Banca de DEFESA: LAYSSA GUALBERTO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAYSSA GUALBERTO DA SILVA
DATA: 25/02/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Plataforma virtual (Google Meet)

Link: 

meet.google.com/szb-vxaa-ueg
Participar por telefone: (US) +1 478-412-7229
PIN: 278 969 469#

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS TÓXICOS DA PEÇONHA BRUTA DE Bothrops jararacussu SOBRE EMBRIÕES E LARVAS DE PEIXE-ZEBRA (Danio rerio).
PALAVRAS-CHAVES: Neurotoxicidade. Estresse Oxidativo. Toxicidade. Proteínas ofídicas.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO: O ofidismo é uma doença negligenciada responsável por atingir aproximadamente 2,7 milhões de pessoas no mundo, afetando principalmente países subdesenvolvidos. No Brasil, 90% dos casos notificados e identificados são de serpentes do gênero Bothrops. A Bothrops jararacussu apresenta relevância clínica, sendo sua peçonha composta por substâncias capazes de desencadear efeitos locais e sistêmicos culminando no desenvolvimento de morbidades e/ou mortalidade do indivíduo acometido. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos tóxicos desencadeados pela presença da peçonha sobre o sistema modelo embrião de peixe-zebra. A estabilidade da peçonha bruta de B. jararacussu sob as condições utilizadas nos experimentos de toxicidade em embriões e larvas de peixezebra foi avaliada através da mensuração dos tempos de protrombina (TP) e tromboplastina parcial ativada (TTPa) do plasma humano citratado na presença de diferentes quantidades da peçonha e em distintos tempos de exposição. Complementarmente, foram avaliadas a taxa de mortalidade, alterações morfológicas, movimentos espontâneos e batimentos cardíacos, bem como determinados parâmetros de toxicidade (LC50, NOAL e LOAEL) e alterações no perfil bioquímico das enzimas biomarcadoras de toxicidade (glutationa-S-transferase, GST, catalase, CAT, lactato desidrogenase, LDH e acetilcolinesterase, AChE) dos embriões e /ou larvas de peixe-zebra após a exposição à peçonha bruta de B. jararacussu. A toxicidade aguda foi avaliada por exposição semi-estática de embriões e larvas de peixe-zebra à peçonha durante 96 horas. Nossos resultados indicaram que a presença da peçonha bruta de B. jararacussu causa toxicidade em embriões e larvas de peixe-zebra, causando mortalidade de embriões nas primeiras 24 horas de exposição, além de alterar o número de movimentos espontâneos da cauda e a atividade de AChE. Também foi verificado alterações nas atividades de enzimas antioxidantes GST, LDH e CAT. A avaliação destes resultados nos permite sugerir que os efeitos tóxicos causados pela presença da peçonha nos estágios iniciais do desenvolvimento do peixe-zebra são mediados, em parte, por ação neurotóxica, indução de estresse oxidativo e metabólico dos componentes de baixa massa molecular e/ou proteínas que compõe a peçonha bruta. Avaliações toxinológicas utilizando o peixe-zebra como modelo são escassas, no entanto, este estudo apresentou resultados promissores que fomentaram o desenvolvimento de futuras pesquisas em toxinologia ofídica usando este animal como organismo modelo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1775477 - DANIELA PRISCILA MARCHI SALVADOR
Interno - 2475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Externo à Instituição - PAULA HELENA SANTA-RITA