúde, que fizeram parte deste processo do cuidado na USF, um mapa conceitual foi construído. Além disso, os profissionais foram entrevistados. Todas as entrevistas e a reunião para construção do mapa conceitual foram audiogravadas e posteriormente, transcritas. Para análise dos dados foi adotada a Análise de Conteúdo com abordagem temática. Para o mapa conceitual foi utilizado o cmaptools® e observância de clareza semântica das proposições usando a Tabela de Clareza Proporcional. Após essa etapa, o mapa conceitual foi validado pelos profissionais de saúde. O projeto desta pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba sob número 43517121.8.0000.5188. Os dados sociodemográficos e clínico dos usuários entrevistados apresentaram faixa etária entre 45 a 82 anos com prevalência do sexo feminino, que relataram patologias significativas e utilizavam a auriculoterapia como recurso terapêutico para as queixas trazidas no grupo de auriculoterapia. As informações coletadas sobre eixos do tratamento com auriculoterapia contribuiu para a análise e interpretação dos dados que emergiu quatro categorias temáticas: Os profissionais de saúde atuavam na perspectiva do rearranjo da cultura de cuidado diferenciando-se da biomedicina. Na construção do mapa conceitual percebe-se a experiência do vivido dentro do grupo com o trabalho em auriculoterapia, motivações da equipe, potencialidades e fragilidades enfrentadas para a implantação da oferta da auriculoterapia na USF. Os relatos de usuários e profissionais evidenciou que a prática da auriculoterapia e a formação do grupo potencializou a produção do cuidado, ressignificou e fortaleceu o trabalho em equipe e promoveu bem-estar nos usuários que traziam queixas físicas e emocionais. Os desafios para a implantação dessa prática orientaram para a necessidade de um olhar ampliado da gestão e apoio, para a valorização da auriculoterapia e oferta aos usuários que frequentam os serviços de saúde.
  • KALINA CÍCERA MACÊDO
  • CUIDADO A PESSOA TABAGISTA NA PANDEMIA DA COVID 19 NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA: ANÁLISE SITUACIONAL
  • Data: 12/09/2022
  • Hora: 20:00
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  • O tabagismo contribui diretamente para o desenvolvimento de diversos agravos à saúde e aumenta a morbimortalidade por inúmeras doenças. Apesar de programas estruturados para a cessação tabágica representarem estratégias efetivas para redução de agravos e custos para o sistema de saúde e do Ministério da Saúde ter implementado o Plano Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), os serviços vigentes apresentam alcance limitado e foram seriamente comprometidos pela pandemia Objetivo: Analisar a situação dos serviços de saúde frente ao cuidado com a pessoa tabagista no Município de João Pessoa na Pandemia da COVID 19. Método: Foi realizado estudo descritivo, quali-quantitativo, composto por duas fases: levantamento dos indicadores de saúde, de caráter exploratório, através de dados da secretaria municipal de saúde de monitoramento do PNCT, e; avaliação do programa segundo a perspectiva dos profissionais de saúde e usuários. A primeira fase permitiu a análise situacional e foi composta por avaliação dos números de pacientes atendidos e funcionamento dos serviços antes e durante a pandemia. Dados quantitativos da segunda fase foram levantados nos grupos de profissionais e usuários, bem como a avaliação qualitativa, através de questionário semiestruturado. Resultados e discussão: Os resultados apontaram para uma baixa cobertura do programa no Município, onde cerca de 1% dos fumantes tiveram acesso ao programa, além de revelar queda no número de fumantes atendimentos na pandemia. Em paralelo, foi observada uma efetividade relativamente alta. No período avaliado, houve o funcionamento efetivo e contínuo do programa em apenas dois serviços da rede especializada, com diferentes profissionais envolvidos. Os dados demostram uma queda na procura pelo programa durante a pandemia, com apenas dois serviços realizando atendimentos e encontros em grupo remotos. Na análise qualitativa entre os pontos negativos após a pandemia destaca-se a dificuldade dos usuários com ferramentas remotas e dificuldades com exames e referências especializadas. Considerações finais: Através do presente estudo é possível concluir que o Município de João Pessoa possui implantação incipiente do PNCT na APS. Durante a pandemia da COVID-19 o número de serviços ofertados reduzido significativamente, diminuindo a procura e as ações realizadas. Se faz necessária mais responsabilidade dos gestores em saúde, para maior acesso ao programa especialmente na APS.
2020
Descrição
  • EDJANE PESSOA RIBEIRO FERNANDES
  • PRÉ-NATAL COLETIVO: UMA ANÁLISE CRÌTICA DA SUA IMPLANTAÇÃO A PARTIR DA ÓTICA DAS MULHERES NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM JOÃO PESSOA - PB
  • Orientador : ANA CLAUDIA CAVALCANTI PEIXOTO DE VASCONCELOS
  • Data: 16/12/2020
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: O pré-natal coletivo configura-se uma estratégia de promoção e fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, que favorece o modelo colaborativo de cuidado em saúde, envolvendo profissionais de diversas categorias. Nesse contexto, buscando favorecer a autonomia da mulher frente aos desafios que a maternagem lhe impõe, voltadas às escolhas conscientes e baseadas em evidências científicas, vêm sendo implementadas iniciativas direcionadas a uma assistência humanizada desde a gestação. Objetivo: Analisar a implantação do pré-natal coletivo a partir da ótica das mulheres de uma Unidade de Saúde da Família em João Pessoa. Metodologia: Trata-se de estudo de natureza qualitativa e que utilizou abordagem da pesquisa-ação. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e abril/2019, mediante entrevistas semiestruturadas com dez gestantes envolvidas no pré-natal coletivo e a observação-participante. O material empírico foi submetido à análise temática. Resultados: O pré-natal coletivo foi evidenciado como um espaço de autocuidado, fortalecimento da rede de apoio à maternagem, autoconfiança das mulheres quanto, as suas escolhas durante todo o período gravídico-puerperal, construção de novas amizades, o aprendizado de temas relevantes nas experiências compartilhadas e a integração de ações envolvendo diferentes profissionais. Contudo, a necessidade de um ambiente amplo e confortável, o desconforto de algumas gestantes na ausculta coletiva e alguns desafios a serem superados. Conclusão: O pré-natal coletivo configurou-se como uma estratégia, que a partir do envolvimento de profissionais em diversas categorias, promovendo uma construção de vínculo entre as participantes, bem como entre a gestante-profissional-serviço. Essa abordagem busca a produção de saúde e possibilita repensar processos de trabalho na Atenção Primária em Saúde, sobretudo na ESF, primeiro nível da Rede de Atenção à Saúde do SUS.
  • JOSEIRES GLEYDSON SANTOS BENICIO DE SA
  • O PROCESSO DE TRABALHO NO NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA
  • Data: 13/04/2020
  • Hora: 14:30
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  • O Núcleo de Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – NASF-AB, surge no Sistema Único de Saúde com a proposta de ampliar o escopo de ações da Atenção Básica brasileira, através de uma lógica que segue os preceitos da interprofissionalidade. Assim este artigo tem por objetivo analisar o processo de trabalho do NASF-AB em uma capital do nordeste brasileiro e o desenvolvimento da prática da interprofissionalidade nessa realidade de trabalho. Sendo realizada uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa, com quatro diretores de distritos sanitários e nove trabalhadores do NASF-AB. Os dados foram coletados através de entrevistas em profundidade e submetidos à análise de conteúdo. Como resultados surgiram duas categorias: “O papel do NASF-AB”; e “O fazer do NASF-AB”. Concluiu-se que os participantes compreendem que o trabalho na Atenção Básica como um todo, deve ser pautado pela interprofissionalidade, e que o NASF-AB é importante para a promoção da saúde, de forma que é essencial a manutenção dos mesmos para assegurar uma promoção de saúde efetiva e de qualidade para a população.
  • LUCIEUDA RODRIGUES DE ARAUJO
  • ORGANIZAÇÃO DO CUIDADO ÀS PESSOAS PORTADORAS DE DIABETES MELLITUS NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Data: 31/03/2020
  • Hora: 16:00
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  • Introdução: O Diabetes Mellitus vem apresentando importância epidemiológica devido o crescente aumento de sua prevalência, reflexo de uma vertiginosa transição demográfica epidemiológica e nutricional. Torna-se um grande problema de saúde pública, principalmente pelas graves complicações que a doença provoca com comprometimento na qualidade de vida das pessoas. Adotado como modelo estratégico para Atenção Primária a Saúde (APS), a Estratégia Saúde da Família atravessa um grande desafio no enfrentamento dessa doença que por ter um complexo nível de abordagem, exige reflexão sobre as práticas do cuidar e da forma como o modelo está organizando sua capacidade de adequações que envolvem ações de educação, prevenção e tratamento, bem como um bom nível de preparação profissional e de organização do serviço para um cuidado desejável. Objetivo: Analisar a organização da atenção às pessoas com Diabetes Mellitus (DM) na percepção dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família - Atenção Básica (NASFAB). Trata-se de um Estudo de Caso de abordagem qualitativa. O cenário do estudo foi o município de Barra de Santana, na Paraíba. Participaram do estudo os trabalhadores das equipes da ESF e do NASF-AB. O Grupo Focal foi o método escolhido para coleta de dados. Os roteiros das entrevistas foram elaborados com base no referencial teórico do protocolo instituído pelo Ministério da Saúde. Para auxiliar na organização e categorização utilizou-se o recurso tecnológico do software Atlas Ti e submetidos à Análise do Conteúdo. Resultados: Os dados foram analisados a partir de cinco categorias temáticas: Conhecimento e medidas de acompanhamento às pessoas com Diabetes Mellitus na área de abrangência pelas equipes de APS; Manejo dos profissionais às pessoas com Diabetes Mellitus, desafios e perspectivas das equipes da APS; Prevenção e manejo das complicações agudas e crônicas do DM pelas equipes de APS e as recomendações específicas às pessoas com Diabetes Mellitus e a abordagem educativa à pessoa com Diabetes Mellitus. Observou-se pouco domínio no conhecimento do perfil de adoecimento das pessoas com DM fragilizando o planejamento das ações desde o diagnóstico precoce, tratamento e manejo adequado das complicações crônicas, com lacunas no domínio técnico dos profissionais, falta de insumos e apoio laboratorial, dificuldades de acesso ao sistema de referência e os contornos da abordagem educativa, pautada no modelo tradicional distanciada do empoderamento para o autocuidado apoiado. Conclusão: A atenção dispensada às pessoas com DM na APS encontra-se fragmentada, voltada para o modelo biologicista, organizado numa demanda espontânea e pouco resolutiva. Com base nos resultados deste estudo sugere-se que os gestores implantem o modelo de atenção às condições crônicas e institua um processo de educação permanente, em diabetes, para os profissionais se capacitarem para qualificar a atenção.
