PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (PPGC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS EDMÁRIO NUNES ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS EDMÁRIO NUNES ALVES
DATA: 31/08/2015
HORA: 14:00
LOCAL: PPGC-Sala 111
TÍTULO: A construção imagética das narrativas audiovisuais da cantora pop Lady Gaga
PALAVRAS-CHAVES: Performance; Cultura Pop; Lady Gaga.
PÁGINAS: 50
RESUMO: O presente trabalho tem como proposta analisar as formas imagéticas utilizadas na construção das narrativas audiovisuais da cantora pop Lady Gaga. Queremos mostrar que ela se utiliza do corpo, como valor totêmico (Hall, 2007), para fazer performances que trazem uma quantidade de subjetividades e experiências estéticas simbólicas. Gaga sofre transmutações instantâneas em suas personagens e no seu show de imagens, nos mostrando que a indústria cultural aproveita tudo, transforma tudo em imagem. Até o berro (BUCCI & KEHL, 2004). A circulação de produtos culturais deixa os indivíduos mais dispostos à ação de uma mutação identitária; os videoclipes nos deixam imobilizados com sua quantidade de imagens. Utilizaremos o enfoque teórico ligado aos Estudos Culturais, investigando a Cultura da Mídia (Kellner, 2001), que constrói mitos ligados a uma cultura do consumo; e segundo Bucci & Kehl (2004) os mitos, hoje, são mitos olhados. Lembramos também que a cantora é atualmente uma das maiores artistas acumuladora de fortunas da indústria fonográfica; Lady Gaga surpreende com seus videoclipes, constituindo o que muitas vezes se torna um curta-metragem, com pequenas histórias roteirizadas pela própria cantora com ajuda de sua equipe criativa, a qual ela chama de “Haus of Gaga”. A cantora pop Lady Gaga é uma “mãe monstra” que, numa espécie de videoclipe-manifesto, tem “filhos monstros” que passam a ocupar o mundo dos “normais”, sendo figuras notadamente “diferentes”. O nosso intuito é compreender como Gaga constrói marcas estilísticas através de seus dircusos – tanto oral quanto visual - pois seus videoclipes estão cheios de uma autoria “monstruosa”, como é denominado pela própria cantora. O feminino, em Lady Gaga, é estrategicamente desviante e opera sob nuances que ora negociam com as lógicas estéticas do mercado musical, ora se distanciam destes paradigmas. Assim, cabe problematizar as matrizes estéticas do monstro (CALABRESE, 1987) e de que forma pode-se pensar que a cantora traduz uma espécie de feminilidade do monstro ou uma monstruosidade feminina. Com videoclipes, canções e shows, é possível reconhecer uma política do corpo e dos afetos que se faz dentro do capitalismo cognitivo, nas lógicas de consumo, a partir de práticas performáticas.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1584406 - MARCEL VIEIRA BARRETO SILVA
Interno - 407469 - NADJA DE MOURA CARVALHO
Presidente - 1322090 - THIAGO SOARES