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LUANNY BERNARDO DE MEDEIROS
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TERMOMONITORAMENTO DO TENDÃO DO CALCÂNEO DURANTE EXERCÍCIOS ISOMÉTRICO E ISOTÔNICO ASSOCIADO À FOTOBIOMODULAÇÃO
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Orientador : JOSE JAMACY DE ALMEIDA FERREIRA
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Data: 30/11/2022
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Hora: 14:30
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O conhecimento prévio das adaptações fisiológicas e térmicas do tendão aos diferentes tipos de exercício, bem como da sua associação com a fotobiomodulação (FBM) são essenciais para o
estabelecimento de protocolos eficazes na prevenção e no tratamento das tendinopatias do calcâneo. Objetivo: Analisar o padrão termal da pele sobre o TC de indivíduos saudáveis submetidos a FBM em associação aos exercícios isométrico e isotônico. Método: Trata-se de um estudo experimental, cross-over, aleatorizado e simples cego, que utilizou dois grupos independentes de exercício: 1. Isométrico e 2. Isotônico, associados a FBM real e simulada, com tempo de washout de uma semana. A amostra foi constituída por 32 voluntários saudáveis, de ambos os gêneros e fisicamente ativos, distribuídos igualmente entre os grupos (n= 16 sujeitos, sendo 8 do gênero masculino e 8 do gênero feminino). Que foram submetidos a avaliação por vídeo termográfico; avaliação da força muscular isométrica do tríceps sural; da percepção subjetiva de esforço e dor. Os dados foram processados por meio do SPSS versão 20.0 adotando um nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se Test t pareado para comparação das medidas de força pré e pós e aplicou-se uma Anova de medidas repetidas para comparação das médias das temperaturas nos 10 tempos. A dor e o esforço percebido foram comparados com o teste de Man Whitney e utilizou-se o êta parcial (η2) para interpretação do tamanho do efeito. Resultados:
Observou-se interações significativas entre tempo x membro (p= 0,01), na qual a temperatura do membro experimental foi maior que a do membro controle. E na análise tempo x exercício (p=0,001), com o grupo excêntrico apresentando temperaturas maiores do que o grupo isométrico nos tempos referentes a execução do protocolo de exercício. As medidas de força apresentaram uma boa reprodutibilidade (ICC=0,859; p=0,001) e não foram verificadas diferenças significativas com a aplicação prévia da FBM. O grupo excêntrico apresentou uma maior percepção de esforço (p=0,001) e dor (p=0,001) do que o grupo isométrico, verificou-se uma fraca correlação significativa (r=0,336; p=0,007) entre elas. Conclusões: O exercício isotônico apresenta maior amplitude térmica sobre o TC exercitado, podendo atuar de forma preventiva e na reabilitação das tendinopatias. Por outro lado, o exercício isométrico pode ser indicado nas fases precoces da reabilitação de rupturas tendinosas, pois pode ser melhor tolerado já que apresentaram uma menor esforço percebido e desconforto. A FBM na dose aplicada neste estudo não foi capaz de provocar alterações térmicas ou na força muscular nos sujeitos.
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LEÂNIA GERIZ PEREIRA DE OLIVEIRA
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A ATUAÇÃO DOS FISIOTERAPÊUTAS NOS CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE CUIDADO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
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Orientador : KATIA SUELY QUEIROZ SILVA RIBEIRO
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Data: 29/11/2022
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Hora: 14:00
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Esta pesquisa tem como tema a atuação fisioterapêutica nos Centros Especializados em Reabilitação, a partir das diretrizes que norteiam o cuidado integral à saúde dispostas na Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência. Para tanto, objetivou analisar comparativamente e caracterizar as ações realizadas pelos fisioterapeutas dos Centros Especializados em Reabilitação de oito estados do país na perspectiva do cuidado integral à saúde, tendo como referência a implementação da Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência no SUS. A partir disso, identificou-se o conhecimento dos fisioterapeutas dos CER´s sobre os dispositivos para gestão do cuidado, a saber: Apoio Matricial (AM) e Projeto Terapêutico Singular (PTS); elencou-se as ações de cuidado à saúde realizadas pelos fisioterapeutas dos CER, relacionando-as com os pressupostos para estruturação do cuidado previstos na Portaria de Consolidação nº 3/2017; criou-se um escore para classificar as ações realizadas, considerando sua abrangência intra-serviço, entre serviços e intersetorial; e, com base no escore, comparou-se as diferenças das ações realizadas pelos fisioterapeutas entre os estados participantes do estudo, na perspectiva do cuidado integral. A pesquisa caracterizou-se como um Estudo de Caso e contou com a participação de 387 (trezentos e oitenta e sete) fisioterapeutas
inseridos em CERs espalhados por 99 centros distribuídos por oito estados brasileiros. Pôde-se observar como a perspectiva de cuidado integral à saúde aparece na atuação fisioterapêutica nos CERs, se a conduta dos profissionais está alinhada ao que concerne à Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência, dispostas na legislação do SUS. Como resultado desta pesquisa, observou-se que, de modo geral, as ações desenvolvidas pelos fisioterapeutas entendem o cuidado como uma demanda no CER, e trabalham de maneira articulada dentro do centro. No entanto, quando a articulação é entre os demais serviços, externos ao CER, seja na RCPD, seja com outros setores, como a educação, apresenta fragilidade.