  • LIZZIANE APARECIDA SILVA DE MACEDO
  • EXPERIÊNCIAS DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA PERSPECTIVA DA INTEGRALIDADE
  • Data: 25/03/2020
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A Política Nacional de Saúde Integral à população LGBT (PNSILGBT) é um divisor de águas no reconhecimento das demandas de saúde da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais legitimando as necessidades de saúde e suas especificidades. As identidades travestis e transexuais representam manifestações individuais e internas. A relação dessas identidades com a saúde traz para o cerne da discussão as questões acerca dos direitos em saúde e sua visibilidade social. Objetivo: Analisar as experiências de travestis e transexuais sobre seus direitos e atendimentos de suas demandas nos serviços de saúde. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado em um município do nordeste. Selecionou-se travestis e transexuais que utilizaram os serviços de saúde pela técnica snowball para realizar entrevistas individuais. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo, na modalidade categorial temática. Resultados: Os dados evidenciaram avanços e retrocessos no arcabouço jurídico legal dos direitos a população LGBT no Brasil, na Paraíba e no município de Campina Grande - PB; que os direitos assegurados em lei não são efetivados na utilização dos serviços de saúde. Quanto a experiência do uso do nome social nos serviços de saúde percebeu-se como sendo ao mesmo tempo satisfatória e insatisfatória a depender do respeito ou não a este uso; O princípio da integralidade da assistência vivenciada por travestis e transexuais ainda não se materializou em todo o seu escopo mas avançou no tocante a demanda específica. Conclusão: A Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT trouxe mudanças significativas para o acesso de travestis e transexuais ao SUS, mas, o estudo aponta a necessidade de democratizar as informações sobre o processo transexualizador. Assinala ainda a pouca sensibilidade da Atenção Primária à Saúde às necessidades de saúde de travestis e transexuais e a população LGBT em geral embora evidencie o seu papel como porta de entrada na utilização dos serviços.
  • DAYSE CATÃO RAMALHO
  • UM OLHAR SOBRE O CUIDADO EM SAÚDE À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Data: 20/03/2020
  • Hora: 09:00
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  • O aumento da população em situação de rua é crescente em todo o mundo e sobretudo no território brasileiro. Nesse sentido a inclusão de Políticas Públicas que busquem minimizar os riscos que envolvem este grupo populacional, sobretudo no âmbito das Políticas Públicas de atenção à saúde faz-se necessário. O fortalecimento de estratégias que ampliem e favoreçam o acesso e cuidados a esta população, principalmente em aspectos relacionados às formas de viver na rua e demandas situacionais, favorecerão o enfrentamento das dificuldades de quem está em situação de rua. Essa pesquisa teve por objetivo analisar o acesso da população em situação de rua aos serviços de Atenção Básica no município de João Pessoa – PB, na perspectiva dos profissionais das equipes de CnaR que atuam nos cinco Distritos Sanitários da cidade. Nesse sentido, busca–se ressaltar os desafios enfrentados por esta população, no que tange aos cuidados à saúde como um todo e a garantia de direitos. Pretende-se com este estudo, desmistificar condutas e práticas permeadas no modelo biomédico, moralistas, preconceituosas e fragmentadas, possibilitando a ressignificação nos processos de cuidado aos sujeitos, garantindo e ampliando direitos, com base na reforma Psiquiátrica e na Política de redução de danos. A metodologia utilizada foi a qualitativa, com roteiros de entrevistas semiestruturadas com nove profissionais do Consultório na rua. A análise ocorreu pela técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin, na modalidade temática. As contribuições conseguidas através dos dados obtidos e com o desenvolvimento da pesquisa direcionam-se à melhoria e ampliação do cuidado com às pessoas em situação de rua na Atenção Básica. Estes serviram como base para a discussão em torno das dificuldades enfrentadas pela população em situação de rua no que diz respeito à acessibilidade aos serviços na Atenção Primária à saúde e a efetivação dos seus direitos enquanto cidadãos, bem como, os desafios enfrentados pelos profissionais dos Consultórios nas ruas para efetivação e garantia destes direitos no cotidiano dos cenários dos serviços de saúde.
  • RENATA MORAIS DE SANTANA
  • POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO NÚCLEO AMPLIADO DE ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA NA GESTÃO DO CUIDADO À CRIANÇA COM DOENÇA CRÔNICA
  • Data: 20/03/2020
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica se consolidam na Atenção Primária no Brasil com o intuito de garantir a longitudinalidade do cuidado por meio de ações que impactem diretamente nas condições de saúde das pessoas. Objetivo: Compreender as ações do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica na gestão do cuidado a crianças com doença crônica na Atenção Primária à Saúde . Metodologia: Pesquisa de abordagem qualitativa de cunho exploratório-descritiva. O estudo foi realizado com profissionais que atuam em equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica de um município de grande porte de Pernambuco. A coleta de dados foi realizada através da técnica de grupo focal, nos meses de fevereiro e abril de 2019. O material empírico foi interpretado por meio de análise temática. Resultados: O apoio matricial embasa a atuação das equipes, as atividades contemplam o cuidado tanto individual quanto coletivo, ressaltando as seis dimensões da gestão do cuidado, mesmo que parcialmente. As dimensões organizacional e profissional tiveram destaque positivo no que se refere à organização de fluxos formais de cuidado e construção/fortalecimento de vínculos com base no trabalho integrado entre as equipes envolvidas. Porém, nas dimensões sistêmica e societária fragilidades foram encontradas quando se identificou a realização de encaminhamentos informais da atenção primária para a rede especializada, comprometendo o processo de referência e contrarreferência, e a ausência de vagas suficientes pelo sistema de regulação do município estudado. Conclusão: O trabalho multiprofissional das equipes dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica junto às Equipes de Saúde da Família de referência, aumenta a possibilidade de um cuidado longitudinal na atenção primária, promovendo novos formatos organizativos de fazer saúde que favorecem a gestão do cuidado às crianças com doenças crônicas.
  • KÁSSIA KATARINE DE LIMA GOMES
  • ADESÃO DE USUÁRIOS AO PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO
  • Data: 03/02/2020
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: Diariamente ocorre no Brasil 428 óbitos por causa relacionada à dependência à nicotina. Anualmente são gastos 56,9 bilhões de reais com despesas médicas e perda de produtividade das pessoas tabagistas. A cessação tabágica constitui o principal objetivo do tratamento de tabagistas por contribui significativamente para redução na taxa de mortalidade. No município de Santa Cecília-PB, no ano de 2016, foram implantadas em todas as unidades de saúde da família, estratégias para o controle do tabagismo através de grupos de fumantes. Objetivo: Avaliar a adesão de usuários aos grupos de controle do tabagismo nas Unidades de Saúde da Família do município de Santa Cecília-PB. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo de cunho exploratório, com 85 tabagistas participantes do grupo de controle de tabagismo de três unidade de saúde da família, entre janeiro e dezembro de 2016. Calculou-se os indicadores de sucesso e abandono de tratamento para avaliação da adesão. O teste qui-quadrado de proporções com significância estatística de 95% foi usado para verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e o resultado do tratamento. Resultados: Entre os 85 fumantes que participaram do estudo, 53% eram do sexo masculino, com idade entre 40 a 59 anos (56.5%), de raça/cor não branca (82,4%), casados (63,6%), com menor de 8 anos de estudo (87%) e renda mensal de até 1 salário (54,1%). Quanto aos hábitos tabágicos, a maioria (57,7%) classificados com alta dependência, fumava acima de 20 cigarros por dia (56,5%), tempo de dependência à nicotina entre 20 a 40 anos (50,6%) e o tratamento mais utilizado foi o adesivo intradérmico e a bupropiona (24,7%). No que se refere aos resultados do tratamento do tabagismo, observou-se 51,8% dos participantes cessaram o tabagismo totalmente, 37,6% abandonaram o tratamento, 4,7 reduziu o consumo de cigarros, 5,9% não conseguiram parar de fumar ao final do tratamento. Verifica-se associação significativa entre as variáveis renda mensal, estado civil e número de cigarros por dia com a cessação do tabagismo. Conclusão: As características sociodemográficas e hábito tabágico dos participantes do estudo são similar à realidade brasileira. Destaca-se o Programa de Controle do Tabagismo de Santa Cecília-PB foi efetivo à cessação do tabagismo entre os participantes. Identificou-se que nem todas as características sociodemográficas e hábitos tabágicos estão associados diretamente com a cessação do tabagismo e que alguns fatores podem influenciar mais que outros.
2019
Descrição
  • PAOLO PORCIUNCULA LAMB
  • A PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 31/10/2019
  • Hora: 14:00
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  • A Atenção Primária à Saúde é reconhecida mundialmente como porta de entrada do sistema de saúde e responsável pela resolubilidade dos principais problemas de saúde da comunidade, inclusive daquelas que demandam cuidados em saúde mental. No entanto, a fragmentação do sistema de saúde é considerada um dos grandes entraves para efetivar o cuidado integral da população. Diante isso, foram criadas as Redes de Atenção à Saúde que são responsáveis pela organização e articulação dos pontos de atenção da rede – e, a Rede de Atenção Psicossocial - essa última com o propósito de ampliar o acesso à atenção psicossocial e garantir a articulação e integração entre os serviços. Cabe salientar que a interlocução entre a Atenção Primária à Saúde e a Rede de Atenção Psicossocial têm se constituído como importante diretriz para a efetivação da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Isso evidencia a importância da constituição de serviços de base comunitária. Assim, a Estratégia Saúde da Família tem se consolidado como um potente espaço produtor de cuidado em saúde mental. A partir do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar as contribuições da Estratégia Saúde da Família na produção do cuidado em saúde mental na cidade de Recife-PE. Trata-se de um estudo de caso, descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, desenvolvido mediante aplicação de questionário online com 116 enfermeiros da Estratégia Saúde da Família e realização de entrevistas semiestruturadas com 11 profissionais de três equipes da Estratégia Saúde da Família da cidade do Recife. Para o tratamento dos dados, foi realizada análise de conteúdo na modalidade temática. A partir da análise, emergiram três categorias temáticas: as práticas em saúde mental na Estratégia Saúde da Família, os fatores potencializadores no cuidado em saúde mental e os entraves a serem superados para o cuidado em saúde mental. Considera-se que esse estudo apresentou que é possível o acompanhamento na Estratégia Saúde da Família para pessoas com sofrimento psíquico, através da execução de grupos terapêuticos, consultas médicas com escuta qualificada e acolhimento fortalecedor do vínculo, ainda que a frágil articulação da Rede de Atenção Psicossocial e a pouca capacitação dos profissionais para lidar com a saúde mental tenham sido avaliadas como limitadoras no processo de trabalho. Portanto, torna-se imprescindível o apoio da gestão para qualificar o cuidado em saúde mental na Atenção Primária a Saúde, uma vez que é no território, na Estratégia Saúde da Família que pode possibilitar a identificação, o acolhimento e acompanhamento das pessoas com sofrimento psíquico na Rede de Atenção Psicossocial.
