PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR (PPBCM)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Notícias


Banca de DEFESA: MARIA HELENA DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA HELENA DO NASCIMENTO
DATA: 23/09/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Departamento de Biologia Molecular CCEN - UFPB
TÍTULO: Avaliação do potencial antimicrobiano de extratos de folhas e sementes de Moringa oleifera Lam. frente à microrganismos patogênicos humanos
PALAVRAS-CHAVES: Fitoterápicos; resistência aos antibióticos; compostos bioativos; microrganismos resistentes; patogenicidade.
PÁGINAS: 88
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Microbiologia
RESUMO: Diante do cenário atual de resistência aos antimicrobianos, a busca por novos fármacos a partir de produtos naturais derivados de plantas apresenta grande potencial biotecnológico. Usada na medicina tradicional e conhecida popularmente como “arvore milagrosa”, a Moringa oleifera apresenta diversas propriedade biológicas, incluindo atividade antimicrobiana e antioxidante. Assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante de extratos de folhas frescas, secas e sementes de M. oleifera, assim como, determinar seus compostos fitoquimicos. Foram feitos extratos aquosos, metanólicos e etanólicos de folhas e sementes de M. oleifera, os quais foram analisados com relação à atividade antimicrobiana através do teste de difusão em ágar frente as cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), S. aureus resistentes à meticilina (MRSA 712, 984, R2 e S1), Enterococcus feacalis, Bacillus cereus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e a levedura Candida albicans. As concentrações inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM) foram determinadas pelo teste de diluição em micoplacas de 96 poços. A atividade antioxidante dos extratos foi avaliada pelo teste de teste de capacidade de sequestro do radical 2,2 difenil¬ 1¬ picrilhidrazila (DPPH). A composição fitoquímica dos extratos foi analisada determinando o teor de compostos fenólicos totais em todos extratos testados e pela cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (HPLC-MS) para extratos etanólicos e metanólicos de folhas secas. Verificou-se que os extratos etanólicos de folhas secas e de sementes de moringa obteveram os maiores rendimentos. Os extratos aquosos de folhas frescas e de sementes apresentaram a maior atividade antimicrobiana frente às cepas B. cereus, E. faecalis, S. aureus e MRSA S1, R2, 712 e 984, enquanto as cepas E. coli, P. aeruginosa e C. albicans demonstraram resistência aos extratos. As menores CIMs foram verificados para o extrato de folhas frescas para E. faecalis, B. cereus e MRSA (3,12 mg/mL) e para o extrato aquoso de sementes para MRSA (0,78 mg/mL). Por sua vez, a menor CBM foi encontrada no extrato aquoso de folhas frescas para B. cereus (6,25 mg/mL) e extrato aquoso de sementes para MRSA (0,78 mg/mL). Com relação a atividade antioxidante todos os extratos folheares apresentaram atividade, sendo o extrato aquoso de folhas secas apresentou maior atividade (223,82 µg/mL), enquanto os extratos de sementes não apresentaram atividade antioxidante. Para teor de compostos fenólicos totais, o extrato metanólico de folhas secas apresentou o maior teor 67,6525 mg EAG/g e para sementes o extrato aqusoso apresentou maior teor 19,4279 mg EAG/g. O perfil fitoquimico dos extratos etanólico e metanólico de folhas secas, que demonstraram semelhança apresentando 18 compostos classificados na sua maioria como flavonoides e ácidos fenólicos. A M. oleifera demonstrou ser uma espécie promissora para finalidades fitoterapêuticas, uma vez que apresentou-se como agente antimicrobiano frente a diversas bactérias, incluindo S. aureus resistente a meticilina.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Presidente - 2305006 - KRYSTYNA GORLACH LIRA
Externo ao Programa - 338028 - MARCIA ROSA DE OLIVEIRA