PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (PPGC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: PERAZZO FREIRE DA SILVA JÚNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PERAZZO FREIRE DA SILVA JÚNIOR
DATA: 31/08/2023
HORA: 10:00
LOCAL: https://meet.google.com/gxc-jsnq-djo
TÍTULO: CAIXA PRETA E FUMAÇA: DINÂMICAS ENTRE A FOTOGRAFIA E A JUREMA SAGRADA
PALAVRAS-CHAVES: Fotografia. Colonialidade. Jurema Sagrada. Catimbó. Povo de Terreiro.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO: AA presente pesquisa busca registrar e analisar os jogos fotográficos que atravessam os rituais e a cultura da Jurema Sagrada, a partir de uma análise imersiva nos terreiros Templo dos Doze Reinados da Jurema Santa e Sagrada, em Alhandra, e Casa do Catimbó – Filhos da Jurema Sagrada, em João Pessoa, ambos dirigidos por Pai Beto de Xangô, e nas casas decorrentes desta rama da Jurema, sendo partes, também, desta Comunidade Tradicional de Terreiro (CTTro). Propõe-se uma gira epistêmica de Jurema, trazendo saberes juremeiros e da epistemologia das macumbas aliados aos saberes acadêmicos. Assim como nos Terreiros, aqui há invocações e despachos para a construção dessa gira, dividida em nove partes: Farinha e dendê; Montando a mesa; Guias de Proteção; Povo da rua; Defumação; Abre-se a gira; Arreia, Caboclo; Chamando os Mestres e Deixa a gira aberta. Para isto, é feita uma trajetória teórica, primeiramente explicitando a metodologia da pesquisa, baseada nas noções de Pesquisador Cambono (Simas e Rufino, 2018) e Pesquisa Participante (Brandão, 1999; s/d; Peruzzo, 2003). A Fotografia é conceituada deslocando suas origens para 1492 (Azoulay, 2019), enxergando-a como parte das violências imperiais operantes no período do Brasil Colônia e Brasil Império, especialmente ligadas às teorias eugenistas e raciais que afetaram, e continuam afetando, as populações indígenas e afrodiaspóricas, assim como sua associação com o carrego colonial (Simas e Rufino, 2019) que ainda exerce forças no Brasil, mesmo após a instituição da República. Com isto, pode-se associá-la à noção de dispositivo (Agamben, 2009) ideológico (Machado, 1984) colonial. Propõe-se ainda um levantamento histórico sobre o Catimbó-Jurema, religião de matriz indígena com forte influência africana e europeia, abordando desde as práticas indígenas, passando pela inerente ligação territorial com a cidade de Alhandra e Conde, litoral sul da Paraíba, a partir do Catimbó e da Encantaria de Tambaba, seu processo de federalização e umbandização, chegando na estrutura religiosa praticada hoje nos terreiros pesquisados. São também aportadas pesquisas já existentes sobre a inserção e presença da Fotografia nos espaços ritualísticos dos Terreiros, especialmente ligadas ao Candomblé. Ao trilhar esta trajetória, e entendendo a Fotografia como um dispositivo colonial, busca-se refletir e propor o conceito de Fotografia Ancestral como contra-dispositivo, invocando a flecha certeira dos Caboclos como arma político-poética (Simas e Rufino, 2019). E refletindo as vivências e jogos fotográficos imbricados na CTTro inserida nesta gira.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3153649 - FLÁVIA AFFONSO MAYER
Externo ao Programa - 1517961 - JOAO MARTINHO BRAGA DE MENDONCA
Externo à Instituição - RAFAEL HADDOCK-LOBO