  • MILENA VIEIRA DA SILVA MELO
  • IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE UM MUNICÍPIO DE GRANDE PORTE DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 31/10/2019
  • Hora: 10:00
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  • No Brasil, muitos desafios se interpõem à efetivação do princípio da integralidade da assistência em saúde, como a ampliação do acesso com qualidade aos serviços e a falta de preparo dos profissionais para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção à saúde. Com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços prestados à população, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão no Sistema Único de Saúde – HumanizaSUS. Essa Política aponta como uma de suas diretrizes o acolhimento, com a proposta de otimizar a porta de entrada dos serviços, incluindo a Unidade de Saúde da Família (USF), facilitando o acesso e orientando o fluxo do usuário. Esse estudo teve como objetivo implantar o acolhimento como estratégia de gestão do cuidado em uma USF de um município de grande porte do Nordeste brasileiro. Tratou-se de um projeto de intervenção com abordagem da pesquisa-ação. Antes da implantação do acolhimento, havia a centralização no médico e o fluxo de atendimento era rígido, restringindo o acesso da população ao serviço. As reclamações e a insatisfação persistente motivaram a equipe para a implantação do acolhimento na USF. Após a mudança, o novo processo de trabalho flexibilizou as funções, descentralizando a responsabilidade do atendimento para o restante da equipe e eliminou as filas de demanda espontânea diárias na porta da unidade. Para a avaliação da implantação do acolhimento, realizou-se estudo descritivo e transversal por meio da aplicação de questionário quantitativo com 210 usuários e realização de entrevista semiestruturada com 10 profissionais da USF. Os dados dos usuários foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial por meio do teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Para as falas dos profissionais, foi utilizada a análise de conteúdo com abordagem temática. Os usuários avaliaram que houve melhoria com a implantação do acolhimento (92,4%, n=194), refletida na conduta dos profissionais durante o mesmo (58,6%, n=123), estando essa avaliação positiva significativamente relacionada à satisfação com as informações oferecidas pelos profissionais durante o atendimento (p≤0,05). Um menor tempo de espera para o agendamento da consulta também foi associado significativamente à uma boa avaliação dos usuários sobre a implantação do acolhimento (p≤0,05). A percepção dos profissionais também foi positiva e as categorias obtidas relacionaram-se a: facilitação do acesso à USF, resolutividade do atendimento, otimização do processo de trabalho e humanização como forma de compreender o usuário sem restrições respeitando suas diferenças. A implantação do acolhimento na USF proporcionou mudanças significativas e sustentáveis, afirmando a necessidade de integração entre o cuidado e a gestão do processo de trabalho na produção do cuidado em saúde, com formação de espaços para que os trabalhadores possam refletir sobre sua prática, além do investimento na humanização dos serviços, sobretudo na Atenção Básica.
  • DANIELLY CRISTINY DE VERAS
  • GRUPO DE IDOSOS ENQUANTO DISPOSITIVO DE EMPODERAMENTO EM SAÚDE: UMA PROPOSTA DE PESQUISA AÇÃO
  • Data: 29/10/2019
  • Hora: 14:00
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  • O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Nesse contexto, as políticas de saúde, juntamente com outras políticas públicas devem promover que o aumento da expectativa de vida seja acompanhado de qualidade, por meio de ações que busquem proporcionar a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver da pessoa idosa. Assim, os grupos de promoção da saúde se inserem enquanto valiosas ferramentas de empoderamento em saúde da pessoa idosa. O objetivo foi desenvolver ações no campo da promoção e da educação em saúde em um grupo de idosos e compreender de que forma a participação no grupo contribuiu para empoderamento em saúde, a partir da perspectiva dos idosos. Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem qualitativa fundamentado nos pressupostos da pesquisa ação, realizado com 26 idosos em um município de pequeno porte populacional da Paraíba. As atividades foram realizadas mediante metodologias participativas e dialógicas, a partir de oficinas e rodas de conversa, sobre temáticas oriundas do grupo de idosos. Após a realização destas, 17 idosos foram entrevistados a fim de compreender suas percepções sobre o empoderamento em saúde. As entrevistas foram gravadas e transcritas, sendo analisadas segundo o método de análise de conteúdo. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2018 a março de 2019, utilizando-se diário de campo e entrevista semiestruturada. O material empírico foi submetido à análise temática. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CAAE: 93142418.4.0000.5188. A vivência no grupo segundo os idosos influenciou no empoderamento em saúde dos idosos e na qualidade de vida em relação aos domínios físico, psicológico e social, levando-os a avaliarem as relações entre os integrantes, o compartilhamento de experiencias e aprendizagens, ressignificar projetos de vida, estimular a autonomia e independência e a satisfação com a saúde na velhice fruto de uma construção coletiva. Ao introduzir um novo olhar ao grupo onde educadores e educandos passaram a ser sujeitos em todo o processo, foi possível intervir politicamente na luta pela saúde, bem como articular o processo educativo à busca de autonomia alicerçado em uma metodologia participativa que permitiu a atuação efetiva dos participantes nesse processo. A intervenção valorizou os conhecimentos e experiências de todos, oportunizou discussão, identificação e reflexão sobre os problemas de saúde e de vida, construindo sentidos às situações concretas da vida. Torna-se imprescindível o apoio de idosos, profissionais e gestores para planejar medidas promotoras de melhorias na atenção à saúde do idoso, mais apropriadas ao contexto de vida e saúde desse grupo populacional.
  • AILMA DE SOUZA BARBOSA
  • FORMAÇÃO EM SAÚDE E INTERPROFISSIONALIDADE: CONTEXTO SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 25/10/2019
  • Hora: 14:00
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  • A Educação Interprofissional em Saúde, consiste em ocasiões nas quais membros de duas ou mais profissões aprendam juntos, de forma interativa, com o propósito explicito de avançar na perspectiva da colaboração, como prerrogativa para a melhoria na qualidade da atenção à saúde. A educação Interprofissional, possui relevância no desenvolvimento de competências colaborativas como pilares para o efetivo trabalho em equipe na produção dos serviços de saúde e promoção do cuidado. Assim, tem se caracterizado como ferramenta para orientar a formação profissional e como uma estratégia capaz de superar a fragmentação do trabalho em saúde no país. O objetivo foi desenvolver uma intervenção com base na problematização e na perspectiva da Educação e do Trabalho Interprofissional, em uma Unidade de Saúde da Família de uma capital do Nordeste brasileiro. Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, fundamentado nos pressupostos da pesquisa ação, cujos participantes foram: seis profissionais de uma equipe de saúde da família; dois docentes de uma IES e sete discentes dos cursos de graduação de enfermagem, odontologia e nutrição, no total de 15 pessoas. A pesquisa transcorreu em três etapas, no período de novembro de 2018 a maio de 2019: na primeira etapa, realizou-se um diagnóstico sobre a Educação Interprofissional e as práticas colaborativas no cuidado a criança que já ocorriam na USF, a partir de entrevistas semiestruturadas, as quais foram gravadas, transcritas e analisadas segundo o referencial de Bardin (2016); na segunda etapa, propôs-se atividades que foram realizadas mediante metodologias ativas e participativas, a começar por oficina de sensibilização sobre educação e trabalho interprofissional na atenção primária, que dispararam processos de planejamentos de ações no recorte saúde da criança. As atividades subsequentes foram: planejamento coletivo, trabalho em equipe e intersetorialidade, e duas atividades na USF, no total de cinco encontros, cujos registros da observação participante foram feitos em diário de campo. A terceira e última etapa, avaliação dos encontros da etapa dois, foi realizada com os mesmos 15 participantes das etapas anteriores, por meio de um Grupo Focal, cujas falas foram gravadas, transcritas, e analisadas pelo método da análise temática Bardin (2016). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CCS/UFPB sob o parecer número: 2.653.580. Observou-se neste cenário iniciativas que estimulam ações que permeiam a Educação Interprofissional, vivenciada por profissionais, docentes e discentes. Os relatos expressam o desejo coletivo de transformar e valorizar as práticas de ensino aprendizagem, qualificar o cuidado na atenção primária e alcançar um trabalho colaborativo efetivo na equipe de saúde, capaz de trazer mudanças na formação profissional. A intervenção favoreceu o (re) encontro entre os sujeitos, a troca de experiência e o aprendizado coletivo, o (re) conhecimento de papeis na equipe, assim como de estudantes e docentes. Constituiu-se como espaço dialógico e participativo de produção de saberes e fazeres em saúde da criança na atenção primária, na perspectiva da EIP e das práticas colaborativas.
  • JULIANA DA SILVA SANTOS
  • CONHECIMENTO DE PESSOAS COM HIPERTENSÃO E/OU DIABETES ACERCA DE SUA DOENÇA E DE SUAS PRATICAS RELACIONADAS AO ESTILO DE VIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Data: 24/10/2019
  • Hora: 16:00
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  • A Hipertensão Arterial Sistêmica assume importância por constituir um dos fatores de risco de várias doenças crônicas, principalmente a cardiovascular e, a Diabetes Mellitus se reveste de importância em função da sua prevalência comumente relacionada à dislipidemia, à hipertensão arterial e à disfunção endotelial. Em decorrência das transições epidemiológicas e demográficas ocorridas nas últimas décadas, verifica-se aumento na incidência e nas taxas de morbimortalidade da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus e, constituem também a principal causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde. Visando compreender o conhecimento de pessoas com hipertensão e/ou diabetes acerca de sua doença e sobre suas práticas relacionadas ao estilo de vida, realizou-se um estudo qualitativo, de caráter descritivo. A coleta de dados foi realizada através da técnica de Grupo Focal (GF), com 16 usuários hipertensos e/ou diabéticos atendidos em unidades de saúde de atenção primária, da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Campina Grande/PB. Os dados oriundos dos dois grupos focais foram transcritos na íntegra e submetido à Análise de Conteúdo, modalidade temática, da qual emergiram as seguintes categorias temáticas: 1. Conhecimento das pessoas com Hipertensão e/ou Diabetes sobre sua doença, 2. Cuidados com a doença, 3. Facilidades para cuidar da doença, 4. Dificuldades para cuidar da doença, 5. Conhecimento sobre a importância de uma alimentação saudável, 6. Conhecimento sobre a importância da prática de atividade física, 7. Fragilidades e Potencialidades da terapia medicamentosa. Constatou-se que o conhecimento de hipertensos e/ou diabéticos sobre sua condição crônica refere-se a aspectos relacionados à cronicidade e às complicações, ao tratamento, como as reações indesejáveis da medicação e os esquemas terapêuticos complexos e, ainda sobre as mudanças na vida diária acarretadas pelas enfermidades e da importância na adesão ao tratamento e a estilos de vida saudáveis, o que torna as mudanças comportamentais essenciais para o seguimento ideal do tratamento. Espera-se que os resultados possam contribuir na ampliação na produção de conhecimento que possibilite a identificação de prioridades de intervenção para melhoria da atenção de pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus e estima-se ainda que os resultados possibilitem a reflexão sobre das condições crônicas no contexto estudado, propiciando um debate sobre as mudanças de estilo de vida na população em geral e particularmente entre pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus.
