PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR (PPBCM)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Notícias


Banca de DEFESA: LAYANNE CABRAL DA CUNHA ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAYANNE CABRAL DA CUNHA ARAUJO
DATA: 22/08/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Biologia Molecular/CCEN
TÍTULO: Exercício aeróbico crônico de natação promove alterações morfofuncionais em íleo de rato
PALAVRAS-CHAVES: Exercício aeróbico crônico, natação, reatividade contrátil, íleo de rato
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO: Anormalidades na reatividade contrátil intestinal representam um dos processos fisiopatológicos que caracterizam a cólica intestinal, diarreia e constipação. O exercício é uma atividade que afeta todos os órgãos e tecidos, o que resulta em muitos benefícios para a saúde. E interfere na contratilidade intestinal de camundongos exercitados em esteira, diminuindo essa contratilidade. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do exercício aeróbio crônico de natação na reatividade contrátil, peroxidação lipídica e morfologia do íleo de ratos. Para isso, utilizou-se ratos Wistar (Rattus norvegicus), que foram divididos nos seguintes grupos, grupo sedentário (SED), que ficou em contato com a a água por 2 minutos durante o treinamento dos ratos exercitados. Grupo exercitado (EX), que foram submetidos a um exercício de natação por uma hora, sendo fixado ao tronco do animal um anel de metal, correspondente a 3% do seu peso corporal. Os animais exercitados foram divididos em grupos que realizaram este procedimento 5 dias por semana durante 2 (EX2), 4 (EX4), 6 (EX6) ou 8 (EX8) semanas. Após o quinto dia de treinamento, os animais descansaram por 48 h. Em seguida, os animais foram eutanasiados, o íleo foi retirado, suspenso em cubas de banhos para órgãos isolados e foram registadas as contrações isotônicas. Todos os protocolos experimentais foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPB (Protocolo: 0907/13). Curvas concentrações-resposta cumulativas ao KCl foram atenuadas em função do exercício, conforme os valores de Emax, que foi reduzido de 100% (SED) para 63,1 ± 3,9, 48,8 ± 3,8, 19,4 ± 1,8, 59,4 ± 2,8% nos grupos exercitados por 2, 4, 6 e 8 semanas, respectivamente. Porém, não apresentou diferença significante no parâmetro de potência contrátil. De forma similar, as curvas concentrações-resposta cumulativas ao carbacol (CCh), foram atenuadas em função do exercício, conforme os valores de Emax de 100% (SED) para 74,1 ± 5,4, 75,9 ± 5,2, 62,9 ± 4,6% nos grupos exercitados por 2, 4 e 6 semanas, respectivamente. E o grupo EX8 (Emax = 89,7 ± 3,4%) não apresentou diferença significante do grupo SED. No entanto, A potência contrátil do CCh não foi alterada em relação ao grupo SED, mas foi alterada entre grupos EX2 (CE50 = 1,5 ± 0,5 x 10-6 M) e EX8 (CE50 = 2,1 ± 0,4 x 10-7 M), EX6 (CE50 = 1,5 ± 0,3 x 10-6 M) e EX8. A concentração de malondialdeído (MDA), que indica a peroxidação lipídica, foi aumentada de 20,6 ± 3,6 µM/mL (SED) para 44,3 ± 4,4 µM/mL (EX4), porém essa peroxidação não foi alterada no grupo EX6 (20,0 ± 3,6 µM/mL) e EX8 (17,2 ± 3,6 µM/mL). A camada muscular total (CMT) foi reduzida de 75,5 ± 0,9 µm (SED) para 63,0 ± 1,3 µm (EX6), e não apresentou diferença significante nos outros grupos exercitados. A camada muscular circular (CMC) foi reduzida de 50,9 ± 0,3 µm (SED) para 44,0 ± 1,8, 43,5 ± 1,3, 35,5 ± 1,4 e 41,6 ± 0,6 µm, nos grupos exercitados por 2, 4, 6 e 8 semanas, respectivamente. Já a camada muscular longitudinal (CML) foi aumentada de 21,6 ± 0,3 µm (SED) para 31,8 ± 1,0, 36,2 ± 2,5, 29,6 ±1,8 e 30,8 ± 1,3 µm, nos grupos exercitados por 2, 4, 6 e 8 semanas, respectivamente. De acordo com os resultados, o exercício aeróbico: altera reatividade contrátil do íleo ao KCl e CCh, diminuindo a amplitude da contração intestinal e promove alterações em nível tecidual para estabelecer uma adaptação do órgão ao exercício. A diminuição da reatividade contrátil e as alterações histológicas parecem não estar correlacionadas com a peroxidação lipídica. Demonstra-se pela primeira vez uma relação direta entre o treinamento de natação e a reatividade intestinal do músculo liso de rato, que devem ser melhores estudados e assim esclarecer os mecanismos envolvidos e possíveis implicações terapêuticas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1199261 - AMILTON DA CRUZ SANTOS
Presidente - 337384 - BAGNOLIA ARAUJO COSTA
Interno - 1860244 - DARLENE CAMATI PERSUHN