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RAFAEL MEDEIROS DA SILVA
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: O CUIDADO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NOS CENTROS
ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER) DA PARAÍBA NO CONTEXTO DA
PANDEMIA DE COVID-19
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Orientador : KATIA SUELY QUEIROZ SILVA RIBEIRO
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Data: 28/11/2022
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Hora: 11:00
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A pandemia de COVID-19 modificou, repentinamente, o cenário de vida das pessoas, em especial, da população de pessoas com deficiência (PCD), que tiveram alterações no seu processo de reabilitação, devido às medidas de isolamento social que ocasionaram a interrupção do atendimento dos Centros Especializados em Reabilitação (CER). Assim, para garantir a continuidade da assistência e cuidado aos usuários, esses serviços precisaram desenvolver estratégias e se adaptar à
utilização de atividades remotas, com ênfase nas modalidades de telerreabilitação. Nesse contexto, se faz necessário analisar como essas adaptações impactaram no processo de reabilitação das PCD. OBJETIVO: Compreender a repercussão das estratégias de gestão do cuidado utilizadas por CERS durante as diversas Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia/PPGPFis fases da pandemia de COVID-19, na perspectiva dos gestores, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde de nível superior das equipes multiprofissionais destes serviços. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva de métodos mistos, realizada nos CERs do tipo IV da Paraíba, estruturada em etapas, composta por: uma pesquisa documental, entrevistas em profundidade com gestores e fisioterapeutas, e aplicação de questionário online com a equipe multiprofissional destes serviços. Os dados foram analisados por meio de triangulação de métodos, mediante o cruzamento dos dados obtidos na análise documental, nas entrevistas e nos questionários aplicados aos profissionais da equipe multiprofissional. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 03 gestores e 175 profissionais de saúde de nível superior, dos quais, 08 fisioterapeutas participaram de entrevista semiestruturada em profundidade e 167 profissionais responderam ao questionário auto aplicado pela plataforma google forms. Os entrevistados e a maior parte dos profissionais (94%) informaram que os serviços interromperam o atendimento, interrompendo nas duas primeiras ondas pandêmicas (52,2%), e durante um intervalo 8 a 10 meses (41,4%). Os participantes se concentraram na realização do atendimento remoto (34,4%), com um predomínio no desenvolvimento de até duas modalidades remotas: Tele Atendimento e a Tele Consulta (45,9%). Todos os profissionais (100%) participantes afirmaram que os usuários apresentaram alguma dificuldade, sendo a mais frequente, a resistência na adesão às atividades propostas (44,9%). A maior parte (80,3%) afirmou que os usuários apresentaram evolução insatisfatória ou regressão do seu quadro clínico, sendo mais frequente, a redução das capacidades intelectuais (25,7%). A maioria dos participantes afirmou que a teleconsulta pode ser incorporada às atividades de rotina (48,5%) do CER. CONCLUSÃO: Ficou evidenciado que a interrupção no funcionamento dos CERs, e as adaptações às novas modalidades de atendimento de Telerreabilitação ocasionaram evoluções insatisfatórias nos usuários. O papel do cuidador/familiar ganhou ainda mais respaldo como elo fundamental no processo de adesão às terapias propostas, sendo fator condicionante para o êxito do tratamento. A telerreabilitação ganhou destaque como fator adjuvante ao tratamento convencional para manter os ganhos obtidos, melhorar a logística ou permitir a continuidade do atendimento, quando não for possível a realização do atendimento presencial ou de forma complementar a esta modalidade de atendimento. Salienta-se a necessidade de investimentos visando qualificar essa
modalidade assistencial
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ANA PATRICIA GOMES CLEMENTINO
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DOR E DESCONFORTO OSTEOMIOARTICULAR EM TRABALHADORES DO SETOR DE TRANSPORTE EM JOÃO PESSOA: UM ESTUDO DE PREVALÊNCIA
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Data: 09/11/2022
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Hora: 08:30
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Introdução: A dor, é um evento comum nos diversos cenários que envolvem a assistência à saúde, desde o nascimento até a morte, seja no âmbito hospitalar ou fora dele. No Brasil, as afecções
musculoesqueléticas relacionadas com o trabalho, conhecidas como Distúrbios Osteomioarticulares,
representam atualmente o principal grupo de agravos à saúde, entre as doenças ocupacionais no mundo moderno. Objetivo: Identificar a prevalência da dor e das afecções osteomioarticulares nos diversos segmentos corporais dos trabalhadores do setor de transporte, no município de João Pessoa/PB. Materiais e Métodos: Esse estudo é do tipo documental, observacional, descritivo, transversal, de caráter quantitativo, desenvolvido no Serviço Social do Transporte (SEST) em João Pessoa/PB, no período de Janeiro a Fevereiro de 2022. O universo do estudo foi constituído de indivíduos do ramo do transporte, de ambos os sexos, na faixa etária entre 25 a 74 anos, cuja amostra totalizou em 152 sujeitos escolhidos de forma aleatória e por conveniência. As variáveis gênero, peso, idade e altura, índice de massa corpórea(IMC), além de dados clínicos e de saúde, e estilo de vida foram estudadas. Os dados foram agrupados em banco de dados no aplicativo EXCEL®. A estatística descritiva foi realizada por meio do software SPSS, versão 20.0 para Windows, com as respectivas frequências absolutas e percentuais, Razão de risco e proporções. Aplicou-se o modelo descritivo de Peso da Evidência (WoE), o qual permitiu determinar a influência dos fatores. Assim como, o modelo Multivariado de análise de correspondência simples e Analise de variância. O estudo teve aprovação previa do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal da Paraíba, através do Parecer: 5.156.893. Resultados: Verificou-se que 82,0% dos trabalhadores relataram algum tipo de sintoma músculo esquelético, localizados, principalmente, na região lombar (41,0%), cervical (37,1%), seguido de joelhos (9,5%). Observou-se associação entre os sintomas e os fatores socio demograficos, estilo de vida, faixa etária, assim como, o IMC. Conclusões: A prevalência de dor e afecções osteomioarticulares nos trabalhadores de transporte é expressiva, necessitando de ações de promoção à saúde.