  • SUÊNIA GONÇALVES DE MEDEIROS DINIZ
  • A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO APOIO À MULHER PARA O ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
  • Data: 24/10/2019
  • Hora: 13:30
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  • Os primeiros meses de vida da criança são determinantes quando se trata de nutrição infantil, sendo o leite materno considerado o alimento mais completo para o recém-nascido. No Brasil, apesar de se observar um aumento da prevalência do Aleitamento Materno nos últimos anos, ainda está abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. As redes de apoio social, primária e secundária consistem em importantes influências para a manutenção adequada do Aleitamento Materno. A rede primária inclui os familiares, pessoas próximas da lactante e o pai da criança; a secundária compreende os profissionais da saúde. A presente pesquisa buscou analisar a atuação da Estratégia Saúde da Família no apoio à mulher para o aleitamento exclusivo nos seis primeiros meses de vida da criança. Trata-se de um estudo de caráter exploratório-descritivo, abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde e Agentes Comunitários de Saúde, da Estratégia Saúde da Família do município de Alagoa Grande – PB. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas pela técnica da análise temática, à luz do referencial teórico interpretativista. Ainda são muitos os desafios a serem enfrentados para se obter um apoio efetivo às mulheres que amamentam no âmbito da Estratégia Saúde da Família, e é necessário que haja mudanças no processo de trabalho, buscando contornar as limitações e fragilidades evidenciados. Os profissionais da ESF constituem atores centrais no apoio à mulher para o AME nos primeiros seis meses de vida da criança, contribuindo para a manutenção no período adequado, além de reafirmar a necessidade de atuação da equipe mediante o trabalho interprofissional. Urge ampliar a compreensão dos profissionais sobre o seu papel na Rede de Apoio, além da reorientação das abordagens utilizadas, para que haja avanços nesse cenário.
  • GECILDA REGIA RAMALHO VALE CAVALCANTE
  • RESIDÊNCIAS DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE DE PALMAS - TOCANTINS: UMA ANÁLISE DO PERFIL E FORMAÇÃO DOS SEUS EGRESSOS
  • Data: 23/10/2019
  • Hora: 10:00
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  • A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é a especialidade médica reconhecida por oferecer uma formação que garante os melhores padrões assistências à saúde da população baseados nos princípios da Atenção Primaria à Saúde (APS). Nesta perspectiva, Palmas - TO criou seus programas de MFC a partir do ano de 2012. Esta pesquisa objetivou caracterizar o perfil e a percepção sobre a formação em MFC dos egressos das Residências de Medicina de Família e Comunidade (RMFC) da Fundação Escola Saúde Pública de Palmas (FESP) e Universidade Federal do Tocantins (UFT) em Palmas -TO. Tratou-se de estudo exploratório, descritivo e transversal com abordagem mista. Para a condução deste, foi utilizado questionário com perguntas fechadas e abertas aplicado aos 31 egressos que concluíram a RMFC até o ano de 2018. Os resultados são apresentados em dois artigos. No primeiro, com abordagem quantitativa, realizou-se análise descritiva e inferencial dos dados utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. Cerca de 77, 4% (n=24) dos entrevistados eram do sexo feminino e 51, 6% (n=16) tinham menos de 30 anos. A maioria (51, 8%, n=18) desenvolvia seu trabalho em Palmas - TO. As principais contribuições da formação na RMFC foram a melhoria na organização e na segurança do processo de trabalho do egresso (32, 5%, n=10) a partir do conhecimento dos atributos da APS, assim como a humanização e o desenvolvimento pessoal (32, 5%, n=10). Todos os participantes declararam ser essencial cursar a RMFC para atuação médica na APS, assim como sinalizaram que a formação contribuiu para torná-los profissionais diferenciados, independente do campo de atuação atual em que estejam inseridos. As principais motivações para a especialidade foram a melhoria de seus conhecimentos na clínica ampliada (33, 3%, n=4), bem como a aquisição de bônus de 10% em outro concurso de residência. As insatisfações relacionaram-se à desvalorização do profissional e baixa remuneração (75%, n=12). O exercício da preceptoria foi significativamente relacionado (p=0, 001) aos egressos que permaneceram na área de MFC. A avaliação do programa manteve-se entre boa e excelente (93, 6%, n=29). Para o segundo artigo, com abordagem qualitativa, as respostas foram analisadas e interpretadas com base na técnica de Análise de Conteúdo com abordagem temática de Bardin e os resultados constituíram quatro categorias empíricas: A formação em MFC no Processo de Trabalho do Egresso, Reconhecimento e Aplicação dos atributos da APS, Potências da Formação em MFC e Desafios da MFC. Os dados qualitativos apontaram que os Programas de Residência de MFC de Palmas - TO contribuíram com a prática profissional e com o perfil dos seus egressos por meio do fortalecimento e efetivação dos atributos da APS, estendendo-se para além da atuação na especialidade. A RMFC de Palmas - TO contribui não só para o aumento no provimento de profissionais qualificados para a MFC no estado, como também para a melhoria da qualidade técnica e desenvolvimento pessoal de seus egressos, o que se edifica por meio do fortalecimento da aplicação dos princípios da APS em suas práticas profissionais cotidianas.
  • LIGIA ARAUJO SA
  • ESTRATÉGIA DE FORTIFICAÇÃO ALIMENTAR (NUTRISUS): PERCEPÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS DE UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 27/09/2019
  • Hora: 09:00
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  • A Organização Mundial da Saúde aponta a deficiência de ferro como um dos fatores que contribuem para a diminuição da qualidade de vida no mundo. No Brasil, a anemia é considerada a deficiência de maior magnitude. Em 2014 foi lançada a Estratégia de Fortificação da Alimentação Infantil com Micronutrientes em Pó - NutriSUS, visando potencializar a prevenção e o controle das deficiências de vitaminas e minerais em crianças, sendo desenvolvido através do trabalho conjunto entre os serviços públicos da saúde e educação. Com isso, a pesquisa torna – se relevante devido ausência de estudos desta natureza em João Pessoa - Paraíba, vindo assim, a orientar o planejamento das ações locais no tocante a execução da Estratégia NutriSUS. Objetivou - se compreender a percepção dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e dos gestores sobre o desenvolvimento da Estratégia NutriSUS. Tratou-se de pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, realizada no período de dezembro de 2018 a janeiro de 2019, a partir de entrevista semiestruturada com 12 profissionais, selecionadas de maneira intencional. As entrevistas foram gravadas e transcritas, sendo analisadas pela análise temática de conteúdo, das quais emergiram as seguintes categorias: Compreensão das gestoras e profissionais da saúde sobre a importância da Estratégia NutriSUS; Integração e articulação das Redes Públicas de Saúde e Educação na Estratégia NutriSUS; Operacionalização das ações na execução da Estratégia NutriSUS. Foi constatado que as gestoras e profissionais da saúde detinham conhecimento sobre a Estratégia, este representando o desejo dos governos Federal e Municipal. O planejamento das ações da Estratégia NutriSUS, seguiu o preconizado pelo Ministério da Saúde, porém, o acompanhamento revelou fragilidades em sua execução, com cada profissional realizando seu acompanhamento de acordo com a disponibilidade local, resultando em processo comunicativo fragilizado entre os profissionais. Observou - se, em alguns territórios, limitações no processo da Intersetorialidade na execução das ações da Estratégia NutriSUS entre os setores públicos da saúde e educação. Torna - se necessário pactos e ações mais intensos voltados para articulação intersetorial e buscar aprimorar ações que fortaleçam o elo de comunicação envolvendo todos os atores ligados a execução da Estratégia NutriSUS.
  • SARA VIRNA ALVES BARROS
  • O EXAME DE PAPANICOLAU NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 26/09/2019
  • Hora: 14:00
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  • Objetivo: Discutir, a partir das percepções de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) de uma capital do nordeste do Brasil, a realização do Exame de Papanicolau. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso descritivo e com o método qualitativo, realizada com enfermeiros atuantes na Estratégia de Saúde da Família do município de Recife- PE. A coleta de dados ocorreu no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2019, por meio do envio por endereço eletrônico de um questionário online. A análise dos dados foi realizada utilizando-se o software ALCESTE, após esta análise, as Unidades de Contexto Elementar (UCEs) de cada uma das classes identificadas foram submetidas à criteriosa análise de conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo número 2.924.765. Resultados: Evidenciou-se a partir do relato dos enfermeiros potencialidades frente à realização da coleta do Exame de Papanicolau como atividades de educação em saúde, o acompanhamento longitudinal e integral das mulheres, bem como a facilidade da proximidade geográfica das usuárias à Unidade Básica de Saúde. Ademais, a oferta da coleta do exame é organizada pelas Equipes de Saúde da família em dia previamente definidos com o agendamento por demanda espontânea, com ampliação desta assistência também em turnos noturnos em datas comemorativas e em campanhas, favorecendo a captação das mulheres. Algumas fragilidades foram apontadas pelos enfermeiros acerca do exame como o desconhecimento da finalidade do procedimento, assim como o medo, interferência do parceiro e a vergonha, além de discursos associados à gestão do processo de trabalho. Conclusão: Conclui-se que a eficaz educação em saúde, organização da oferta, e o acompanhamento longitudinal e integral das usuárias são fatores facilitadores para a realização do exame. Entretanto, a escassez de materiais e insumos, o longo intervalo para a entrega do resultado do exame, além dos estigmas e experiências negativas resulta na negação das mulheres em realizar o exame. Portanto, torna-se necessária a sensibilização das usuárias não apenas para a realização do exame, mas também para desenvolver práticas educativas de acordo com a realidade deste público. Além disso, a gestão deve organizar o fluxo de material e insumos e proporcionar às usuárias uma rede de apoio ao diagnóstico de lesões precursoras do câncer do colo do útero estruturada e resolutiva.
  • ANDREIA MARINHO BARBOSA
  • A SAÚDE DO TRABALHADOR NO DISCURSO DOS PROFISSIONAIS DO NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA
  • Data: 26/09/2019
  • Hora: 09:00
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  • O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) foi instituído com proposta de ampliar a capacidade resolutiva da Atenção Primária à Saúde (APS) por meio do Apoio Matricial. Apesar de seu escopo de ações incluir o olhar para a Saúde do Trabalhador (ST), na prática o desenvolvimento de ações voltadas para esse campo tem sido insipiente, carecendo de investigações que tragam as concepções conferidas a ST pelo Nasf-AB e seus desdobramentos com vista à produção de cuidados na APS. Assim, esse estudo objetivou compreender o(s) discurso(s) e os significados atribuídos à ST pelos profissionais do Nasf-AB através de uma pesquisa qualitativa, com perspectiva teórico-metodológica da Análise de Discurso de origem francesa, realizada na 9ª Região de Saúde do estado da Paraíba com 13 profissionais de saúde do Nasf-AB. O material empírico obtido mediante técnica de entrevista semiestruturada, foi gravado, transcrito e submetido a análise fazendo emergir para a exploração conceitos-análise. No primeiro artigo intitulado “Do „como é‟ ao „como deveria ser‟: discursos sobre o trabalho no Nasf-AB” insurgiu o conceito-análise “trabalho no Nasf-AB” construído por meio dos discursos sobre o trabalho em equipe, fluxo de acesso e processo de trabalho no Nasf-AB. No segundo artigo “Concepções e práticas sobre a Saúde do Trabalhador no discurso dos profissionais do Nasf-AB”, o conceito-análise averiguado foi “saúde do trabalhador” por meio dos discursos a respeito da relação trabalho-saúde-doença e do trabalhador. Conclui-se que o discurso do Nasf-AB ainda é hegemonicamente voltado ao modelo biomédico na atenção e no cuidado em saúde e, consequentemente, em ST, mas que esses profissionais se reconheceram enquanto trabalhadores que tecem uma identidade mediada por noções herdadas de trajetórias acadêmicas e profissionais e relações de força que incidem sobre a sua prática e conforma essa atuação predominantemente especialista e assistencial, gerando também sentimentos de insatisfação e desejo por transformação do seu cotidiano de trabalho. É preciso fornecer ao Nasf-AB ferramentas para agir em ST enquanto apoiador matricial, de modo a avançar na visibilidade e no cuidado integral aos trabalhadores no âmbito da APS.
