A internet modificou a forma de assistir TV. Sendo assim, compartilhamos da ideia que o momento atual é de transformação de conceitos, padrões e práticas para a televisão e consequentemente para os gêneros que a constituem, como o telejornalismo, por exemplo. Novos modos de conceber a informação televisiva passam a fazer parte do cotidiano, onde as conexões móveis permitem que as audiências tenham a possibilidade de usufruir do formato interativo, de maneira que gere o compartilhamento de ideias e a discussão em grupos de pessoas. A hipótese aqui levantada é que os aparelhos portáteis e conectados à internet podem servir de segunda tela para a complementação do conteúdo veiculado no fluxo. Dessa maneira, é possível levar aos telespectadores um telejornal que mantém estruturas convencionais (como a apresentação e a reportagem), mas é veiculado em diferentes plataformas, utilizando linguagem específica em cada meio, uma vez que os recursos à disposição permitem a informação adicional, sem necessariamente obrigar o usuário a se dispersar do material principal e sim continuar submerso no noticiário. Embora, a experiência de segunda tela em telejornais seja realidade em países como: Estados Unidos, Inglaterra e Espanha, no Brasil a ferramenta que proporciona notícia síncrona ainda é novidade. A TV Cultura já utiliza o experimento, o que justifica a escolha deste estudo, que se propõe a analisar as vantagens e desvantagens do uso da segunda tela em um telejornal. A nossa escolha metodológica foi pelo estudo de caso, que nos deu suporte necessário para a investigação, traçando um roteiro de questionamentos, aplicando as observações diretas, coletando as informações e por fim analisando-as. Para efeito desta pesquisa nos propomos a utilizar conceitos de convergência, interatividade e imersão, desta forma pretende-se repensar o fazer telejornalismo como um jornalismo feito para atender as novas demandas surgidas com o avançar da tecnologia.