PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
(83) 3216-7289
Notícias
Banca de DEFESA: HÉLIO MÁRCIO NUNES LACERDA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HÉLIO MÁRCIO NUNES LACERDA
DATA: 16/12/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 407
TÍTULO: HISTÓRIAS MAL/RE/CONTADAS DE TITUBA, LA SOCIÈRE... NOIRE DE SALEM
PALAVRAS-CHAVES: Tituba; Escravidão; Bruxaria; Giro decolonial; Colonialismo.
PÁGINAS: 182
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Este texto discute o romance Moi, Tituba, la sorcière noire de Salem, de Maryse Condé (2017), para problematizar a construção ficcional de Tituba, mulher negra, escravizada, acusada de bruxaria na vila de Salem, no século XVII, na Nova Inglaterra, atual estado de Massachusetts. Para investigar as condições, os limites e as possibilidades de escrever sobre uma personagem que dispõe de poucos registros escritos, tomo de empréstimo o conceito de fabulação crítica de Saidiya Hartman (2020), como possibilidade e experimento para construir respostas ao apagamento histórico de sujeitos colonizados. Orientado por uma perspectiva decolonial, que revisita o período escravocrata sob um viés contra-hegemônico, realizo um trabalho bibliográfico para tematizar a obra de Condé. Assim, considerando o espectro estético de descentralizar as narrativas oficiais e escrever uma literatura ancorada no hibridismo cultural, a obra de Maryse Condé opera um giro decolonial (Maldonado-Torres, 2009), ao deslocar o discurso do colonizador para narrar os processos de colonização pela voz de Tituba, a mulher negra escravizada. Para compor seu projeto literário, a autora põe em marcha uma intrincada teia em que se mesclam escravidão, colonização, racismo, religião, fé, disputas religiosas e a opressão das mulheres negras no seio do nascente mundo colonial moderno (Quijano, 2009). Meu objetivo é problematizar a representação ficcional dessa personagem recriada por Maryse Condé, em suas formas de enfrentar a condição de mulher preta escravizada, inserida em uma comunidade estritamente religiosa e puritana do período colonial norte-americano. Desse modo, mais que uma narrativa dissidente, o romance constrói outra chave de leitura para a colonização do Novo Mundo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - EDNA SOUZA CRUZ
Interno(a) - 3121212 - FRANCIANE CONCEICAO DA SILVA
Externo(a) à Instituição - ORISON MARDEN BANDEIRA DE MELO JUNIOR
Externo(a) à Instituição - PAULO DE FREITAS GOMES
Presidente(a) - 1613139 - VANESSA NEVES RIAMBAU PINHEIRO