PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENERGIAS RENOVÁVEIS (PPGER)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: PHILIP ALEXANDRE ARAÚJO VENTURA DOS SANTOS
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PHILIP ALEXANDRE ARAÚJO VENTURA DOS SANTOS
DATA: 09/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO CEAR
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO E POTENCIAL ENERGÉTICO DE BIO-ÓLEO PIROLÍTICO ORIUNDO DE LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: cinética, lodo de esgoto, pirólise, bio-óleo, proknow-C.
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
RESUMO: O aumento no número de publicações ao longo dos anos reflete tanto os avanços
tecnológicos quanto o crescente reconhecimento da importância da pirólise como uma
solução sustentável para a gestão de resíduos e recuperação de energia. Entre 2006 e 2014,
houve um aumento gradual no número de artigos publicados, com um crescimento mais
acentuado a partir de 2014. O pico de publicações em 2022 sugere um alto interesse e
avanços notáveis na área. O portfólio final inclui 52 artigos, classificados por sua
importância científica com base no número de citações. A análise dos autores e periódicos
mostra uma liderança significativa de pesquisadores como Zhai Yunbo, Leng Lijian, e Hu
Yanjun, e uma diversidade de fontes, refletindo a natureza interdisciplinar do campo. A
nuvem de palavras destaca o foco em pirólise, lodo de esgoto, bio-óleo e catalisadores,
indicando a busca por soluções sustentáveis e eficientes para a gestão de resíduos e
produção de energia renovável. Geograficamente, a China lidera as publicações, seguida
por países como Irã e Canadá, enquanto o Brasil está ausente, indicando uma lacuna na
pesquisa nacional sobre o tema. A análise sistêmica identificou que a produção de bio-óleo
enfrenta dificuldades como a gestão de emissões tóxicas e a complexidade do processo.
Impactos positivos incluem a redução do volume de resíduos e a produção de bio-óleo
utilizável como combustível. Estratégias de mitigação, como a utilização de catalisadores,
otimização das condições de pirólise e integração de tecnologias de pré-tratamento, são
essenciais para maximizar os benefícios e superar os desafios. As amostras de bio-óleo
(BOCG e BOJP), produzidas por pirólise a temperaturas entre 300 e 400°C, demonstraram
um poder calorífico significativamente superior ao do lodo de esgoto inicial. O poder
calorífico médio foi de aproximadamente 39.675,33 para BOCG e 40.841 para BOJP,
comparado a cerca de 12.170,5 para o lodo CG e 11.234,5 para o lodo JP. A Amostra 2 de
BOJP apresentou um valor de 42.349 , próximo ao do diesel (42.252,40 ), sugerindo que os
biocombustíveis resultantes da pirólise podem competir com combustíveis fósseis em
termos de densidade energética. As medições de pH para os bio-óleos BOCG e BOJP,
todas superiores a 7, indicam características alcalinas, a alcalinidade dos bio-óleos pode
reduzir a corrosão nos sistemas de combustível, mas também pode formar depósitos
alcalinos que afetem a eficiência do motor. A análise FTIR das amostras BOCG e BOJP
revelou a presença de grupos hidroxila, compostos alifáticos e anéis aromáticos, indicando
composições químicas complexas; essas composições complexas tornam ambos os bio-
óleos adequados para aplicações como biocombustíveis ou produtos químicos renováveis.
As densidades dos bio-óleos BOCG (838 kg/m³) e BOJP (842 kg/m³) estão dentro da faixa
de densidade de petróleos leves e biodiesel, indicando propriedades físicas comparáveis a
estes combustíveis. Os graus API corrigidos para BOCG (36,37°) e BOJP (35,57°)
classificam-nos como leves, tornando-os mais valiosos no mercado e mais eficientes em
termos de custos de transporte e refinamento. A análise termogravimétrica das amostras
BOCG e BOJP, aquecidas até 800°C, revelou comportamentos térmicos semelhantes, com
perda de massa significativa entre 150°C e 450°C. A análise da energia de ativação das
amostras BOCG e BOJP, utilizando o método Flynn-Wall-Ozawa, revelou que a energia de
ativação aumenta com a conversão, indicando reações mais complexas à medida que a
conversão progride. Esses dados são cruciais para otimizar processos industriais, como a
destilação de bio-óleos, garantindo uma separação eficiente dos componentes e
maximizando a recuperação de produtos úteis. Os resultados obtidos sugerem que o bio-
óleo de lodo de esgoto possui uma boa estabilidade térmica e um alto potencial energético,
tornando-o uma promissora alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1980960 - FLAVIA DE MEDEIROS AQUINO
Interno - 007.382.484-44 - JOELDA DANTAS - UFPB
Interno - 1731152 - KELLY CRISTIANE GOMES DA SILVA
Externo ao Programa - 1662888 - MARTA CELIA DANTAS