PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (PPGC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: MARYELLEN INGRID DE ARAUJO BÃDÃRÃU

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARYELLEN INGRID DE ARAUJO BÃDÃRÃU
DATA: 27/08/2018
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Demid/CCHLA
TÍTULO: A crônica feminina na imprensa paraibana: trajetórias, escritas de si e cotidiano
PALAVRAS-CHAVES: Crônica. Imprensa feminina. Gênero. Jornalismo paraibano.
PÁGINAS: 56
RESUMO: A crônica tem forte relação com o cotidiano e é um dos gêneros responsáveis por melhor descrever os fatos, a partir de um ator social comum: o cronista. Esse gênero tem consolidação nos jornais impressos paraibanos, configurando grande audiência para as questões levantadas nas publicações. A crônica feminina, baseada a partir das vivências e do olhar das mulheres em relação ao mundo, tem colaborado para inscrição de trajetórias das mulheres como indivíduos atuantes na sociedade, e consequentemente na imprensa. O universo da escrita, que comumente era descrito pela presença majoritariamente masculina, é transformado pela inserção das mulheres, caracterizado pelas lutas para adentrar e permanecer na esfera pública. Sendo assim, o objetivo principal dessa pesquisa foi estudar a presença das crônicas na imprensa paraibana, mais especificamente as crônicas produzidas por mulheres nos jornais impressos A União e O Contraponto. Para isso, temos como objetivos específicos: refletir sobre a atuação dessas mulheres no jornalismo local e o papel da crônica no processo de construção de sentidos, consolidando-se como um lugar de fala e representação; perceber como as crônicas mantêm sua relação com temáticas que representam o cotidiano das cronistas e formam uma instituição do saber, que segundo Certeau (1982), estabelecem conexões com o lugar social do qual as mulheres ocuparam e consolidaram. Também observar como as crônicas são inseridas nas plataformas digitais, tais como blogs, sites e redes sociais, em um contexto onde as narrativas se apresentam de maneira multiespacial. Para tal, foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva, para que fosse possível construir um cenário de discussões em relação à crônica e à presença feminina na imprensa. Contamos com um trabalho bibliográfico e documental que possibilitou o levantamento do corpus da investigação, que compreende as publicações de Vitória Lima, Joana Belarmino e Ana Adelaide Peixoto nos dois jornais mencionados, no período de janeiro a dezembro de 2017. Esse recorte aponta para a incorporação das crônicas em ambientes digitais, que devido ao acesso das cronistas a essas plataformas, possibilitou a inserção das produções textuais femininas na internet, e que de forma sistemática, são compartilhadas e comentadas. Além disso, uma pesquisa de campo foi necessária, a partir da realização de entrevistas em profundidade com as mulheres cronistas, que de acordo com o roteiro estruturado, pautou questões de gênero, rotinas de escrita e trajetória na imprensa paraibana. Com a reunião e interpretação do material, baseamo-nos no conceito da Hermenêutica da Profundidade de Thompson (2011) para uma análise qualitativa, considerando os dados frutos do cruzamento das informações coletadas na pesquisa de campo e nas entrevistas em profundidade, a partir de uma interpretação das discussões simbólicas. Com este trabalho, buscamos evidenciar a trajetória das mulheres na imprensa paraibana, que desde o seu estabelecimento, vem contribuindo com novas interpretações do cotidiano, fazendo da crônica uma ferramenta para a prática de uma meta-memória, que se faz tão importante para a inscrição feminina na história e o registro de suas vivências e perspectivas.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 337889 - CLAUDIO CARDOSO DE PAIVA
Presidente - 2337501 - SANDRA RAQUEW DOS SANTOS AZEVEDO