CT - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA (CT - PPGEQ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: IZABELLA RAYANA PRADO DE MENDONCA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IZABELLA RAYANA PRADO DE MENDONCA
DATA: 26/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do PPGEQ
TÍTULO: Estudo da produção e análise físico-química de aguardente mista de abacaxi e algaroba
PALAVRAS-CHAVES: frutas; Anamas comosus; Prosopis juliflora; aguardente; planejamento fatorial; fermentação alcoólica; destilação.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Química
RESUMO: O Brasil se destaca como um dos principais produtores de frutas do mundo, ficando logo atrás da China e da Índia nesse ranking. Na região da Paraíba, especificamente, há vastas plantações de abacaxi, o que faz dessa fruta uma importante fonte de renda para a população local e uma atividade econômica significativa. No entanto, uma parcela considerável da produção é perdida devido ao amadurecimento das frutas antes de serem comercializadas. A algaroba é uma planta facilmente encontrada em regiões semiáridas, conhecidas por sua riqueza em nutrientes e açúcares que contribuem para o processo de fermentação alcoólica. Com base nesse cenário, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar uma aguardente mista feita a partir de abacaxi e algaroba. O intuito é criar um produto que possa ser comercializado, gerando assim uma nova fonte de renda para a região. O abacaxi foi adquirido em feira livre da cidade de João Pessoa, as vagens da algaroba coletadas no semiárido paraibano e as leveduras adquiridas no comércio. O suco do abacaxi e o caldo da algaroba foram extraídos em prensa hidráulica. Para otimizar e determinar as melhores condições do processo fermentativo, foi realizado um planejamento fatorial completo 22 + 3, envolvendo diferentes leveduras, a Saccharomyces bayanus e a Saccharomyces cerevisiae. Foram variadas as concentrações de levedura e a proporção entre o suco de abacaxi e o caldo da algaroba, considerandoos como as variáveis de entrada. A fermentação alcoólica do planejamento experimental ocorreu em um total de quatorze ensaios e em sistema de batelada. As variáveis independentes avaliadas foram o percentual de conversão, a produtividade e o rendimento de biomassa e produto em relação ao substrato. Após a fermentação alcoólica, os cálculos foram realizados e a melhor resposta foi encontrada no ponto central, com uma concentração de levedura de 0,3 g/L e proporções iguais de algaroba e abacaxi. Tanto para a levedura Saccharomyces cerevisiae quanto para a Saccharomyces bayanus, essa configuração resultou em desempenho otimizado. Para a Saccharomyces cerevisiae, os resultados foram os seguintes: percentual de conversão (82,23%), produtividade de 0,637 g/L.h, o rendimento de biomassa em relação ao substrato (Yx/s) de 0,004 gx/gs e rendimento de produto em relação ao substrato (Yp/s) de 0,422 gp/gs e o resultado obtido para a Saccharomyces bayanus, o desempenho foi ainda melhor em comparação com a Saccharomyces cerevisiae, com um percentual de conversão de (98,87%), a produtividade de 0,944 g/L.h, o rendimento de biomassa com relação ao substrato (Yx/s) foi de 0,016 gx/gs e o rendimento de produto com relação ao substrato (Yp/s) foi de 0,447 gp/gs. Com esses resultados, as melhores condições foram conduzidas para um processo de fermentação em maior quantidade para produção da aguardente. Foi realizado um estudo da destilação do fermentado alcoólico e a fração coração obteve grau alcoólico de 34,6° GL para a levedura Saccharomyces Bayanus e 39,4° GL para a levedura Saccharomyces cerevisiae. Também foi feita uma maturação acelerada das aguardentes obtidas utilizando chips de madeira carvalho no período de um mês. Os parâmetros de identidade e qualidade das aguardentes produzidas foram analisados e comparados com a legislação vigente para aguardente de frutas. Comparando os resultados obtidos com outros trabalhos que utilizaram frutas na composição da aguardente, verificou-se que o resultado apresentado nesse trabalho se encontra próximo aos apresentados e o percentual de conversão e produtividade com valores superando os apresentados. Com base nesses resultados, podemos afirmar que o planejamento fatorial completo é uma ótima ferramenta de otimização de processo e comprovou que o uso do abacaxi e da algaroba como matérias-primas para elaboração da aguardente mista é uma alternativa para evitar o desperdício do excedente na produção do abacaxi e agregando as boas características fermentescíveis da algaroba para o desenvolvimento de um produto que possa ser comercializado aumentando emprego e renda.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1859841 - ANDREA FARIAS DE ALMEIDA
Interno - 6338198 - FLAVIO LUIZ HONORATO DA SILVA
Presidente - 1911833 - JULICE DUTRA LOPES
Externo à Instituição - RENATA TORRES DOS SANTOS E SANTOS
Externo à Instituição - SHIRLENE KELLY SANTOS CARMO