A dissertação busca verificar como se apresenta o colunismo social nos jornais impressos de João Pessoa e o seu modo particular de construção do cotidiano, observando as narrativas sobre o espaço público, as formas de socialidades existentes e os estilos de vida. Parte-se da conjetura que o colunismo social na imprensa exibe diariamente diversificados aspectos do cotidiano. Esses aspectos são legitimados pela própria fragmentação temática do jornalismo que tende, entre outras coisas, a aproximar o público de seus produtos. Em razão das peculiaridades que dispõem as colunas sociais, cabe no recorte temático desse gênero, uma gama de assuntos que vão desde os aspectos frívolos e lúdicos do cotidiano aos aspectos mais sérios com foco no interesse público, como a política por exemplo. São analisadas as colunas Abelardo Jurema (Jornal Correio da Paraíba), Gerardo (Jornal da Paraíba) e Goretti Zenaide (Jornal O Norte), tendo como arcabouço teórico-metodológico as teorias dos gêneros jornalísticos; a Sociologia do Cotidiano e as noções-chave que emergem da teoria de Michel Maffesoli. O Formismo, tecido a partir da noção “forma”, foi utilizado como método de procedimento. A análise do objeto empírico demonstra que o cotidiano nas colunas sociais pode ser lido a partir de suas efervescências festivas, mas também a partir de suas fragmentações e conflitos; e nos ajuda a identificar como os imaginários e as identificações de grupos, como a elite, se fazem presentes no cotidiano, transformando-o em campo oportuno para problematizar as experiências estéticas e os estilos de vida dos sujeitos contemporâneos.