Banca de DEFESA: LETICIA SOUZA MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LETICIA SOUZA MARTINS
DATA: 25/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: PPGFis Sala 23
TÍTULO: Análise Comparativa da Associação da Tens com o Método Pilates na Lombalgia Crônica: ensaio clínico aleatorizado, sham-controlado e duplo-cego
PALAVRAS-CHAVES: Dor Lombar; TENS; Técnicas de Exercício e de Movimento.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO: A lombalgia crônica é uma das principais causas de incapacidade no mundo, gerando impactos significativos na qualidade de vida e sobrecarga aos sistemas de saúde. Dentre as abordagens fisioterapêuticas mais utilizadas no manejo dessa condição, destacam-se o Método Pilates e a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea. Apesar do uso difundido de ambos os recursos, ainda são escassas as evidências sobre os possíveis efeitos sinérgicos da aplicação simultânea dessas terapias. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da adição da TENS a um protocolo de Pilates nos desfechos de dor, capacidade funcional e estado emocional em indivíduos com lombalgia crônica. Método: Conduziuse um ensaio clínico aleatorizado, sham-controlado e duplo-cego com 101 portadores de lombalgia crônica, os quais foram submetidos a 12 sessões de exercícios seguindo os princípios do Método Pilates no solo. Os sujeitos foram divididos em dois grupos, um com a TENS ativa (100Hz, 100μs, intensidade forte), e outro com o Sham durante toda a sessão de Pilates. A intensidade da dor e a capacidade funcional foram avaliadas antes da aplicação do protocolo de tratamento (T0), imediatamente após a primeira sessão (T1) e após 12 sessões (T2), enquanto a percepção de melhora e satisfação dos sujeitos com o tratamento após o término do protocolo (T2). Os dados foram analisados por ANOVA para medidas repetidas com post hoc de Bonferroni e teste t para amostras independentes, utilizando o software SPSS v.25. Resultados: Ambos os grupos apresentaram redução significativa da dor após a primeira sessão, com manutenção da melhora até a 12ª sessão. No grupo PILATENS, a intensidade da dor reduziu, em média, de 6,02 (±1,95) para 1,61 (±2,01); no grupo SHAM, de 6,46 (±1,81) para 2,40 (±2,49). A ANOVA para medidas repetidas indicou efeito significativo do tempo sobre a dor (p < 0,001), sem diferença entre os grupos (p = 0,21). Na capacidade funcional, também se observou melhora significativa: no grupo PILATENS, o escore no RMDQ caiu de 6,33 (±4,63) para 2,35 (±3,18), e no grupo SHAM, de 6,31 (±4,91) para 3,21 (±3,59). As diferenças dentro de cada grupo foram estatisticamente significativas (p < 0,001), mas sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,308). Ambos os grupos também relataram percepções positivas quanto à melhora clínica e satisfação com o tratamento, sendo que o grupo PILATENS apresentou média significativamente maior (5,90 ± 1,23) do que o grupo SHAM (5,21 ± 1,49), com p = 0,013. Conclusão A adição da TENS ao Método Pilates não proporcionou benefícios adicionais na redução da dor ou melhora funcional em indivíduos com lombalgia crônica. Esses resultados destacam a importância do uso racional de recursos terapêuticos e incentivam novas pesquisas sobre combinações de tratamentos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - NIVALDO ANTONIO PARIZOTTO
Presidente - 2425533 - PALLOMA RODRIGUES DE ANDRADE
Interno - 1361307 - VALÉRIA MAYALY ALVES DE OLIVEIRA