PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: ITAMARA PATRICIA DE SOUZA ALMEIDA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ITAMARA PATRICIA DE SOUZA ALMEIDA
DATA: 30/07/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma MEET
TÍTULO: RESPEITE A RIMA DAS POETAS NORDESTINAS: Vozes-mulheres do Slam das Minas/PE
PALAVRAS-CHAVES: Slam; Slam das Minas/PE; Direito à Cidade; Literatura Contemporânea Brasileira
PÁGINAS: 170
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Esta pesquisa tem como principal objetivo visibilizar as vozes-mulheres (EVARISTO, 2011;
2016) do Slam das Minas/PE, um slam auto-organizado por jovens mulheres diversas (negras,
transsexuais, lésbicas, bissexuais) que surgiu no Recife no ano de 2017 e que se alinha à
crescente produção feminina da cena de slams no Brasil, buscando, cada vez mais, visibilizar
uma agenda das mulheres por representatividade nos espaços de slams e, consequentemente,
na literatura contemporânea brasileira de autoria feminina. Para a realização dessa pesquisa
utilizamos a metodologia de trabalho de campo, com aplicação de entrevistas, registros
fotográficos, de vídeos e gravações, baseando-se na noção do método etnográfico de perto e
de dentro (MAGNANI, 2002; 2009; 2012). As formulações presentes nessa tese foram
elaboradas durante o trabalho de campo realizado no ano de 2023, no qual ocorreram quatro
seletivas e a grande final desse Slam. Partindo da hipótese de que slams auto-organizados por
mulheres são espaços de reivindicação de direitos, de visibilidade e de temas que colocam na
agenda do dia uma produção literária de mulheres, especialmente mulheres negras e
periféricas, que procuram ecos para discorrer sobre gênero, classe e raça, em uma perspectiva
decolonial e feminista, utilizamos como base, principalmente, estudos de intelectuais negras
que buscam interseccionalizar esses temas, como Conceição Evaristo (2011; 2016) e o
conceito de escrevivência, Cida Bento (2022) e a discussão em torno da branquitude, Patrícia
Hill Collins (2019) e a noção de espaço seguro, as contribuições de Lélia Gonzales (1988) em
se tratando das questões raciais em torno do feminismo negro. Notamos também, ao longo da
pesquisa e a partir da metodologia, a reivindicação em ocupar os espaços públicos, mesmo
com todas as implicações que pode haver para as mulheres, esse Slam ocorre em praças e
espaços públicos, e, para melhor estabelecer relações com o tema do direito à cidade, conceito
difundido por Henri Lefebvre ([1968] 2001) e David Harvey (2014), recorremos,
especialmente, a Joice Berth (2024) e Leslie Kern (2021), pensadoras que atualizam o debate
em torno do direito à cidade em uma perspectiva feminista e antirracista. A partir das
observações em campo, análise de poemas e entrevistas, pudemos constatar que o Slam das
Minas/PE constitui um espaço seguro de solidariedade e sociabilidade, afetos e resistência
para as mulheres em suas diversas feminilidades, no qual, a partir dele as poetas amplificam
suas vozes na denúncia de uma sociedade patriarcal, racista e classista e reivindicam seus
direitos à uma cidade diversa e plural para todas e todos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347382 - ANA CRISTINA MARINHO LUCIO
Interno - 1859272 - ALYERE SILVA FARIAS
Interno - 2641290 - MOAMA LORENA DE LACERDA MARQUES
Externo à Instituição - ANDRÉ MAGRI RIBEIRO DE MELO
Externo à Instituição - TANIA MARIA DE ARAUJO LIMA