  • CORA CORALINA DOS SANTOS JUNQUEIRA
  • ESTIMULAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 09:00
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  • Introducao: Uma crianca com a Sindrome Congenita do Zika virus possui comprometimento neuropsicomotor severo, necessitando do acompanhamento continuo dos profissionais para que ocorra uma neuroestimulacao eficaz, em busca de melhor qualidade de vida. Assim, a familia tem papel fundamental nesse processo, utilizando-se do ambiente domiciliar para oferecer estimulos a essas criancas. Objetivo: Analisar a estimulacao neuropsicomotora de criancas com a Sindrome Congenita do Zika virus, segundo cuidadores e profissionais de saude. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva-exploratoria, realizada com dez cuidadoras de criancas com a Sindrome Congenita do Zika virus e cinco profissionais que atuam em um servico de referencia de um municipio de Pernambuco, Brasil. A coleta de dados ocorreu entre novembro/2018 e marco/2019, utilizando-se entrevista semiestruturada. O material empirico foi submetido a analise tematica. O projeto foi aprovado pelo Comite de Etica em Pesquisa, protocolo numero 3.426.153 e CAAE: 00452618.8.0000.5188. Resultados: As cuidadoras protagonizam uma luta diaria em busca de respostas e melhores condicoes de vida para o futuro incerto dessas criancas, com vivencia permeada pelo medo, inseguranca e a falta de apoio, que compromete a realizacao do estimulo da crianca no domicilio. Os profissionais reconhecem a situacao, contudo, enfatizam a importancia da continuidade do estimulo para preservar as capacidades neuropsicomotoras destas criancas. Conclusao: Torna-se imprescindivel o apoio dos profissionais de saude a essas mulheres, buscando ressignificar suas vidas, acolhendo-as e conhecendo a singularidade de cada familia, para, assim, poderem ter condicoes de estimular as criancas. Tambem sao necessarias politicas publicas mais efetivas para atenderem as reais necessidades das criancas com a Sindrome Congenita do Zika virus e sua familia.
2016
Descrição
  • MARÍLIA MOURA DE CASTRO
  • SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: LIMITES E POSSIBILIDADES DE UMA PRÁTICA EM COMUM
  • Data: 31/10/2016
  • Hora: 10:00
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  • de 90 dando início ao que se chamou de movimento pela Reforma Psiquiátrica Brasileira, tendo como principal foco a reorientação de um novo modelo de cuidado em saúde mental e um novo lugar social para a loucura. Esta nova lógica operante na saúde mental possibilitou a alteração do paradigma psiquiátrico para o paradigma Psicossocial, representando um avanço político, técnico e ideológico. Partindo dessa mudança de paradigmas e da reorientação das práticas, os investimentos em práticas comunitárias têm sido considerados prioridade para as políticas públicas de saúde que estabelecem o âmbito da atenção básica como cenário para a implementação dos princípios do SUS e da RPB. Dentro desta perspectiva operam os serviços de atenção básica do SUS, representados pela Estratégia Saúde da Família (ESF). O fato de as equipes da ESF estarem inseridas nos territórios potencializa a atuação terapêutica dos profissionais no que diz respeito ao cuidado dos usuários, por sua proximidade com as famílias. O presente estudo teve como objetivo analisar as estratégias de cuidado em saúde mental realizadas pelos profissionais da Estratégia Saúde da Família do município de João Pessoa/PB. Caracteriza-se como do tipo pesquisa-ação objetivando a prática e o conhecimento para a resolução de problemas e de propostas de ações que auxiliem os atores na sua atividade transformadora. Teve como cenário uma equipe de saúde da família do município de João Pessoa/PB, na qual foram realizados com os profissionais dessa equipe os seguintes procedimentos para coleta de dados: grupo focal, visitas, oficina de trabalho, variando o número de participantes para cada atividade. Para o tratamento dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo. Foi percebido que os profissionais se utilizam de várias estratégias para lidar com as demandas de saúde mental do território, são elas: PTS, Genograma, escuta, vínculo, acolhimento, visita domiciliar, desmedicalização, etc. Entre as estratégias de maior potencial da equipe estão: a escuta, o PTS, o apoio do NASF. Também foram identificadas dificuldades na realização do cuidado em saúde mental como falta de capacitação, excesso de demanda e fragilidade na rede de atenção à saúde. Assim, podemos dizer que a ESF possui grande potencial para lidar com as demandas de saúde mental do território, no entanto, ainda persistem diversos limites nessa prática, sendo necessário não só a oferta de cursos e qualificações pontuais, mas a realização de um processo permanente de construção de um cuidado pautado na lógica da desinstitucionalização, na autonomia dos sujeitos e na produção de vida das pessoas.
  • MARÍLIA MOURA DE CASTRO
  • SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: LIMITES E POSSIBILIDADES DE UMA PRÁTICA EM COMUM
  • Data: 31/10/2016
  • Hora: 09:00
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  • O processo de mudanca na atencao a saude mental no Brasil foi intensificado na decada de 90 dando inicio ao que se chamou de movimento pela Reforma Psiquiatrica Brasileira, tendo como principal foco a reorientacao de um novo modelo de cuidado em saude mental e um novo lugar social para a loucura. Esta nova logica operante na saude mental possibilitou a alteracao do paradigma psiquiatrico para o paradigma Psicossocial, representando um avanco politico, tecnico e ideologico. Partindo dessa mudanca de paradigmas e da reorientacao das praticas, os investimentos em praticas comunitarias tem sido considerados prioridade para as politicas publicas de saude que estabelecem o ambito da atencao basica como cenario para a implementacao dos principios do SUS e da RPB. Dentro desta perspectiva operam os servicos de atencao basica do SUS, representados pela Estrategia Saude da Familia (ESF). O fato de as equipes da ESF estarem inseridas nos territorios potencializa a atuacao terapeutica dos profissionais no que diz respeito ao cuidado dos usuarios, por sua proximidade com as familias. O presente estudo teve como objetivo analisar as estrategias de cuidado em saude mental realizadas pelos profissionais da Estrategia Saude da Familia do municipio de Joao Pessoa/PB. Caracteriza-se como do tipo pesquisa-acao objetivando a pratica e o conhecimento para a resolucao de problemas e de propostas de acoes que auxiliem os atores na sua atividade transformadora. Teve como cenario uma equipe de saude da familia do municipio de Joao Pessoa/PB, na qual foram realizados com os profissionais dessa equipe os seguintes procedimentos para coleta de dados: grupo focal, visitas, oficina de trabalho, variando o numero de participantes para cada atividade. Para o tratamento dos dados utilizou-se a Analise de Conteudo. Foi percebido que os profissionais se utilizam de varias estrategias para lidar com as demandas de saude mental do territorio, sao elas: PTS, Genograma, escuta, vinculo, acolhimento, visita domiciliar, desmedicalizacao, etc. Entre as estrategias de maior potencial da equipe estao: a escuta, o PTS, o apoio do NASF. Tambem foram identificadas dificuldades na realizacao do cuidado em saude mental como falta de capacitacao, excesso de demanda e fragilidade na rede de atencao a saude. Assim, podemos dizer que a ESF possui grande potencial para lidar com as demandas de saude mental do territorio, no entanto, ainda persistem diversos limites nessa pratica, sendo necessario nao so a oferta de cursos e qualificacoes pontuais, mas a realizacao de um processo permanente de construcao de um cuidado pautado na logica da desinstitucionalizacao, na autonomia dos sujeitos e na producao de vida das pessoas.
  • ANNA KARINA BARROS DE MORAES RAMALHO
  • DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO DE RASTREIO E DE CARTILHA ELETRÔNICA DE SAÚDE BUCAL PARA GESTANTES ATENDIDAS POR EQUIPES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM JOÃO PESSOA-PB.
  • Data: 21/10/2016
  • Hora: 14:30
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  • Há uma resistência ao tratamento odontológico durante a gestação, subsidiada por receios e falta de informação por gestantes e profissionais da saúde. Importante então, ofertar no prénatal, estratégias para a educação em saúde bucal e detecção de agravos, a fim de impactar na atenção e na gestão do cuidado em saúde. Objetivou-se desenvolver um aplicativo de rastreio de saúde bucal para gestantes, para ser empregado por Cirurgiões Dentistas da Estratégia de Saúde da Família e ainda elaborar e validar uma Cartilha Eletrônica Instrutiva de saúde bucal para as mesmas. Trata-se de um estudo metodológico quali-quantitativo, de desenvolvimento e aperfeiçoamento de instrumentos com investigação dos métodos de obtenção, aplicação em campo, organização e análise dos dados. Os dados de identificação e clínicos foram analisados no programa no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Para a obtenção de características normativas que poderiam se associar com os dados obtidos, foi realizado exame clínico odontológico. Testes de associação como o qui-quadrado foram utilizados para relação entre variáveis estudadas considerando p<0.05. Desenvolveu-se o “appgestantes” com sistema WEB, que foi testado e adequado em campo, sendo acessível em dispositivos móveis e fixos, permitindo o cadastro e envio de dados para o servidor, de forma rápida e segura. Dados apontaram a percepção e a condição de saúde bucal das mesmas, possíveis fatores de risco para os agravos, a não adesão ao tratamento odontológico e carência de informações. Paralelamente foi elaborada e validada a Cartilha Eletrônica Instrutiva “Saúde bucal da gestante e do bebê” mediada pela avaliação por concordância e relevância desse instrumento pelo o público-alvo e juízes-especialistas, em que se consideraram os saberes científicos e as necessidades reais das gestantes. O aplicativo apresentou-se como uma alternativa de rastreio prática, podendo se tornar um mecanismo potente, mediada pelo monitoramento de riscos, detecção precoce e de agravos já instalados. Houve relação entre o CPOD com risco de gravidez, local do pré-natal e escore de conhecimento (p<0.05). A validação da Cartilha proporcionou maior confiabilidade ao material e revelou índice de validade de conteúdo julgado entre 0,708 e 1. Estudos são necessários para avaliar a eficiência, funcionalidade e impacto produzido por esses produtos.
