PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
(83) 3216-7289

Notícias


Banca de DEFESA: ELAINE MORAIS LOURENÇO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAINE MORAIS LOURENÇO
DATA: 09/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: MEMÓRIA E CORPO: INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE FEMININA NEGRA NA POESIA DE ELISA LUCINDA
PALAVRAS-CHAVES: Literatura negra feminina; Performance; Memória; Corpo; Poesia
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Brasileira
RESUMO: A presente dissertação busca evidenciar a desconstrução do silêncio e o rompimento dos estereótipos envoltos ao corpo da mulher negra brasileira, através da poesia da artista contemporânea Elisa Lucinda. Ao longo da historiografia literária que constitui o cânone brasileiro, deparamo-nos com clássicos que enrijecem vários aspectos em relação à condição da mulher negra, que é frequentemente inferiorizada, o que ultrapassa o período escravocrata no Brasil, e tornam tais reminiscências as heranças hediondas da atualidade. A fim de guiar nossos estudos, buscamos nas pensadoras negras brasileiras o reajuste da presente deformidade social. A identidade de objeto, por exemplo, imposta aos corpos de mulheres negras, é captada e denunciada pela ativista do movimento negro brasileiro e escritora Sueli Carneiro (2001), estimulando reflexões que atingem uma determinada linha do movimento feminista, que não reconhece as particularidades situacionais das mulheres negras. Nesse sentido, os modelos de ficcionalização atribuídos aos estudos da professora Leda Maria Martins, contribuem para o intuito de desnudar o pensamento colonial, responsável pelas agruras protagonizadas pelos corpos de mulheres negras, desde o período escravista. Para ela, a memória dos saberes que constitui a cultura afro-brasileira dissemina-se por inúmeros atos de performance artística, sendo um mais-além do registro gravado pela letra alfabética. Nossa investigação, portanto, se deu por meio de análises das reminiscências que se presentificam na escrita e na performance poética de Elisa Lucinda, contribuindo com a tese levantada. Portanto, constatamos que a literatura negra feminina produzida no Brasil tem um singular papel na exaltação da voz, do corpo e do posicionamento da mulher negra, uma vez que objetiva sua emancipação, legitimada pela memória, através da inscrição de uma história que, por muito tempo, manteve-se exclusivamente pelo viés eurocêntrico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1757884 - SAVIO ROBERTO FONSECA DE FREITAS
Interno - 1410297 - AMANDA RAMALHO DE FREITAS BRITO
Externo à Instituição - SAYONARA SOUZA DA COSTA