PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: LARISSA SOUTO ARAGAO DE BRITO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA SOUTO ARAGAO DE BRITO
DATA: 15/12/2025
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO: O MARAVILHOSO SATÍRICO EM AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE, DE JOSÉ SARAMAGO
PALAVRAS-CHAVES: realismo maravilhoso; sátira; José Saramago; As intermitências da morte.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: O presente trabalho se propõe a analisar a presença e a comunhão do realismo
maravilhoso e da sátira na construção do romance As intermitências da morte (2005), de
José Saramago. O objetivo central desta pesquisa consiste em examinar não apenas a
presença individual de cada categoria, mas também como esses procedimentos literários
coexistem e se inter-relacionam, culminando em um efeito estético e crítico singular,
que denominamos maravilhoso satírico. Ao longo da narrativa, as ações da morte são
responsáveis pelos acontecimentos desencadeados, uma vez que, a partir de sua greve,
surgem diversas preocupações relacionadas às atividades sociais. A humanidade, que
sempre almejou a imortalidade, encontra-se em caos absoluto ao vislumbrar a realização
desse grande desejo, em uma situação em que temor e interesse se entrecruzam. Nesse
contexto, a obra se organiza em três momentos: a parada repentina da morte, o seu
retorno às atividades e a sua personificação. A metodologia adotada é de natureza
bibliográfica e fundamenta-se na leitura analítica do romance, além do diálogo com
aportes teóricos que sustentam o realismo maravilhoso, segundo Irlemar Chiampi
(2015) e David Roas (2014), e a sátira, a partir das concepções de György Lukács
(2011) e Mikhail Bakhtin (2010). Os resultados obtidos demonstram que o maravilhoso
satírico se configura como o eixo estruturante da obra: o insólito é naturalizado pela voz
narrativa, transformando-se em um veículo que intensifica a crítica e expõe a falência
ética das personagens e das instituições sociais, enquanto a sátira opera o rebaixamento
das figuras de poder e a elevação da sabedoria popular e da força transformadora da
arte, validando o maravilhoso satírico como uma chave de leitura para a crítica social e
a reflexão filosófica na poética de José Saramago.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 337965 - ARTURO GOUVEIA DE ARAUJO
Interno(a) - 1809459 - LUCIANE ALVES SANTOS
Externo(a) à Instituição - MARIA ANALICE PEREIRA DA SILVA