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JOHNATHAN ALLYSON QUARIGUASI FERREIRA
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MonitoramentoTermográfico Dos Pontos Gatilhos Do Músculo Trapézio e Elevador da Escápula Durante Agulhamento à Seco e Compressão Isquêmica
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Data: 28/10/2022
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Hora: 08:30
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As dores musculoesqueléticas acometem grande parte da população e a Síndrome da Dor Miofascial (SDM) destaca-se por causar dor muscular em regiões específicas devido à presença de nódulos hipersensíveis, denominados Trigger Points (TPs). O Agulhamento À Seco (AS)e a Compressão Isquêmica (CI) são recursos terapêuticos frequentemente utilizados na SDM. A termografia Infravermelha (TI) tem sido utilizada para identificar alterações térmicas nos músculos acometidos e pode ajudar na monitoração da resposta termal durante os procedimentos terapêuticos. Objetivo: Analisar as variações de temperatura da pele em portadores de SDM, antes, durante e após a aplicação das técnicas de AS e CI.Metodologia: Trata-se de um estudo clínico randomizado, realizado com 32 participantes de ambos os sexos que foram alocados no grupo de AS (n=16) ou de CI (n=16) e receberam uma sessão de uma das técnicas. Foi utilizada a algometria para a mensuração do limiar de dor à pressão, a Escala Numérica de Dor (END) para a quantificação da dor e a TI para analisar as alterações de temperatura da pele durante os procedimentos de AS e CI. Os dados desta pesquisa foram analisados noStatisticalPackage for the Social Sciences(SPSS) versão 20.0, onde foram aplicados os modelos estatísticos paramétricos (ANOVA com medidas repetidas) ou não paramétricos (ANOVA de Friedman) para a comparação de dois grupos independentes com nível de significância de 5%.Resultados: Observou-se que houve uma maior temperatura na área experimental em relação a área controle imediatamente após o procedimento, que também ocorreu um aumento de temperatura, porém apenas no grupo CI, após o procedimento. E adicionalmente, houve melhora aguda do LDP e da END após a aplicação dos procedimentos, sem diferença intergrupos. Conclusão:A CI resultou em uma maior elevação de temperatura na área da intervenção do que o AS. Tendo as intervenções resultados significantes sobre o aumento do LDP e da END referida pelos sujeitos, imediatamente após a aplicação dos procedimentos terapêuticos evidenciando-se que as intervenções podem resultar na melhora clínica aguda dos indivíduos com SDM. As alterações termais da CI e AS ocorrem em magnitudes e tempos diferentes, porém podem representar a indicação de um caminho para elucidação dos mecanismos de ação terapêutica e de dosificação da aplicação das técnicas com implicações para o aperfeiçoamento dos tratamentos das condições clínicas musculoesqueléticas.
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FRANCILENE LIRA MATIAS
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ACOMPANHAMENTO DA TEMPERATURA CUTÂNEA DE MULHERES EM USO DE HORMÔNIOS EXÓGENOS: ESTUDO LONGITUDINAL
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Data: 31/08/2022
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Hora: 10:30
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Introdução: Os hormônios sintéticos contidos nas preparações anticoncepcionais orais podem exercer efeitos diferentes dos hormônios endógenos e modificar o perfil térmico corporal de mulheres usuárias. Sendo assim, a medição da temperatura pela via cutânea pode investigar sua variação ao longo do ciclo menstrual e auxiliar na detecção precoce de anormalidades. Objetivo: Acompanhar e comparar o perfil térmico cutâneo de mulheres jovens usuárias e não usuárias de anticoncepcional oral combinado durante as fases do ciclo menstrual. Método: Trata-se de um estudo observacional prospectivo, com abordagem quantitativa, que foi realizado no Laboratório de Termografia da Universidade Federal da Paraíba. Foram avaliadas o perfil antropométrico e sociodemográfico, a imagem térmica cutânea, a composição corporal e a Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (STPM) de 30 voluntárias, alocadas em dois grupos, por conveniência: Grupo Hormônio Exógeno (GHE), e Grupo Ciclo Menstrual Fisiológico (GCMF), as quais foram submetidas a quatro avaliações uma vez por semana, em um período de 28 dias. O desfecho principal foi a média das temperaturas de regiões específicas (mamas, glúteos, lombar, abdômen, posterior de coxas e canto interno dos olhos) e a média geral das áreas, enquanto o desfecho secundário foi a comparação da composição corporal com a temperatura e os sinais da STPM entre o GHE e GCMF. Foram realizados testes ANOVA para medidas repetidas com Bonferroni, correlação linear de Pearson e teste t-Student, utilizando o Software SPSS, Versão 21.0. Resultados: Observou-se que os grupos GHE e GCMF eram semelhantes na linha de base quanto as variáveis antropométricas e de composição corporal. Embora tenha-se verificado na análise intragrupo que a temperatura cutânea das voluntárias não variou significativamente ao longo dos tempos de avaliação, na análise intergrupos observou-se que o GCMF apresentou temperaturas maiores (DIF= -0,44 ºC e P= 0,04) para a mama em relação ao GHE na fase lútea. No que diz respeito à composição corporal, encontrou-se correlação negativa significativa entre a gordura dos segmentos analisados e a temperatura cutânea (P<0,05). Por fim, as mulheres do GHE apresentaram mais queixas físicas da STPM, porém não houve diferença estatisticamente (P>0,05) significativa do escore geral da STPM comparando-se os grupos de estudo. Conclusão: Os achados apontam que não houve interferência da atuação dos hormônios fisiológicos ou exógenos na temperatura cutânea de mulheres jovens, e que as regiões com maior percentual de gordura apresentam temperaturas mais baixas e o uso de hormônios combinados não afeta os sintomas da STPM.