  • CRISTIANE COSTA BRAGA
  • PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: PERCEPÇÃO DOS ATORES ENVOLVIDOS EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 21/10/2016
  • Hora: 09:00
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  • No contexto da saude das criancas e adolescentes, surge o Programa Saude na Escola (PSE), contribuindo para a formacao integral dos estudantes da rede de educacao basica publica atraves de acoes de promocao, prevencao e atencao a saude. Este trabalho tem como objetivo compreender o PSE no Municipio de Joao Pessoa-PB. E um estudo exploratorio com uma abordagem qualitativa. A amostra foi do tipo intencional composta pelos profissionais das equipes da Estrategia Saude da Familia que foram classificadas, na avaliacao do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atencao Basica (PMAQ) 2º Ciclo, quanto ao seu nivel de qualidade em “muito acima da media” e pelos representantes do Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal (GTI-M), totalizando 12 participantes. A tecnica de coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada. A analise dos dados foi realizada por meio da tecnica de Analise de Conteudo de Bardin. Foram definidas as seguintes categorias de analise: compreensao do Programa Saude na Escola, percepcao da intersetorialidade e do trabalho em equipe, planejamento e execucao das acoes, fragilidades e potencialidades do programa. Os resultados identificaram que os profissionais da saude e gestores compreendem o PSE, entretanto, nao percebem a potencialidade da intersetorialidade e do trabalho em equipe. O planejamento esta sendo realizado por alguns setores de maneira desarticulada. Foram apontadas como fragilidades do programa, a participacao incipiente dos professores, dos profissionais da medicina e dos pais dos escolares, bem como, a falta de material educativo no cumprimento das acoes intersetoriais. Entretanto, tem como potencialidade a promocao do vinculo com os escolares, a realizacao de acoes de avaliacao e promocao da saude e o favorecimento da integracao ensino-servico, proporcionando uma atencao a saude de criancas e adolescentes do territorio adstrito. Conclui-se, portanto, que o PSE e importante na atencao a saude dos escolares e que a sua implementacao enfrenta desafios, necessitando do compromisso e co-responsabilizacao dos diversos atores envolvidos no processo, instigada pelos pressupostos da intersetorialidade e do trabalho em equipe, buscando a consolidacao das acoes do SUS as acoes das redes de educacao basica publica.
  • CRISTIANE COSTA BRAGA
  • PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: PERCEPÇÃO DOS ATORES ENVOLVIDOS EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 21/10/2016
  • Hora: 09:00
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  • No contexto da saúde das crianças e adolescentes, surge o Programa Saúde na Escola (PSE), contribuindo para a formação integral dos estudantes da rede de educação básica pública através de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde. Este trabalho tem como objetivo compreender o PSE no Município de João Pessoa-PB. É um estudo exploratório com uma abordagem qualitativa. A amostra foi do tipo intencional composta pelos profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família que foram classificadas, na avaliação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) 2º Ciclo, quanto ao seu nível de qualidade em “muito acima da média” e pelos representantes do Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal (GTI-M), totalizando 12 participantes. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada. A análise dos dados foi realizada por meio da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Foram definidas as seguintes categorias de análise: compreensão do Programa Saúde na Escola, percepção da intersetorialidade e do trabalho em equipe, planejamento e execução das ações, fragilidades e potencialidades do programa. Os resultados identificaram que os profissionais da saúde e gestores compreendem o PSE, entretanto, não percebem a potencialidade da intersetorialidade e do trabalho em equipe. O planejamento está sendo realizado por alguns setores de maneira desarticulada. Foram apontadas como fragilidades do programa, a participação incipiente dos professores, dos profissionais da medicina e dos pais dos escolares, bem como, a falta de material educativo no cumprimento das ações intersetoriais. Entretanto, tem como potencialidade a promoção do vínculo com os escolares, a realização de ações de avaliação e promoção da saúde e o favorecimento da integração ensino-serviço, proporcionando uma atenção à saúde de crianças e adolescentes do território adstrito. Conclui-se, portanto, que o PSE é importante na atenção à saúde dos escolares e que a sua implementação enfrenta desafios, necessitando do compromisso e co-responsabilização dos diversos atores envolvidos no processo, instigada pelos pressupostos da intersetorialidade e do trabalho em equipe, buscando a consolidação das ações do SUS às ações das redes de educação básica pública.
  • PEDRO JOAQUIM DE LIMA NETO
  • Preceptoria na Estratégia Saúde da Família: percepção, formação e vivência.
  • Data: 17/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • As propostas de Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de saude implicaram na necessidade de discutir em profundidade a preceptoria e a formacao do preceptor, profissional que transita entre o mundo do trabalho e o mundo do ensino, comprometido socialmente com ambos. O objetivo foi analisar o exercicio da preceptoria do estagio supervisionado do curso de graduacao de enfermagem. Trata-se de pesquisa descritiva exploratoria, de abordagem qualitativa, com realizacao de grupo focal para coleta de dados com enfermeiros preceptores. Para analise dos dados os discursos foram organizados a partir da tecnica da analise tematica de conteudo. Entre as percepcoes que envolvem a preceptoria estao o acompanhamento, supervisao, orientacao, alem da possibilidade de ser exemplo, trocar saberes e renovar-se profissionalmente. A formacao compreendeu debate central para qualificacao da preceptoria, sendo apontada como possibilidades de formacao o proprio espaco da graduacao, a extensao universitaria, oficinas de planejamento e avaliacoes de estagios das IES, cursos de pos-graduacao, o PET/saude e oficinas ligada a construcao do Sistema Saude Escola. Finalmente, tres elementos sao condicionantes para efetivacao da preceptoria com qualidade: superacao do paradigma biomedico; fortalecimento da integracao ensino-servico; e formacao pedagogica para o exercicio da preceptoria.
  • PEDRO JOAQUIM DE LIMA NETO
  • Preceptoria na Estratégia Saúde da Família: percepção, formação e vivência.
  • Data: 17/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • As reformulacoes das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de saude implicaram na necessidade de discutir em profundidade a preceptoria e a formacao do preceptor, profissional que transita entre o mundo do trabalho e o mundo do ensino, comprometido socialmente com ambos. O objetivo foi analisar o exercicio da preceptoria do estagio supervisionado do curso de graduacao de enfermagem. Trata-se de pesquisa descritiva exploratoria, de abordagem qualitativa, com aplicacao de grupo focal para coleta de dados com enfermeiros preceptores. Para analise dos dados os discursos foram organizados a partir da tecnica da analise tematica de conteudo. Entre as percepcoes que envolvem a preceptoria estao o acompanhamento, supervisao, orientacao, alem da possibilidade de ser exemplo, trocar saberes e renovar-se profissionalmente. A formacao compreendeu debate central para qualificacao da preceptoria, sendo apontada como possibilidades de formacao o proprio espaco da graduacao, a extensao universitaria, oficinas de planejamento e avaliacoes de estagios das IES, cursos de pos-graduacao, o PET/saude e oficinas ligada a construcao da Rede Escola. E tres elementos sao condicionantes para efetivacao da preceptoria com qualidade: superacao do paradigma biomedico; fortalecimento da integracao ensino-servico; e formacao pedagogica para o exercicio da preceptoria
  • JANINE AZEVEDO DO NASCIMENTO
  • A Equipe de Trabalho na Unidade de Saúde da Família Nova Conquista - uma abordagem socionômica.
  • Data: 14/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • O trabalho em equipe é um atributo fundamental da Estratégia Saúde da Família (ESF), uma vez que a complexidade dos problemas enfrentados neste âmbito exige uma multiplicidade de saberes e ações, sendo essencial a construção de uma prática pautada na interação de diferentes agentes e múltiplas intervenções técnicas. O presente trabalho buscou o olhar da Educação Popular, referenciado em Paulo Freire, no compromisso com o fortalecimento das pessoas como seres dotados de autonomia, e da socionomia, “a ciência das leis sociais”, sistema desenvolvido por J. L. Moreno, que aborda o contexto dos pequenos grupos sociais na perspectiva da realização do potencial criativo e espontâneo, individual e grupal, na construção do mundo. Optou-se por uma abordagem qualitativa, adotando a perspectiva de uma pesquisa-ação existencial, que se caracteriza por assumir a implicação do pesquisador com o contexto da pesquisa, associada a uma ação, visando provocar mudança, ao abordar um problema coletivo. Os atores envolvidos passam a constituir o “pesquisador coletivo” participando ativamente da pesquisa. Os instrumentos utilizados foram o sociodrama, as rodas de conversa, a Tenda do Conto, a terapia comunitária e a observação participante existencial, com registro em diário de campo. A intervenção no contexto grupal favoreceu a emergência de conteúdos subjetivos e aspectos da constituição desta equipe de trabalho, que, paulatinamente, foram-se revelando aos participantes e ao “pesquisador coletivo” através de um clima afetivo acolhedor e facilitador, propiciado pelos recursos metodológicos, onde sentimentos e ideias foram compartilhados. Considerou-se a evolução grupal da equipe de saúde como elemento fundamental na identificação e compreensão de seus desafios e possibilidades, bem como na construção de um enfrentamento efetivo, que permita não apenas o desempenho adequado do serviço, mas também o bem-estar de seus membros e a expressão de sua singularidade. Observou-se a necessidade de um espaço contínuo de compartilhamento e diálogo, onde o processo de mudança cultural favoreça a emergência de novos valores e atitudes individuais e coletivos, necessários à transformação das práticas e do contexto. Assim, é essencial ampliar a compreensão e a abordagem da equipe de trabalho, enquanto espaço de relação intersubjetiva, tendo a abordagem teórico-metodológica da pesquisa-ação, da socionomia e da educação popular se mostrado potente e adequada, sobretudo, por integrar teoria e prática com conceitos, métodos e ferramentas que favorecem esse espaço de encontro dialógico.
