PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (PPGC)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: DANILO CEZAR DA SILVA MONTEIRO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANILO CEZAR DA SILVA MONTEIRO
DATA: 28/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência ( https://ide-fgv-br.zoom.us/j/96672870621?pwd=eUhjdUpjczNpZERwVTZyQkJmampGUT09 )
TÍTULO: ENQUADRAMENTO MIDIÁTICO E INTERSECCIONALIDADE: O CASO MARIELLE FRANCO NOS SITES FOLHA DE S. PAULO, O ANTAGONISTA E PRAGMATISMO POLÍTICO
PALAVRAS-CHAVES: Enquadramento Midiático. Interseccionalidade. Jornalismo. Marielle Franco
PÁGINAS: 165
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO: A dissertação analisa os enquadramentos provenientes da cobertura midiática do caso
Marielle Franco nos portais Folha de S. Paulo, O Antagonista e Pragmatismo Político em
uma perspectiva da teoria interseccional. O objetivo principal da pesquisa compreendeu
a descrição e análise dos enquadramentos do caso nos três veículos supracitados,
verificando a presença ou ausência dos marcadores sociais e interseccionais na cobertura
jornalística. Teoricamente, o primeiro capítulo considerou as relações entre o jornalismo
digital no Brasil com os principais acontecimentos políticos; e a polarização afetiva nas
eleições de 2018, o que auxilia para a compreensão do contexto em que o assassinato
ocorre. O segundo capítulo se debruçou especificamente sobre os conceitos de
enquadramento midiático e teoria interseccional, considerando os primeiros aportes
teóricos e a evolução das pesquisas desses campos. No aspecto metodológico, a pesquisa
se constitui como estudo de caso, ancorado em duas correntes teóricas: enquadramento
midiático (ENTMAN, 1993, WOZNIAK et al, 2015, RIZZOTTO et al, 2017) e
interseccionalidade CRENSHAW (1989, 1991). A amostra final da pesquisa foi composta
por 360 matérias, sendo 175 da Folha de S. Paulo, 132 de O Antagonista e 53 do
Pragmatismo Político, que foram analisadas em duas etapas: recursos narrativos e
enquadramento midiático nos moldes de Entman (1993). A análise dos recursos
narrativos revelou um baixo grau de narratividade, com pouca frequência de drama. A
única exceção é vista nos textos dO Antagonista, cujo grau de personalização é alto. Em
contrapartida, os papeis narrativos são bastante utilizados nos textos dos três veículos,
que centralizam a imagem de Marielle como vítima de um crime político. No que diz
respeito à análise do enquadramento midiático, percebe-se uma ausência de reportagens
investigativas nos três portais, pois as matérias se limitam aos discursos advindos de
fontes policiais e políticas, gerando enquadramentos que postulam a hipótese de execução
política associada ao cargo que Marielle ocupava e não às pautas por ela defendidas. A
pesquisa também identificou que os perfis editoriais distintos contribuiu para as
diferenças nos enquadramentos construídos. De modo geral, viu-se que os marcadores
sociais e interseccionais aparecem de forma pontual nas notícias, sendo relegados a
agentes ligados aos movimentos sociais, da esquerda ou a familiares de Marielle Franco.
Por fim, concluiu-se que os enquadramentos do caso Marielle nos três portais revelou a
ausência da discussão interseccional na maior parte das matérias.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDA CAVASSANA
Externo à Instituição - NINA SANTOS
Presidente - 1240473 - THIAGO PEREIRA FALCAO