Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIEL CAVALCANTE DE OLIVEIRA FERNANDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL CAVALCANTE DE OLIVEIRA FERNANDES
DATA: 17/06/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 23 - PPGFis
TÍTULO: Fragilidade Física Em Pessoas Idosas Comunitárias De Uma Cidade De Pequeno Porte Do Nordeste Do Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Pessoa Idosa. Fragilidade; Envelhecimento. Saúde Comunitária. Saúde do Idoso.
PÁGINAS: 65
RESUMO: INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional tem exigido maior atenção à saúde de pessoas idosas, especialmente na funcionalidade e em contextos comunitários. A fragilidade física, conceituada como a redução da reserva fisiológica, redução da capacidade de retorno à homeostase e da resistência a estressores, é um risco para essa população. O fenótipo da fragilidade foi proposto por Fried et al. (2001) como uma ferramenta para identificar a fragilidade física em pessoas idosas. OBJETIVO: Identificar a prevalência e os fatores associados à fragilidade física em pessoas idosas de uma cidade de pequeno porte do Nordeste do Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal, com caráter descritivo e inferencial. Os dados são referentes à primeira onda do estudo EPI_força Jacaraú, coletados entre dezembro de 2023 e maio de 2024. Utilizou-se um instrumento semiestruturado para coletar os dados. A análise estatística foi realizada pelo software R® (versão 4.1.3). A estatística descritiva incluiu frequências absolutas e percentuais. A estatística inferencial utilizou o teste qui-quadrado para identificar associações entre as variáveis dependente (fenótipo da fragilidade) e as independentes (características sociodemográficas de saúde física e funcionais da amostra). O teste de Kruskal-Wallis foi aplicado para comparar variáveis entre os grupos do fenótipo (robustos, pré-frágeis e frágeis), com ajuste de Bonferroni (p<0,016). O teste de Mann- Whitney foi utilizado para identificar diferenças de distribuição entre subgrupos e número de critérios positivos do fenótipo de Fried. RESULTADOS: O qui-quadrado não identificou associações significativas entre a classificação do fenótipo da fragilidade física e as características da amostra. O pósteste não paramétrico diferenciou a distribuição de postos entre robustos e frágeis nas variáveis idade, Pontuação na FES (medo de cair), Atividades instrumentais de vida diária (Lawton) e os pré-frageis dos frágeis nas variáveis idade e Pontuação na FES (medo de cair). o critério positivo mais prevalente (43,5%) na amostra foi a baixa força de preensão palmar (n=110) seguida de lentidão da marcha com 40,3% (n=102), baixo nível de atividade física com 35,2% (n=89) e exaustão com 20,2% (n=51) e por fim a perda de peso, com 12,3% (n=31). No que se refere ao número de critérios positivos, para os préfrágeis, ele foi de 30,1% (n=76) para um e de 29, 2% (n=74) para dois itens e, entre os frágeis, de 17,8% (n=45) de três e 2,4% (n=6) de quatro. Houve diferença significativa entre as distribuições de postos nos subgrupos de características da amostra e número de critérios positivos do fenótipo da fragilidade de Fried: sexo (p=0,044), autoavaliação do estado de saúde (p=0,034), número de visitas a médicos no último ano (p=0,036), multimorbidade (p=0,050) e escala Katz (p=0,038). CONCLUSÃO: A prevalência de fragilidade física foi expressiva, principalmente com os pré-frágeis. A fragilidade física foi associada a fatores como idade avançada, maior pontuação da escala FES (medo de cair) e escala de Lawton (AIVDs). Quanto ao número de critérios positivos do fenótipo da fragilidade de Fried destaca-se o sexo feminino, a pior autoavaliação do estado de saúde, maior número de visitas a médico no último ano e a dependência nas AVDs.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2842971 - ELAMARA MARAMA DE ARAUJO VIEIRA
Presidente - 1433915 - GERALDO EDUARDO GUEDES DE BRITO
Externo ao Programa - 1315038 - SIMONE BEZERRA ALVES