  • JANINE AZEVEDO DO NASCIMENTO
  • A Equipe de Trabalho na Unidade de Saúde da Família Nova Conquista - uma abordagem socionômica
  • Data: 14/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • O trabalho em equipe e um atributo fundamental da Estrategia Saude da Familia (ESF), uma vez que a complexidade dos problemas enfrentados neste ambito exige uma multiplicidade de saberes e acoes, sendo essencial a construcao de uma pratica pautada na interacao de diferentes agentes e multiplas intervencoes tecnicas. O presente trabalho buscou o olhar da Educacao Popular, referenciado em Paulo Freire, no compromisso com o fortalecimento das pessoas como seres dotados de autonomia, e da socionomia, “a ciencia das leis sociais”, sistema desenvolvido por J. L. Moreno, que aborda o contexto dos pequenos grupos sociais na perspectiva da realizacao do potencial criativo e espontaneo, individual e grupal, na construcao do mundo. Optou-se por uma abordagem qualitativa, adotando a perspectiva de uma pesquisa-acao existencial, que se caracteriza por assumir a implicacao do pesquisador com o contexto da pesquisa, associada a uma acao, visando provocar mudanca, ao abordar um problema coletivo. Os atores envolvidos passam a constituir o “pesquisador coletivo” participando ativamente da pesquisa. Os instrumentos utilizados foram o sociodrama, as rodas de conversa, a Tenda do Conto, a terapia comunitaria e a observacao participante existencial, com registro em diario de campo. A intervencao no contexto grupal favoreceu a emergencia de conteudos subjetivos e aspectos da constituicao desta equipe de trabalho, que, paulatinamente, foram-se revelando aos participantes e ao “pesquisador coletivo” atraves de um clima afetivo acolhedor e facilitador, propiciado pelos recursos metodologicos, onde sentimentos e ideias foram compartilhados. Considerou-se a evolucao grupal da equipe de saude como elemento fundamental na identificacao e compreensao de seus desafios e possibilidades, bem como na construcao de um enfrentamento efetivo, que permita nao apenas o desempenho adequado do servico, mas tambem o bem-estar de seus membros e a expressao de sua singularidade. Observou-se a necessidade de um espaco continuo de compartilhamento e dialogo, onde o processo de mudanca cultural favoreca a emergencia de novos valores e atitudes individuais e coletivos, necessarios a transformacao das praticas e do contexto. Assim, e essencial ampliar a compreensao e a abordagem da equipe de trabalho, enquanto espaco de relacao intersubjetiva, tendo a abordagem teorico-metodologica da pesquisa-acao, da socionomia e da educacao popular se mostrado potente e adequada, sobretudo, por integrar teoria e pratica com conceitos, metodos e ferramentas
  • RENATA MARIA MOURA NASCIMENTO
  • EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E PRECEPTORIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 30/09/2016
  • Hora: 14:00
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  • Resumo: A educacao Inter profissional (EIP) e a preceptoria sao propostas de mudanca no processo de trabalho em saude na Residencia Multiprofissional em Saude da Familia e Comunidade (RMSF). O objetivo do estudo foi. Trata-se de pesquisa qualitativa com a realizacao de dois grupos focais para coleta de dados, sendo um grupo com residentes e outro com preceptores da RMSF. Procedeu-se a analise de conteudo com base em Bardin (2009). Os grupos focais foram orientados por um roteiro previamente estabelecido, a partir de uma questao disparadora sobre a EIP e a preceptoria. Preceptores e residentes reconhecem a EIP como estrategia importante para o trabalho em saude visando a integralidade do cuidado. Apontaram algumas estrategias de praticas colaborativas baseada no encontro dos atores envolvidos de maneira participativa e dialogica, como: reunioes para planejamento, execucao e avaliacao de acoes de promocao e educacao em saude; matriciamento, projeto terapeutico singular, consultas compartilhadas. A EIP apresentou-se como estrategia para a reorientacao dessa formacao e fortalecimento das relacoes interpessoais na atencao basica, tanto na equipe minima quanto no NASF. Percebeu-se a sensibilizacao e o reconhecimento do protagonismo de preceptores e residentes para o desenvolvimento de praticas interprofissionais colaborativas em saude, compreendendo inclusive a necessidade de adocao dessas praticas no cotidiano dos servicos de saude. Sugere-se que a interprofissionalidade seja tema a ser discutido na RMSF, oportunizando aprofundamento teorico vislumbrando dialogo participativo com o objetivo de propor uma agenda para a pratica, ou seja, para cotidiano dos servicos onde estao residentes, estudantes de graduacao, preceptores, outros trabalhadores do SUS, lideres comunitarios, comunidade, gestores de saude e de ensino.
  • RENATA MARIA MOURA NASCIMENTO
  • EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E PRECEPTORIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 30/09/2016
  • Hora: 14:00
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  • A educação interprofissional (EIP) e a preceptoria são propostas de mudança no processo de trabalho em saúde na Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF). O objetivo do estudo foi compreender a percepção de preceptores e residentes sobre multiprofissionalidade, interprofissionalidade e preceptoria na RMSF.Trata-se de pesquisa qualitativa com a realização de dois grupos focais para coleta de dados, sendo um grupo com residentes e outro com preceptores da RMSF. Procedeu-se a análise de conteúdo com base em Bardin (2011). Os grupos focais foram orientados por um roteiro previamente estabelecido. Preceptores e residentes reconhecem a EIP como estratégia importante para o trabalho em saúde visando à integralidade do cuidado. Apontaram algumas estratégias de práticas colaborativas baseada no encontro dos atores envolvidos de maneira participativa e dialógica, como: reuniões para planejamento, execução e avaliação de ações de promoção e educação em saúde; matriciamento, Projeto Terapêutico Singular, consultas compartilhadas. A EIP apresentou-se como estratégia para a reorientação dessa formação e fortalecimento das relações interpessoais na Atenção Básica, tanto na equipe mínima quanto no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Percebeu-se a sensibilização e o reconhecimento do protagonismo de preceptores e residentes para o desenvolvimento de práticas interprofissionais colaborativas em saúde, compreendendo inclusive a necessidade de adoção dessas práticas no cotidiano dos serviços de saúde. Sugere-se que a interprofissionalidade seja tema a ser discutido na RMSF, oportunizando aprofundamento teórico vislumbrando diálogo participativo com o objetivo de propor uma agenda para a prática, ou seja, para cotidiano dos serviços onde estão residentes, estudantes de graduação, preceptores, outros trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), líderes comunitários, comunidade, gestores de saúde e de ensino.
  • JOSIVÂNIA SANTOS TAVARES
  • Análise da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil em uma Capital do Nordeste
  • Data: 30/09/2016
  • Hora: 09:00
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  • INTRODUÇÃO – Os benefícios de uma alimentação saudável na infância refletem no desenvolvimento intelectual, no crescimento adequado e na prevenção de doenças. A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo, até o sexto mês de vida, e complementado, até dois anos. Contudo, ainda persistem o desmame precoce e a introdução inadequada da alimentação complementar. Para incentivar e apoiar as práticas alimentares saudáveis em crianças com menos de dois anos, na Atenção Básica, o Ministério da Saúde criou a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB). OBJETIVO – Analisar a implementação da EAAB em uma capital do Nordeste brasileiro, visando identificar fatores que favoreçam ou dificultem esse processo, suas fragilidades e potencialidades. MÉTODO – Pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, por meio da construção e validação de um Modelo Lógico, realizada em Recife/PE, no período de abril a julho de 2016. Os participantes da pesquisa foram tutores e gestores envolvidos com a estratégia. A elaboração do Modelo Lógico seguiu três fases: análise documental; entrevistas com gestores e tutores; e construção do Modelo Lógico. RESULTADOS – O ML elaborado possibilitou a visualização da estrutura da EAAB no município, facilitou sua compreensão e funcionamento e esclareceu a inter-relação dos seus componentes. Dentre as fragilidades elencadas, destacaram-se: a falta de apoio da gestão e a estrutura física precária, que interferem diretamente na execução da estratégia. Em relação às potencialidades, destacou-se: transformação do processo de trabalho nas unidades básicas de saúde, pois, ao reformular ações de incentivo e de apoio às práticas alimentares saudáveis na infância, desenvolvidas nesses locais, haverá mais possibilidades de se alcançar os objetivos da EAAB. CONCLUSÃO – O Modelo Lógico construído tem potencial para facilitar a compreensão da EAAB, pelos gestores que têm poder de decisão sobre questões imprescindíveis para sua execução. O apoio da gestão, seja nas articulações das equipes, seja na participação nas oficinas de trabalho, pode motivar seu interesse com a EAAB, incentivar uma decisão política mais efetiva e dar suporte às unidades de saúde que se propõem a implantar a estratégia. Espera-se melhorar o desempenho dessa estratégia no município e, consequentemente, aumentar os índices de Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável entre as crianças menores de 2 anos, na perspectiva de melhorar sua vida e sua saúde.
  • JOSIVÂNIA SANTOS TAVARES
  • Análise da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil em uma Capital do Nordeste
  • Data: 30/09/2016
  • Hora: 09:00
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  • INTRODUCAO – Os beneficios de uma alimentacao saudavel na infancia refletem no desenvolvimento intelectual, crescimento adequado e prevencao de doencas. Assim, o aleitamento materno exclusivo ate o sexto mes de vida e complementado ate dois anos, devem ser mantidos, contudo ainda persiste o desmame precoce e a introducao erronea da alimentacao complementar. Para incentivar e apoiar estas praticas Ministerio da Saude criou a Estrategia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB). OBJETIVO – analisar a implantacao da EAAB em uma capital do Nordeste brasileiro, visando identificar fatores que favorecam ou dificultem o processo de implantacao, atraves de um Modelo Logico (ML), e identificar fragilidades e potencialidades da EAAB conforme percepcao de tutores da Estrategia. METODO – Realizou-se uma pesquisa exploratoria com abordagem qualitativa e documental, visando compreender a estrutura da EAAB, fragilidades e potencialidades, atraves da construcao e validacao de um ML. O estudo foi realizado em Recife/PE, e os participantes foram tutores e gestores envolvidos com a estrategia. A elaboracao do ML seguiu 3 fases: analise documental; entrevistas com gestores e tutores; construcao do Modelo Logico, descrevendo: 1. Explicacao do problema e referencias basicas; 2. Estruturacao do programa para alcance de resultados, 3. Definicao dos fatores de contexto. RESULTADOS – O Modelo Logico evidenciou a estrutura da EAAB no municipio, facilitando sua compreensao e funcionamento. Fragilidades identificadas: falta de apoio da gestao e estrutura fisica precaria, que interferem na execucao da estrategia. Potencialidades: transformacao do processo de trabalho nas unidades basicas de saude(UBS), pois ao reformular acoes de incentivo e apoio as praticas alimentares saudaveis na infancia, desenvolvidas nas UBS, havera maior possibilidade de alcancar o objetivo da EAAB . CONCLUSAO – O Modelo Logico tem potencial para facilitar a compreensao da EAAB, inclusive por gestores nao envolvidos com esta estrategia, mas tem poder de decisao sobre questoes imprescindiveis para sua execucao, como estruturacao das unidades de saude. O apoio da gestao, seja nas articulacoes das equipes, sensibilizando-as sobre a importancia desta na melhoria dos indicadores de alimentacao saudavel na infancia, seja na participacao nas oficinas de trabalho, podem motivar o interesse da gestao com a EAAB, incentivando uma decisao politica mais efetiva, dando suporte as unidades de saude que se propoem a implantar a estrategia. Desta maneira, espera-se melhorar o desempenho desta estrategia no municipio, e consequentemente o aumento nos indices de criancas amamentadas exclusivamente com leite materno ate os seis meses de vida, bem como a permanencia do aleitamento materno ate os dois anos, complementado com uma alimentacao saudavel, oportunizando qualidade de vida e saude para as criancas.