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KARINA VIEIRA DA COSTA
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Eficácia de um protocolo de reabilitação cardiopulmonar na função pulmonar e muscular respiratória de pacientes com síndrome pós COVID-19:um ensaio clínico randomizado
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Data: 31/08/2022
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Hora: 09:00
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Introdução: O surgimento da COVID-19 vem demandando respostas rápidas e efetivas no campo da Saúde Pública. Além dos sintomas durante a doença, as pessoas que foram infectadas pelo corona vírus também podem ser acometidas pela síndrome pós COVID 19, que consiste em sintomas persistentes como a fadiga e dispneia. Sendo assim, é necessário proporcionar estratégias de recuperação físico-funcional e a reintegração social dessas pessoas por meio da reabilitação cardiopulmonar. No entanto a literatura ainda é escassa quanto aos exercícios que mais beneficiam essa população e qual o protocolo e parâmetros adequados para a potencialização dos resultados. Objetivo: avaliar a eficácia de um protocolo de reabilitação na função pulmonar e muscular respiratória em pacientes com síndrome pós COVID-19. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado, envolvendo dois grupos de participantes:(1) reabilitação cardiopulmonar;(2) controle. O grupo reabilitação cardiopulmonar participou de um programa de reabilitação que foi composto por: terapia de expansão pulmonar, treinamento muscular respiratório, exercício de fortalecimento de membro superior e exercício aeróbico em esteira. Já o grupo controle participou de palestras de forma remota. Foram avaliados a função pulmonar e muscular respiratória dos sujeitos e a sensação de dispneia. Inicialmente, foram realizadas análises descritivas e inspeções de histogramas para determinar a normalidade dos dados ou a falta dela. As
diferenças entre os grupos e seus respectivos intervalos de confiança a 95% foram calculados
usando modelos lineares mistos com termos de interação: grupo e tempo. Foi considerada a
matriz de covariância simetria composta. O software SPSS versão22.0 (IBM SPSS Corp.,
Armonk, NY) foi utilizado para análise estatística. Resultados: Foi observado um incremento da função muscular respiratória e a redução na sensação de dispneia após o protocolo de reabilitação cardiopulmonar comparado ao controle. Após a análise intra-grupo, os participantes da reabilitação obtiveram melhora na capacidade vital forçada, volume expiratório forçado no primeiro segundo e pico de fluxo expiratório na análise da função pulmonar. No entanto, o protocolo de reabilitação não foi associado a mudanças na fração de espessamento e mobilidade diafragmática durante a respiração basal destes pacientes. Conclusão: A reabilitação cardiopulmonar demonstrou ser uma importante alternativa complementar aos tratamentos já existentes, por proporcionar melhora na função pulmonar, força e resistência muscular respiratória e na sensação de dispneia de pacientes com síndrome pós COVID-19.
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DAVID SAM PESSOA DE MENEZES
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DUPLA TAREFA EM ESTEIRA E NEUROMODULAÇÃO NA FUNÇÃO EXECUTIVA E MOBILIDADE FUNCIONAL EM PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: um ensaio clínico piloto duplo cego e aleatorizado.
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Orientador : ADRIANA CARLA COSTA RIBEIRO CLEMENTINO
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Data: 30/08/2022
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Hora: 10:00
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Resumo: O treinamento de dupla tarefa associado à tDCS anódica parece melhorar a função cognitiva na DP. Objetivo: Analisar os efeitos de um treinamento de dupla tarefa durante marcha em esteira associado à neuromodulação na melhora da função executiva, mobilidade funcional e função motora de pessoas com doença de Parkinson. Método: Trata-se de um ensaio clínico piloto, placebo-controlado, duplo-cego e aleatorizado, realizado no laboratório NeuroMove da UFPB. Para o desfecho primário função executiva serão utilizadas as seguintes medidas de mensuração: Teste Stroop (desfecho primário), Teste de construção de trilhas, Teste de fluência verbal, Escala de avaliação cognitiva de Montreal. Para os desfechos secundários serão utilizados o TUG (mobilidade funcional); Teste de caminhada de 10 metros e MDS-UPDRS II e III (função motora). As avaliações foram realizadas em dois momentos: antes de iniciar o tratamento (T0) e após a décima segunda sessão (T1). As 12 sessões de intervenção foram realizadas três vezes por semana, seguidas ao longo de quatro semanas. O estudo foi composto por dois grupos: (1) treinamento de dupla tarefa associado à tDCS anódica; (2) treinamento de marcha simples associado à tDCS anódica. Os participantes também foram estratificados quanto ao fenótipo motor tremor dominante (TD) e Desordens da marcha/instabilidade postural (DMIP).O software Statistical Package for Social Sciences - SPSS, Versão 20.0 foi utilizado e, considerado um valor de P < 0,05 (chance de erro) para diferença entre os momentos entre avaliação inicial e avaliação pós intervenção. Os resultados da presente dissertação produziram dois artigos científicos originais. A análise por estratificação dos fenótipos mostrou diferença significativa entre os fenótipos para o TUG, e para o nível de ansiedade e de depressão. Para o fenótipo TD: houve correlação positiva do Stroop com o TUG-DT e TMT; e do MoCA com o TFV. Houve correlação negativa do TMT com o com o TFV; Stroop com o TFV e com o MoCA. Para o fenótipo DMIP: houve correlação positiva do Stroop com a MDS-UPDRS III e com o TMT; e da MDS-UPDRS III com o TMT. Houve correlação negativa do Stroop com o MoCA e com o TFV; e do MoCA com o TUG e com o TMT. Os dados preliminares do ensaio clínico evidenciaram que ambos os grupos (experimental e controle) mostraram mudança no Stroop NC (p=0,039), TMT (p=0,022), TFVA 5s, TFVP 5s (p=0,005), TFVP 60s (p=0,001) e TUG (p=0,051). Houve diferença significativa entre os grupos para o TFVP 60s (p=0,020). Conclusão: Os fenótipos TD e DMIP apresentam características diferentes quanto à mobilidade funcional e níveis de ansiedade e depressão. A melhora da memória semântica foi mais expressiva no grupo submetido ao treinamento por dupla tarefa associada tDCS.
