PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA AMANDA RAMOS BARRETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA AMANDA RAMOS BARRETO
DATA: 15/12/2025
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO: O Monstro Gótico entre Fronteira e Transmutação: A configuração do Vampiro Feminino em A nevrose da cor, de Júlia Lopes de Almeida
PALAVRAS-CHAVES: Vampiro feminino; Júlia Lopes de Almeida; Literatura Gótica, Transculturalidade.
RESUMO: Este trabalho de dissertação tem como objetivo analisar a figura do vampiro feminino na literatura gótica, considerando o monstro como um dos elementos formais do gênero. A investigação toma como corpus de análise o conto A nevrose da cor, de Júlia Lopes de Almeida, integrante da coletânea Ânsia Eterna (2023). Para situar a discussão, recupera-se o contexto histórico do século XVIII, período em que o Gótico emerge como necessidade estética em contraposição à racionalidade iluminista, partindo-se do pressuposto de que todo contexto social engendra seus próprios monstros a fim de corporificar tensões, medos e conflitos culturais. Nesse sentido, examina-se de que modo a figura do vampiro, ao ser encarnada no feminino, representado no conto pela personagem Issira, adquire significações específicas no entrecruzamento entre forma feminina, temporalidades dissonantes e deslocamentos geográficos. Considera-se, ademais, o gesto de uma autora brasileira que ficcionaliza um Egito antigo para ambientar um monstro tradicionalmente ligado à cultura europeia, evidenciando a dimensão transcultural do vampiro. O trabalho fundamenta-se em obras referenciais sobre o Gótico como: Gótico (2024), de Fred Botting; Demônios Íntimos (2018), de Filipe Furtado; O gótico e seus monstros: a literatura e o cinema de horror (2021), de Emílio Soares Ribeiro; Góticos: Perspectivas contemporâneas (2023), organizado por Marcio Markendorf, Daniel Serravalle de Sá e Izabela Drozdowska-Broering, e Poéticas do Mal (2022), organizado por Júlio França e Daniel Silva. Para o estudo específico do vampiro, utilizamos as obras: Vampiros: autópsia de um mito (2005), de Claude Lecouteux, e Vampiros na França Moderna: A polêmica sobre os mortos-vivos (1659-1751)(2020), de Braga. Desse modo, a pesquisa articula de maneira contínua crítica e teoria, buscando compreender como o vampiro feminino, no conto de Júlia Lopes de Almeida, se configura como um monstro de fronteira, marcado por transmutações.
MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - AURICELIO SOARES FERNADES
Externo(a) à Instituição - JANILE PEQUENO SOARES
Externo(a) à Instituição - JOÃO PAULO DA SILVA FERNANDES
Presidente(a) - 1809459 - LUCIANE ALVES SANTOS