PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
(83) 3216-7289
Notícias
Banca de DEFESA: JORANAIDE ALVES RAMOS
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JORANAIDE ALVES RAMOS
DATA: 30/07/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: ENTRE LUA, ÁGUA E TERRA: A Poética do Ecofeminismo Afromoçambicano em Sónia Sultuane e Deusa dÁfrica
PALAVRAS-CHAVES: Ecofeminismo afromoçambicano. Deusa dÁfrica. Sónia Sultuane
PÁGINAS: 225
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Outras Literaturas Vernáculas
RESUMO: Esta tese propõe e fundamenta o conceito de ecofeminismo afromoçambicano com base em algumas obras poéticas de Sónia Sultuane No colo da Lua (2009), Roda das encarnações (2016), O lugar das ilhas (2021) e Deusa dÁfrica A voz das minhas entranhas (2014), Ao encontro da vida ou da morte (2014), Cães à estrada e poetas à morgue (2022). O estudo nasce da averiguação de que, apesar da expansão teórica e geográfica do ecofeminismo, isso tem ocorrido a partir epistemologias majoritariamente hegemônicas, com pouco reconhecimento das cosmopercepções afromoçambicanas. Em Moçambique, ainda são iniciantes as discussões acadêmicas que vinculam ecologia, gênero, espiritualidade e ancestralidade, sobretudo, no que concerne a literatura de autoria de mulheres. A partir disso, o objetivo desta pesquisa foi o de analisar como os corpora selecionados contribuem para a concepção do ecofeminismo afromoçambicano, associando natureza humana, natureza mais-que-humana, espiritualidade, ancestralidade e questões de gênero. O estudo se deu por meio de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e qualitativa, com abordagem hermenêutica, concentrada na produção de imagens e de metáforas poéticas. Os resultados assinalam que as poéticas soniana e deusiana se voltam para a construção do ecofeminismo afromoçambicano, um movimento plural e situado. Com base em imagens peculiares aquela mais espiritualizada e contemplativa, esta mais visceral e crítica ambas ressignificam as relações entre humanos, especialmente, mulheres e natureza mais-que-humana corroborando a necessidade da ética de coexistência e de vínculo ontológico com os ciclos vitais, por meio das categorias lua, água e terra, eixos simbólicos das coletâneas selecionadas. Concluo, portanto, afirmando que o ecofeminismo afromoçambicano estende e desenvolve o campo ecofeminista e que a poesia apresentada se constitui como um lugar de resistência e de inspiração para práticas de justiça ecológica, cuidado e consciência da interdependência entre humanos e mais-que-humanos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1757884 - SAVIO ROBERTO FONSECA DE FREITAS
Interno - 922.596.340-87 - CÍNTIA ACOSTA KÜTTER - UFRA
Interno - 1613139 - VANESSA NEVES RIAMBAU PINHEIRO
Externo à Instituição - ELAINE CRISTINA RAPOSO DOS SANTOS
Externo à Instituição - IZABEL DE FÁTIMA DE OLIVEIRA BRANDÃO