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ALESSANDRA FEITOSA GONÇALVES
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AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA CUTÂNEA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA E NA MENOPAUSA: ESTUDO LONGITUDINAL
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Data: 29/08/2022
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Hora: 09:00
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INTRODUÇÃO: O ciclo menstrual e a menopausa são acontecimentos fisiológicos femininos, marcados por alterações hormonais, capazes de afetar o mecanismo de termorregulação corporal e, consequentemente, causar modificações na temperatura basal. OBJETIVO: Avaliar a temperatura cutânea de mulheres durante o ciclo menstrual fisiológico e na menopausa utilizando a termografia por infravermelho. METODOLOGIA: O estudo caracteriza-se por ser do tipo observacional, longitudinal e prospectivo, com abordagem quantitativa. A amostra total foi de 30 mulheres, divididas em dois grupos: ciclo menstrual fisiológico - CMF (n=15) e menopausa - MN (n=15). O protocolo foi desenvolvido tendo como base o período de um mês para os dois grupos, constituindo-se de quatro avaliações da temperatura cutânea (face e regiões superior e inferior do corpo nas vistas anterior e posterior) por meio da termografia por infravermelho e da composição corporal, utilizando uma balança de bioimpedância, realizadas semanalmente. Foram conduzidas análises descritivas, por meio de contagem de frequência e de medidas de tendência central, para todos os desfechos, bem como para as características sociodemográficas e de saúde da amostra. Também se procedeu um teste de ANOVA (medidas repetidas) com post hoc de Bonferroni, objetivando realizar comparações intragrupos e intergrupos das variações da temperatura cutânea ao longo dos períodos de avaliação e testes de correlação linear de Pearson entre a temperatura cutânea, temperatura corporal central, e composição corporal. As análises foram realizadas por meio do SPSS (versão 21,0), adotando-se um nível de significância de 5% (P≤ 0,05) e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: De modo geral, não houve diferença estatisticamente significativa nas temperaturas cutâneas médias para ambos os grupos, tanto ao se realizar comparações intragrupos quanto intergrupos (P>0,05). Quanto às correlações, observou-se que apenas o CMF apresentou correlação positiva entre temperatura média de glúteos com o canto interno dos dois olhos (r=0,530; P=0,042) e especificamente com o do olho direito (r=0,522; P=0,046). Ademais, para o grupo CMF, observou-se que a temperatura da mama, abdômen e região posterior do tronco apresentaram correlação negativa significativa (P<0,05) com a gordura do tronco, membros superiores e inferiores. Já para o grupo MN, observou-se apenas uma correlação negativa moderada (r=-0,591; P=0,020) entre a temperatura média do tronco e gordura do tronco. Para ambos os grupos, a qualidade de vida foi afetada em relação aos sintomas relatados pela amostra. CONCLUSÃO: Para o protocolo adotado e a amostra do estudo, os achados apontam que não houve interferência significativa da atuação dos hormônios fisiológicos na temperatura cutânea de mulheres eumenorreicas e menopáusicas, o que sugere que a fase do ciclo menstrual fisiológico e a menopausa não impactam significativamente nos resultados obtidos por meio da termografia por infravermelho.
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LAIZE GABRIELE DE CASTRO SILVA
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Associação da fragilidade com diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica
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Data: 29/08/2022
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Hora: 09:00
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Introdução: A fragilidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica são condições frequentes na população idosa e cada vez mais reconhecidos como problemas de saúde pública, no entanto essa associação ainda é pouco explorado na população brasileira. Objetivo: Analisar a relação entre itens do fenótipo de fragilidade de Fried com Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. Metodologia: Foram utilizados os dados obtidos pela REDE FIBRA (Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros), que consiste em um estudo epidemiológico de corte transversal, multicêntrico e multidisciplinar. Foi realizado com idosos com 65 anos ou mais, moradores de 8 cidades de diferentes regiões do país. Foram avaliados características sociodemográficas, doenças crônicas (Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica) e os componentes da fragilidade física. Para análise de dados foi empregada a estatística descritiva, seguida um modelo de Regressão de Poisson e modelo de Regressão logística. Resultados: A amostra total foi composta por 3390 idosos e 2365 idosos apresentaram pelo menos 1 item positivo. A prevalência da fragilidade foi de 16,4% e de pré frágeis foi de 53,4%. A redução no nível de atividade física foi o item mais prevalente na amostra (57,3%). Os idosos com diagnósticos diabetes e aqueles com ambas as comorbidades (diabetes e hipertensão) obtiveram maiores prevalências de um maior número de itens positivos no Fenótipo de Fried. Conforme o modelo de regressão logística os idosos com diagnóstico de diabetes apresentaram maior chance (OR = 2,34) de obter o critério de perda de peso positivo e os idosos hipertensos apresentaram maiores chances (OR= 1,62) de ter o critério de fadiga positivo comparado aqueles sem nenhum diagnóstico. Para a redução de preensão palmar aqueles com ambas as doenças possuíram menos chances de obter o critério positivo. Em relação à redução do nível de atividade física e à lentidão na marcha, não foi observada nenhuma associação com as doenças avaliadas. Conclusões: É importante a avaliação e identificação da fragilidade no cuidado de rotina dos pacientes com diabetes e hipertensão, além disso medidas de ação específicas podem ser incorporadas nos diferentes níveis de atenção à saúde para o manejo da fragilidade.
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MARIA ALESSANDRA SIPRIANO DA SILVA
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Impacto de um programa com treinamento funcional por telerreabilitação sobre a função pulmonar, capacidade de exercício e qualidade de vida em pacientes pós covid-19: Ensaio clínico randomizado
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Data: 27/01/2022
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Hora: 09:00
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Introdução: o ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19, causada pelo SARS-CoV2. Esta doença viral pode prejudicar diversos sistemas, e o sistema respiratório torna-se alvo principal para se estabelecer sequelas e disfunções sistêmicas que quando associadas podem predispor a intolerância ao esforço físico. Estratégias de reabilitação física presencial para restabelecer funções prejudicas nestes pacientes é um desafio, principalmente pelas medidas restritivas de isolamento social e neste sentido, as estratégias em domicilio por via remota pode contribuir na recuperação dos pacientes pós COVID 19.
