Banca de DEFESA: ANDERSON ALDELYAN RAMALHO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDERSON ALDELYAN RAMALHO DE SOUSA
DATA: 31/03/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do CEAR
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DO BIO-ÓLEO OBTIDO DA PIRÓLISE DO LODO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
PALAVRAS-CHAVES: Processos termoquímicos, Pirólise, Lodos, Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), Bio-óleo.
PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Mecânica
RESUMO: O lodo gerado em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) representa um importante desafio ambiental devido ao seu alto volume e complexidade. A pirólise surge como uma alternativa sustentável para a conversão desse resíduo em bio-óleo. Neste trabalho caracterizou-se o bio-óleo obtido pela pirólise do lodo de duas ETEs localizadas nas cidades de João Pessoa e Campina Grande no Estado da Paraíba, bem como a mistura desses bio-óleos, avaliando suas propriedades físico-químicas, estabilidade térmica e potencial. Adotou-se uma abordagem quantitativa para analisar a produção científica sobre o bio-óleo derivado da pirólise do lodo de ETEs, identificando padrões de publicação, principais temas de pesquisa e a influência de autores e instituições. O objetivo foi mapear tendências, destacar contribuições relevantes e identificar lacunas no conhecimento existente. A partir dessa análise, buscou-se oferecer uma visão consolidada do estado atual da pesquisa e apontar direções estratégicas para estudos futuros. Foram realizadas análises de densidade, viscosidade cinemática, espectroscopia FTIR, termogravimetria (TGA/DTG/DSC) e determinação do poder calorífico superior (PCS). As amostras apresentaram variações na densidade de 0,9413 g/cm³ e de 22,27 mm²/s na viscosidade, influenciando sua aplicabilidade industrial. A espectroscopia FTIR confirmou a presença de compostos fenólicos, ácidos e hidrocarbonetos, assim os compostos fenólicos contribuem para a estabilidade térmica, enquanto os hidrocarbonetos elevam o teor energético, tornando o bio-óleo um potencial substituto de combustíveis fósseis. Os resultados termogravimetria indicam que, em atmosfera de argônio, a degradação térmica ocorre em três etapas principais: perda de umidade e voláteis leves (<150°C), decomposição de frações orgânicas (200-500°C) e degradação residual (>500°C). Em atmosfera oxidante, a combustão acelera a decomposição e desloca os eventos térmicos para temperaturas mais baixas. O PCS demonstrou potencial energético relevante que varia entre 40,668 a 41,504 MJ/kg, próximo ao de combustíveis fósseis, sugerindo a necessidade de refinamento. A mistura dos bio-óleos o Bio JPCG apresentou propriedades intermediárias, indicando que a combinação pode modificar suas características. Este estudo analisa a utilização dos lodos de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e sua relevância ambiental e energética. A conversão desses lodos em bioprodutos por meio da pirólise está alinhada aos princípios ESG e a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O processo contribui para o ODS 7, ao promover energia limpa e acessível; para o ODS 11, ao auxiliar no desenvolvimento de cidades sustentáveis; e para o ODS 12, ao incentivar padrões responsáveis de consumo e produção. Sob a ótica ESG, o estudo aborda questões ambientais, ao reduzir resíduos e emissões, e sociais, ao promover melhorias na saúde pública e na qualidade de vida por meio da gestão eficiente de resíduos. Além disso, alinha-se aos princípios de governança ao incentivar práticas de gestão sustentável e transparência ambiental. Conclui-se que a pirólise do lodo de ETE é uma estratégia viável para valorização energética desse resíduo, promovendo alternativas sustentáveis e contribuindo para a transição energética e a gestão ambiental responsável.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO BENJAMIM MAPOSSA
Externo ao Programa - 041.396.634-80 - ELVIA LEAL - UFCG
Externo ao Programa - 007.382.484-44 - JOELDA DANTAS - UFPB
Presidente - 1731152 - KELLY CRISTIANE GOMES DA SILVA
Interno - 3581068 - SANDRO MARDEN TORRES