  • KICYANNA SILVA LACERDA
  • ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA COM DOENÇA CRÔNICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA
  • Data: 29/09/2016
  • Hora: 09:00
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  • A doença crônica traz muitas implicações para a vida da criança e sua família, por isso é um desafio para a Estratégia Saúde da Famíliacoordenar o cuidado aessas crianças, na perspectiva da integralidade e da longitudinalidade. Objetivou-se conhecer a percepção da família acerca do cuidado e do acompanhamento da ESF à criança com doença crônica no território. Pesquisa qualitativa,exploratório-descritiva, realizada entre setembro e novembro de 2015, por meio de entrevista semiestruturada com o cuidador principal de crianças com doença crônica cadastradas nas Unidades de Saúde da Família de um município do agreste pernambucano. A interpretação dos dados seguiu os princípios da análise temática e resultou na construção das seguintes categorias: fragilidades da ESF na construção do cuidado integral à criança com doença crônica; e potencialidades na produção do cuidado à criança com doença crônica na ESF. As barreiras organizacionais ao acesso, a falta de contrarreferência entre os níveis de atenção, a verticalização na organização das ações, a falta de comunicação adequada entre profissionais e com a família e a dificuldade de conciliar a demanda espontânea e programática contribuem para fragmentar a assistência à criança com doença crônica e sua família. As famílias de crianças com doenças crônicas buscam o atendimento em unidades de urgência e emergência como primeira escolha, devido à falta de acolhimento na atenção primária. Isso revela o descompasso entre os princípios do SUS e os atributos da Atenção Primária à Saúde. O cuidado e o acompanhamento se dão de forma satisfatória quando existe forte vínculo com, pelo menos, um dos profissionais da equipe. Para superar as contradições e os desafios na gestão do cuidado a crianças com doença crônica, é fundamental estabelecer parcerias entre a família, a equipe e a comunidade, pois suas demandas envolvem múltiplos aspectos e dimensões da gestão do cuidado.
  • KICYANNA SILVA LACERDA
  • ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA COM DOENÇA CRÔNICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA
  • Data: 29/09/2016
  • Hora: 09:00
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  • A doenca cronica traz muitas implicacoes para a vida da crianca e sua familia, por isso e um desafio para a Estrategia Saude da Familiacoordenar o cuidado aessas criancas, na perspectiva da integralidade e da longitudinalidade. Objetivou-se conhecer a percepcao da familia acerca do cuidado e do acompanhamento da ESF a crianca com doenca cronica no territorio. Pesquisa qualitativa,exploratorio-descritiva, realizada entre setembro e novembro de 2015, por meio de entrevista semiestruturada com o cuidador principal de criancas com doenca cronica cadastradas nas Unidades de Saude da Familia de um municipio do agreste pernambucano. A interpretacao dos dados seguiu os principios da analise tematica e resultou na construcao das seguintes categorias: fragilidades da ESF na construcao do cuidado integral a crianca com doenca cronica; e potencialidades na producao do cuidado a crianca com doenca cronica na ESF. As barreiras organizacionais ao acesso, a falta de contrarreferencia entre os niveis de atencao, a verticalizacao na organizacao das acoes, a falta de comunicacao adequada entre profissionais e com a familia e a dificuldade de conciliar a demanda espontanea e programatica contribuem para fragmentar a assistencia a crianca com doenca cronica e sua familia. As familias de criancas com doencas cronicas buscam o atendimento em unidades de urgencia e emergencia como primeira escolha, devido a falta de acolhimento na atencao primaria. Isso revelao descompasso entre os principios do SUS e os atributos da Atencao Primaria a Saude. O cuidado e o acompanhamento se dao de forma satisfatoria quando existe forte vinculo com, pelo menos, um dos profissionais da equipe. Para superar as contradicoes e os desafios na gestao do cuidado a criancas comdoenca cronica, e fundamental estabelecer parcerias entre a familia, a equipe e a comunidade, pois suas demandas envolvem multiplos aspectos e dimensoes da gestao do cuidado.
  • ELMA GALDINO BRANDÃO
  • GUIDELINE PARA DETECÇÃO DE TUBERCULOSE NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA
  • Data: 27/09/2016
  • Hora: 09:00
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  • A Tuberculose (TB) continua sendo um importante problema de saúde em todo o mundo, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. O Brasil é o único país da América Latina incluído entre as vinte e duas nações responsáveis por 80% do total de casos de TB no mundo, ocupando a 16ª posição em relação ao número de casos novos e a 22ª posição em relação ao coeficiente de incidência (CI), prevalência e mortalidade Este estudo teve como objetivo a construção por profissionais da equipe de saúde da família de um guideline de cuidados voltado para identificação de sintomáticos respiratórios (SR), optando-se como referencial metodológico pela Pesquisa Convergente Assistencial. A pesquisa foi realizada com agentes comunitários de saúde e enfermeiros de uma Unidade de Saúde de Campina Grande do Distrito Sanitário VI. A coleta dos dados ocorreu em duas etapas: entrevista individual e oficina de trabalho em grupo, e para análise destes foram empregados os princípios da análise de conteúdo, modalidade temática. Emergiram das entrevistas semiestruturadas as categorias empíricas “Potencialidades” e “Fragilidades” da operacionalização da busca ativa de sintomáticos respiratórios segundo atributos da APS que alicerçadas pelas discussões na oficina de grupo originaram dois eixos de ações que sustentaram a elaboração do guideline: “Qualificação e expansão do acesso ao diagnóstico e à informação” e “Descentralização diagnóstica e organização de fluxos”. Como produto final todos os envolvidos construíram coletivamente um fluxograma de atendimento ao sintomático respiratório. Acredita-se que estes resultados, embora refletindo uma realidade local, possam conceber reflexões sobre o papel da equipe no controle da TB e produzir efeitos na melhoria das ações direcionadas à busca e identificação dos SR, contribuindo para a detecção precoce da doença e redução de complicações e óbitos associados à mesma, tendo em vista que apresenta uma tecnologia nova para o cuidado.
  • ELMA GALDINO BRANDÃO
  • GUIDELINE PARA DETECÇÃO DE TUBERCULOSE NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA
  • Data: 27/09/2016
  • Hora: 09:00
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  • A Tuberculose (TB) continua sendo um importante problema de saude em todo o mundo, exigindo o desenvolvimento de estrategias para o seu controle, considerando aspectos humanitarios, economicos e de saude publica. O Brasil e o unico pais da America Latina incluido entre as vinte e duas nacoes responsaveis por 80% do total de casos de TB no mundo, ocupando a 16ª posicao em relacao ao numero de casos novos e a 22ª posicao em relacao ao coeficiente de incidencia (CI), prevalencia e mortalidade Este estudo teve como objetivo a construcao por profissionais da equipe de saude da familia de um guideline de cuidados voltado para identificacao de sintomaticos respiratorios (SR), optando-se como referencial metodologico pela Pesquisa Convergente Assistencial. A pesquisa foi realizada com agentes comunitarios de saude e enfermeiros de uma Unidade de Saude de Campina Grande do Distrito Sanitario VI. A coleta dos dados ocorreu em duas etapas: entrevista individual e oficina de trabalho em grupo, e para analise destes foram empregados os principios da analise de conteudo, modalidade tematica. Emergiram das entrevistas semiestruturadas as categorias empiricas “Potencialidades” e “Fragilidades” da operacionalizacao da busca ativa de sintomaticos respiratorios segundo atributos da APS que alicercadas pelas discussoes na oficina de grupo originaram dois eixos de acoes que sustentaram a elaboracao do guideline: “Qualificacao e expansao do acesso ao diagnostico e a informacao” e “Descentralizacao diagnostica e organizacao de fluxos”. Como produto final todos os envolvidos construiram coletivamente um fluxograma de atendimento ao sintomatico respiratorio. Acredita-se que estes resultados, embora refletindo uma realidade local, possam conceber reflexoes sobre o papel da equipe no controle da TB e produzir efeitos na melhoria das acoes direcionadas a busca e identificacao dos SR, contribuindo para a deteccao precoce da doenca e reducao de complicacoes e obitos associados a mesma, tendo em vista que apresenta uma tecnologia nova para o cuidado.
  • FABIANA VELOSO LIMA
  • SAÚDE E DOENÇA DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA: UM ESTUDO À LUZ DA HISTÓRIA ORAL
  • Data: 26/09/2016
  • Hora: 14:30
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  • população em situação de rua é um grupo de pessoas heterogêneas e vulneráveis, que vivem ou moram na rua e estão expostas a extrema pobreza e iniquidade social. Nesse cenário, as mulheres apresentam-se em número menor, contudo as vulnerabilidades por elas vivenciadas são intensificadas pela relação do gênero feminino na sociedade. O presente estudo objetivou analisar experiências de vida relacionadas ao adoecimento e enfrentamento de vulnerabilidades de mulheres em situação de rua. Tratou-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, realizado segundo a técnica da História Oral Temática. A coleta dos dados foi desenvolvida no período de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 no município de João Pessoa - Paraíba. Colaboraram com o estudo seis mulheres em vivencia de rua, cadastradas e acompanhadas pelo Centro de Referência à População em Situação de Rua (Centro POP). Os procedimentos na produção do material empírico foram desenvolvidos segundo etapas da História Oral: entrevistas, transcrição do material gravado, textualização, transcriação e conferência do texto pelo colaborador. A técnica de análise de conteúdo temática foi empregada e resultou na construção de duas categorias temáticas: vulnerabilidades e adoecimentos de mulheres em situação de rua; e estratégias de enfrentamento de vulnerabilidades e adoecimento vivenciados pelas mulheres em situação de rua. Os principais pontos de convergência entre as histórias dessas mulheres foram ser negras, ter baixa escolaridade, ser vítimas de violência doméstica e fazer uso abusivo de álcool e/ou outras drogas. Entre os motivos que levaram a vivência nas ruas, foram citadas a desfiliação e a dependência química. Nas narrativas sobre o viver e adoecer nas ruas, foram identificadas vulnerabilidades individuais, sociais e pragmáticas. A partir dos relatos de adoecimentos, destacaramse o sofrimento psíquico e adoecimento mental, o uso abusivo de álcool e outras drogas, problemas odontológicos e doenças transmissíveis. Como estratégias de enfrentamento de vulnerabilidades e adoecimentos, as mulheres relataram: o apoio de familiares e amigos, a rede social comunitária, o vínculo com os profissionais do Centro POP e a busca de serviços de saúde. Concluiu-se que há particularidades no viver, adoecer e morrer nas ruas, porém todas as histórias expressam vivências de exclusão social e privação de direitos humanos. O enfrentamento efetivo dessa problemática deve partir da perspectiva interpretativa de quem vivencia a rua e ser garantido mediante políticas públicas contínuas e intersetoriais.
  • FABIANA VELOSO LIMA
  • SAÚDE E DOENÇA DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA: UM ESTUDO À LUZ DA HISTÓRIA ORAL
  • Data: 26/09/2016
  • Hora: 14:30
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  • Populacao em situacao de rua, grupo de pessoas heterogeneas e vulneraveis, que vivem ou moram na rua, e estao expostas a extrema pobreza e iniquidade social. As mulheres de rua, apesar de ser um numero menor, em comparacao aos homens, estao expostas a um maior risco de adoecimento e violencia, devido as questoes de genero. O presente estudo objetiva apreender informacoes sobre o adoecimento de mulheres em situacao de rua e o acesso aos servicos de saude. Trata-se de uma pesquisa exploratoria, descritiva, com abordagem qualitativa a ser realizado segundo a tecnica da Historia Oral Tematica. Os colaboradores envolvidos na pesquisa serao mulheres em vivencia de rua cadastradas e acompanhadas pelo Consultorio na rua no Municipio de Joao Pessoa, que aceitarem participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Sera realizada uma entrevistada e a observacao direta da vivencia dessas mulheres na rua, depois as falas serao transcritas, textualizadas e transcriadas, para entao realizar da analise, segundo os pontos fortes e frageis das narrativas.