Objetivo: avaliar a eficácia e a viabilidade de um programa com treinamento funcional por telerreabilitação sobre a função pulmonar, tolerância ao esforço e qualidade de vida em
indivíduos pós COVID-19.
Métodos: ensaio clinico randomizado, com participação de indivíduos recuperados da COVID19 que foram alocados no grupo treinamento funcional com telerreabilitação e palestras (GT) e grupo controle com palestras (GC). Foram avaliados 30 indivíduos (60% mulheres) com média de idade de 48,2 ± 12,8 anos e IMC médio de 29,0 ± 6,3 Kg/m2 . O protocolo de intervenção teve duração de oito semanas, realizado por chamada de vídeo durante 3x/semana. Um total de oito palestras com temas de educação em saúde foram realizadas com encontros remotos a cada duas semanas entre os pesquisadores e os participantes. Foram avaliados a função pulmonar, a tolerância ao esforço e a qualidade de vida. A estatística foi realizada com planilhas excel e o programa SPSS 20.0. A normalidade e homocedasticidade foram avaliadas pelos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente. Para as análises inferenciais foram empregados o teste ANOVA one way com Post hoc de Bonferroni, teste t de Student ou teste U de Mann-Whitney. Foi considerado como diferença estatística p < 0.05.
Resultados: Na análise intragrupo, observa-se aumento significativo na capacidade vital (CV) e no VEF1para o GT (p = 0.000; p = 0,001), com aumento da CV para GC (p = 0.006). Não houveram diferenças significantes na CV forçada para o GT e GC (p = 0.144; p = 0.383, respectivamente) e na relação VEF1/CVF (p = 0.275; p = 0.197, respectivamente). Na análise da diferença da média entre grupos, verifica-se que a CV e o VEF1 apresentaram melhores respostas com o treinamento funcional (p = 0.032; p = 0.018, respectivamente). Nenhuma outra diferença estatística foi verificada para a CVF e o VEF1/CVF (p = 0.167; p = 0.434, respectivamente). O GT teve aumento significativo na distância percorrida (469,80 [429,43 - 510,16] vs 591,63 [560,04 - 623,23] metros; p = 0.003). Na análise entre grupos, o GT teve aumento de 121,84 metros e o GC foi de 6,56 metros (p = 0.000). Na análise intragrupo, o GC apresentou redução significante na saturação de oxigênio (98,2 [97,9 - 98,5] vs 97,9 [97,5 - 98,2] %; p = 0.048), mas sem diferença estatística na análise entre os grupos (p = 0.115). Não foram observadas diferenças significantes na análises intragrupo e entre os grupos na percepção subjetiva de esforço e frequência respiratória (p > 0.05, para todas as comparações).Na análise intragrupo, o GT teve melhora em todos os domínios da qualidade de vida (p < 0.05). Na análise da diferença da média entre grupos, observa-se que o GT apresentou melhora comparado ao GC, nos domínios de capacidade funcional (p = 0.015), limitações físicas (p = 0.03), dor (p = 0.00), vitalidade (p = 0.04) e no score geral (p = 0.04).
Conclusão: O treinamento funcional supervisionado e realizado de forma remota foi capaz de
melhorar a parâmetros da pulmonar, a tolerância ao esforço e a qualidade de vida em pacientes
que apresentaram sequelas pós COVID-19. O protocolo por telerreabilitação com treinamento
funcional mostrou-se seguro e eficaz na recuperação da funcionalidade dos indivíduos
sobrevivente da COVID-19.
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PALOMA LOPES DE ARAÚJO FURTADO
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Efeitos do treinamento funcional por telereabilitação sobre a aptidão física, força muscular, e nível de
depressão/ansiedade em indivíduos pós covid-19: Ensaio controlado randomizado
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Data: 26/01/2022
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Hora: 09:00
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Introdução: A COVID-19 é uma doença com alta taxa de mortalidade, causada pelo vírus
SARS-CoV-2, com variação sintomática ou assintomática, que ataca o sistema
cardiorrespiratório, neuromuscular e psicológico. Os indivíduos recuperados da doença
necessitam de acompanhamento fisioterapêutico, porém o acesso à reabilitação física, neste
momento, é dificultado pelas medidas de distanciamento social. A intervenção com exercício
físico tem sido uma importante aliada na melhora da função cardiorrespiratória, motora e
mental, porém há poucos estudos relacionados ao tratamento específico dessa população,
principalmente relacionado à telereabilitação adaptada para o ambiente domiciliar. Objetivo:
Avaliar os efeitos de um programa de treinamento funcional por telereabilitação, sobre a aptidão
física, força muscular e nível de depressão/ansiedade em indivíduos pós COVID-19.
Métodos: Ensaio controlado randomizado, amostra de 30 indivíduos recuperados da COVID19, ≥ 18 anos, alocados no Grupo Treinamento Funcional (GTF treinamento funcional e
palestras de educação em saúde; n=15) e Grupo Controle (GC palestras de educação em
saúde; n=15). Foram submetidos à avaliação da aptidão física (bateria de testes de Rikli e
Jones), da força de preensão palmar (dinamômetro de preensão manual), e nível de
depressão/ansiedade (Inventário de depressão e ansiedade de Beck), antes e 8º semana após
intervenção. Foi utilizado o SPSS 20.0, teste de Shapiro-Wilk (normalidade dos dados) e Levene
(homogeneidade das variâncias), t Student (comparação inter e intra grupo); com p<0,05.
