PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: FABIO GUSTAVO ROMERO SIMEÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIO GUSTAVO ROMERO SIMEÃO
DATA: 25/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: O RISO COMO RUÍDO: HUMOR E SOCIEDADE NA CONTÍSTICA DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA
PALAVRAS-CHAVES: Literatura angolana. Humor. José Eduardo Agualusa.
PÁGINAS: 195
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Desde suas origens, a literatura angolana tem aproximado as malhas da ficção aos quadros da realidade material do país, dedicando-se incansavelmente à crítica do poder oficial e das injustiças perpetradas por figuras de autoridade. Em um primeiro momento, no contexto da colonização lusitana, a irreverência libertária das letras angolanas direcionava-se no sentido de combater as violências inerentes ao arranjo colonial e assim afirmar sua identidade nacional; no entanto, o acentuado teor crítico e a profunda preocupação sociopolítica dessa tradição literária não esmaecem uma vez conquistada a independência. Longe disso, o que pudemos constatar foi que o algoz deixou de ser necessariamente o imperialismo europeu e passou a ser o próprio Estado angolano – o qual, depois de expulsar os antigos colonos, não conseguiu livrar-se das estruturas hierárquicas e das desigualdades deixadas atrás por eles. Um dos caminhos mais profícuos pelos quais essa crítica aconteceu foi o do humor; com efeito, diversos escritores do país africano têm encontrado no riso uma ferramenta útil para enfrentar toda classe de ultraje. Nessa seara, um dos nomes que mais se destaca é o de José Eduardo Agualusa, autor oriundo da região de Huambo, quem, desde sua estreia literária, vem abordando problemas de ordem social, político e econômico que Angola vive a partir de uma linguagem notoriamente humorística, notadamente satírica. Isto posto, o objetivo da nossa pesquisa é explorar as formas em que o humor é empregado por Agualusa para pensar criticamente sobre diversos aspectos da vida social angolana, sobretudo na sua produção contística. O corpus consiste especificamente de quatro narrativas publicadas originalmente no marco temporal que vai de 1999 a 2006, sendo elas: “Dos perigos do riso” e “O Evangelho segundo a Serpente”, de Fronteiras perdidas; “Dê aos seus filhos um passado melhor”, de O homem que parecia um domingo; e “A gargalhada”, de Passageiros em trânsito.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RENATA FLÁVIA DA SILVA
Externo à Instituição - RODOLFO MORAES FARIAS
Presidente - 1613139 - VANESSA NEVES RIAMBAU PINHEIRO