Banca de DEFESA: BRUNA VITORIA DE OLIVEIRA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA VITORIA DE OLIVEIRA FERREIRA
DATA: 25/02/2025
HORA: 08:30
LOCAL: AUDITÓRIO CCS - Auditório Humberto Nóbrega
TÍTULO: Fadiga por condições pós-covid e a associação com a qualidade de vida, segundo o sexo
PALAVRAS-CHAVES: Fadiga. Síndrome Pós-COVID-19 Aguda. Qualidade de Vida
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: Introdução: A covid-19, causada pelo SARS-CoV-2, gerou uma pandemia com milhões de casos e óbitos. Além da fase aguda, deixou sequelas persistentes, conhecidas como condições pós-covid. A fadiga, um dos principais sintomas, afeta a funcionalidade e qualidade de vida, especialmente em mulheres, comprometendo suas atividades diárias. Objetivo geral: Analisar a associação da fadiga por condições pós-covid na qualidade de vida de pessoas no Brasil, segundo sexo. Objetivos específicos: mapear evidências científicas publicadas sobre o impacto da fadiga por condições pós-covid; estimar a prevalência da fadiga por condições pós-covid na população estudada; investigar os efeitos da fadiga por condições pós-covid na qualidade de vida de homens e mulheres no Brasil; comparar os efeitos da fadiga entre pessoas do sexo masculino e feminino acometidos pelas condições pós-covid no Brasil. Metodologia: Estudo do tipo transversal, de abordagem analítica e retrospectiva, realizada em todo o território brasileiro. Os dados foram coletados utilizando um questionário estruturado (com questões sociodemográficas; histórico relacionado com a fase aguda da covid-19; presença de doenças crônicas anteriores a covid-19; sintomas das condições pós-covid e estado/região do país em que reside) e a Escala European Quality of Life – Five Dimensions, Five Levels (EQ-5D-5L). A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 5.841.147. A análise de dados foi realizada por meio de análises bivariadas com o teste de Mann-Whitney. Resultados: A amostra incluiu 1.911 pessoas, majoritariamente mulheres (73,1%), entre 18 e 30 anos (57,9%), solteiras (63,0%) e com ensino superior incompleto (53,9%), que foram internadas por sintomas da covid-19 (94,3%), ainda não havia recebido nenhuma dose de vacina contra a covid-19 (98,7%) e que não haviam sido diagnosticadas com covid-19 antes de serem vacinadas (64,3%). A maioria relatou condições pré-existentes (80,1%), destacando-se hipertensão (5,9%) e depressão/ansiedade (6,2%). A fadiga foi o sintoma mais prevalente (89%), seguida por indisposição (74,8%) e ansiedade (73,4%). Houve maior prevalência do sexo feminino em todas as regiões do país, com destaque para as regiões: Sudeste (90,2%), Norte (89,5%) e Centro-oeste (88,9%). O sexo feminino teve maior prevalência de todos os sintomas das condições pós-covid, com destaque para a fadiga (74,9%) e prejuízos na qualidade de vida, especialmente nos domínios: dor (0,567) e atividade (0,256). Diferenças estatisticamente significativas foram observadas nos domínios de mobilidade, atividade, dor e ansiedade, sendo o sexo feminino mais afetado nesses aspectos (p≤0,05). Houveram perdas de 16,22% para o sexo masculino e 20,37% para o sexo feminino na média geral de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde, resultando num estado geral de 83,77% para os homens e de 79,63% para as mulheres, com diferenças estatísticas significativas. Considerações finais: A fadiga apresenta-se como agravo prevalente no contexto das condições pós-covid com desfechos na qualidade de vida relacionada à saúde das pessoas, sobretudo no sexo feminino. É essencial que a fadiga pós-covid seja reconhecida como uma condição relevante no Brasil, sendo necessária o desenvolvimento de novas pesquisas para embasar políticas públicas e aprimorar o diagnóstico precoce e intervenções nos serviços de saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3226188 - MARIA ELIANE MOREIRA FREIRE
Interno - 1622650 - ORIANA DEYZE CORREIA PAIVA LEADEBAL
Externo à Instituição - RENATA KARINA REIS