Resultados: Na força muscular, foi encontrada melhora significativa nos 2 grupos (p=0,00),
porém sem diferença entre eles (p=0,28). Na aptidão física, o GTF obteve melhora significativa
em todos os testes (p=0,00), e ao comparar com o GC houve melhora dos índices para todos
eles: sentar e levantar, flexão de braço, TC6M (p=0,00) e levantar e ir (p=0,02), sem melhora
para os índices do GC (sentar e levantar p=0,82; flexão de braço p=0,09; levantar e ir p=0,73;
TC6M p=0,75). Com relação à saúde mental, o GTF apresentou redução significativa nos níveis
de ansiedade (p=0,03) e depressão (p=0,01), e quando comparado ao GC, houve melhora
estatisticamente significativa apenas nos níveis de depressão (p=0,00), sem melhora nos índices
do GC (ansiedade p=0,10; depressão p=0,67). Conclusão: O treinamento de 8 semanas
demonstrou ser viável e seguro para indivíduos pós COVID-19, repercutindo positivamente na
função motora e saúde mental.
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ANGÉLICA PALITOT DIAS DE LACERDA
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Acurácia da Termografia Infravermelha na Detecção da Tendinopatia ou Risco de Lesão Tendínea: revisão sistemática com metanálise
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Data: 21/01/2022
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Hora: 14:00
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Introdução: Foi identificado que o sistema nervoso simpático (SNS) desenvolve papel como
componente da tendinopatia, com aumento de sua inervação e intervenção sobre o fluxo
sanguíneo local. Essa alteração pode ser diretamente retratada pela temperatura da pele na
área do tendão patológico. Devido a sua capacidade de detectar variações da temperatura da
pele, a termografia infravermelha (TI) pode ser uma ferramenta empregada para avaliação
dessas alterações ocasionadas pelos processos da tendinopatia. Objetivo: Revisar
sistematicamente as evidências do uso da TI no diagnóstico da tendinopatia e na detecção de
risco de lesão tendínea. Métodos: Essa é uma revisão sistemática com metanálise realizada de
janeiro a dezembro de 2021, baseada nas diretrizes metodológicas do PRISMA 2020. Foi
realizada uma pesquisa abrangente nas bases de dados PubMed, PEDro, SciELO, Embase,
CENTRAL e CINAHL. Foram inclusos na busca estudos de acurácia, ensaios clínicos
randomizados e controlados, estudos longitudinais prospectivos e transversais, sem restrição
de linguagem ou de tempo. A análise de risco de viés foi executada de acordo com o
QUADAS-2 e foi realizada uma síntese quantitativa utilizando o programa Meta-DiSc 1.4. As
medidas de acurácia da termografia infravermelha foram analisadas por meio da
sensibilidade, especificidade, curva ROC sumária (SROC) e diagnostic Odds Ratio (DOR).
Resultados: Oito estudos preencheram os critérios de elegibilidade para a revisão, mas para a
metanálise foram inclusos sete estudos. Essa revisão com metanálise sugere que a TI possui
acurácia para detectar tendinopatia por meio do cálculo da sensibilidade (72%; IC 95%: 67% -
77%), especificidade (95%; IC 95%: 92% - 98%), SROC (AUC= 0,97) e DOR (75,94; IC
95%: 12,04 479,14). Ao realizar uma análise de sensibilidade essa revisão sugere que para a
epicondilite lateral a TI possui capacidade de detecção com sensibilidade de 93% (IC 95%:
86% - 97%), especificidade de 97% (IC 95%: 93% - 99%) e DOR de 221,38 (IC 95%: 21,09
2321,13). Já para tendinopatias da região do ombro a TI também demonstrou acurácia com
sensibilidade de 63% (IC 95%: 56% - 70%), especificidade de 100% (IC 95%: 91% - 100%) e
DOR de 60,71 (IC 95%: 8,10 454,87). Conclusão: A TI possui um alto poder de
especificidade, com ausência de heterogeneidade entre os estudos, tanto na avaliação da
epicondilite lateral quanto para tendinites da região do ombro. Foi demonstrado seu poder de
diagnosticar a tendinopatia por meio dos resultados da análise da SROC e da DOR, porém o
nível de heterogeneidade entre os estudos foi considerado importante, o que pode levar a
imprecisão da estimativa de sua sensibilidade.
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CAMILA MENDES VILLARIM MEIRA
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Termografia infravermelha na avaliação da sobrecarga osteomioarticular por posturas de trabalho: uma revisão sistemática
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Data: 19/01/2022
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Hora: 09:00
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Introdução: Alguns fatores individuais e do ambiente de trabalho podem predispor o
trabalhador aos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), comprometendo sua saúde, produtividade e segurança. A sobrecarga osteomioarticular pode causar alterações vasculares, metabólicas e inflamatórias que são sentidas pelos trabalhadores como dor, dormência, formigamento e fraqueza, que podem estar relacionadas às mudanças na temperatura corporal. Dentre os instrumentos de avaliação utilizados na análise ergonômica, a Termografia Infravermelha (TI) permite a visualização e quantificação das mudanças de temperatura na superfície da pele representando uma ferramenta auxiliar no diagnóstico e prevenção de doenças musculoesqueléticas. Objetivo: Analisar a utilização da TI como ferramenta auxiliar na avaliação da sobrecarga osteomioarticular em trabalhadores de diferentes categorias. Métodos: Uma revisão sistemática da literatura foi realizada utilizando as bases de dados PubMed, EMBASE, CENTRAL, CINAHL, PEDro e DITA, sem utilização de filtros, sem restrições de idioma ou período de publicação. Foram incluídos estudos de acurácia, ensaios clínicos randomizados, e observacionais do tipo estudo de caso, caso-controle, coorte e transversais que utilizaram a termografia infravermelha para avaliar a sobrecarga osteomioarticular. Foram excluídos estudos de revisão teórica (narrativa, integrativa, sistemática ou Scoping Review), estudos sem acesso ao texto completo, capítulos de livros, resumos de congressos e estudos duplicados. Os dados foram obtidos e analisados quanto ao risco de viés por meio do QUADAS 2. A escassez dos dados de acurácia não permitiu a realização de metanálise. Resultados e Discussão: Foram encontrados encontrados 6.609 artigos, destes, 2.165 foram excluídos por duplicatas; 4.392 excluídos após a leitura dos títulos; e 17 excluídos após a leitura dos resumos. Assim, 35 artigos foram selecionados para serem lidos na íntegra e avaliados quanto a elegibilidade. Destes, 25 foram excluídos pela falta de acesso ao texto completo e 01 por não utilizar a TI como tecnologia de avaliação da sobrecarga. Sendo assim, ao final, foram incluídos nesta revisão 09 artigos, em que o risco de viés incerto foi classificado na maioria dos estudos incluídos. Conclusão: Embora a TI já seja amplamente utilizada como auxiliar no diagnóstico de doença, a sua aplicabilidade e eficácia na avaliação e predição de riscos à saúde do trabalhador ainda é pouco estudada. De acordo com a literatura analisada, entende-se que a TI pode ser utilizada como recurso auxiliar na avaliação da sobrecarga osteomioarticular em trabalhadores. Porém, estudos de acurácia diagnóstica utilizando técnicas comparativas padrão ouro devem ser estimulados para que a sensibilidade e especificidade da TI seja referendada.
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ANGELA MARIA BARROS SILVA
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EFEITOS DO AGULHAMENTO SECO NOS PONTOS-GATILHO
MIOFASCIAIS EM SUJEITOS COM INSTABILIDADE CRÔNICA DO
TORNOZELO: ensaio clínico aleatorizado e controlado
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Data: 18/01/2022
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Hora: 14:00
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Introdução: A Instabilidade Crônica do Tornozelo (ICT) é caracterizada por um
quadro de entorses recidivantes associado ao autorrelato de instabilidade na
articulação. Estudos apontam que os déficits sensório-motores na ICT estão
relacionados com a presença de Pontos Gatilhos Miofasciais (PGMs). O
Agulhamento Seco de PGMs (AS-PGMs) promove efeitos bioquímicos,
mecânicos e vasculares, que podem modificar os distúrbios neuromecânicos dos
sujeitos com ICT. Objetivo: Avaliar o efeito crônico do AS-PGM nos Fibular
Longo (FL) e Fibular Curto (FC) sobre o sistema sensório-motor de sujeitos com
ICT. Método: A amostra foi constituída por 15 sujeitos com ICT, com histórico
de pelo menos uma entorse unilateral há pelo menos 12 meses. Todos sujeitos
realizaram treino de controle neuromuscular, contudo foram aleatorizados em 2
grupos: 1) Agulhamento Seco Real - gAR: 8 sujeitos e 2) Agulhamento Seco
Sham - gAS: 7 sujeitos. Os sujeitos foram avaliados pelo Cumberland Ankle
Instability Tool CAIT e Escala Visual Analógica - EVA (desfecho primário) e
pela Termografia Cutânea, Limiar de Dor à Pressão - LDP, EMGs do FL e Curto
FC, força eversora do tornozelo e controle postural dinâmico unipodal (desfechos
secundários), na linha de base, ponto final (após 12 sessões) e pós 1 semana.
A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS -20.0), aplicando-se o teste ANOVA de medidas
repetidas. Resultados: Foi observado aumento do escore CAIT e diminuição da
pontuação EVA ao longo do tempo (P<0,001), sem diferença entre os grupos,
além de diminuição do deslocamento ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML)
no gAR após a intervenção e em uma semana (P<0,001); não foi observado
diferenças significantes para LDP, EMG, força muscular ou temperatura cutânea.
Conclusão: o AS de PGMs do FL e FC aumentou o controle postural, nos
deslocamentos AP e ML, sem alterar os níveis de LDP, EMG, força muscular,
percepção de dor e instabilidade dos sujeitos com ICT. Além disso, os PGMs da
musculatura investigada não apresentaram um padrão térmico e nem sofreu
alteração da temperatura, ao longo do tempo, em nenhuma das intervenções
propostas.
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HEBER ALVES DE SOUSA MENDES
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USO DE PALMILHA POSTURAL NA CORREÇÃO DO VALGO DINÂMICO DO JOELHO DE ATLETAS AMADORES DE ESPORTES DE GIRO E SALTO: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO
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Data: 17/01/2022
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Hora: 09:00
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Introdução: O alinhamento alterado do quadril, joelho, tornozelo e pé promove o
desalinhamento articular do joelho, em particular o valgo dinâmico do joelho (VDJ). Muitas
são as lesões associadas ao VDJ, que geram afastamentos, dentre elas, as alterações nos pontos de distribuição das pressões plantares, que são fatores menos estudados na literatura, assim como seu tratamento por meio de palmilhas posturais geradoras de elevação do arco plantar longitudinal medial (APLM) do pé. Objetivo: Analisar o efeito do uso da palmilha postural na correção do VDJ de atletas amadores de esportes de giro e saltos. Materiais e Método: Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado e controlado, realizado com 16 atletas amadores do sexo masculino, idade (12 23 anos), estatura (1,81 1,57m), massa corporal (44,1 70,3kg) e IMC (6,0 26%) com VDJ e pronação excessiva nos pés, distribuídos, aleatoriamente, em 2 grupos: Grupo Palmilha Postural Corretiva (gPPC) e Grupo Palmilha Postural Placebo (gPPP). Após coleta de dados antropométricos, foram fixados marcadores reflexivos nos membros inferiores e foram medidos: o ângulo de projeção no plano frontal (APPF) do joelho, por captura de vídeo durante o lateral step down (LSD) associado ao Índice de Excursão do Centro de Pressão (IECP) do pé, por Baropodometria Computadorizada (BPC). Resultados: Foram observadas diferenças significantes entre as médias obtidas nas avaliações do APPF do grupo gPPP (P=0,005) e do gPPC (P=0,049), já as médias das avaliações do IECP em ambos os grupos não foram significantes (P>0,05). Conclusões: Palmilhas posturais apresentam evidências positivas no tratamento do VDJ pelo aumento gradativo do APPF, apesar deste resultado de não garantir que peças podais elevadoras do APLM sejam necessárias para tal correção.
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