Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIS CARLOS VENCESLAU DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIS CARLOS VENCESLAU DA SILVA
DATA: 15/08/2016
HORA: 14:00
LOCAL: PPGC - SALA 111
TÍTULO: O MEDO SOCIAL E O COTIDIANO: Um estudo de como o Jornal Já aborda o medo em suas narrativas e quais as suas relações com o grotesco
PALAVRAS-CHAVES: Cultura do Medo, Agendamento, Análise de Discurso.
PÁGINAS: 80
RESUMO: Esta pesquisa teve como cerne principal o estudo das narrativas do jornal Já em busca de marcas da exterioridade em seu discurso, uma exterioridade marcada pela cada vez mais forte Cultura do Medo em todo o conjunto da sociedade, no nosso caso mais especificamente no contexto de João Pessoa e da Paraíba. Esta cultura, que coloca populações inteiras em estado de precaução e desconfiança permanente, tem mudado comportamentos, alterado sociabilidades e a forma como a cidade se vê. Mas independente do grau de influência dessa cultura sobre os meios, e dos meios sobre as audiências, iremos nos limitar em observar como as narrativas de um jornal, que lida estreitamente com a pauta da violência, se relaciona com formações discursivas que dizem respeito ao medo social cada vez mais ligado ao impacto da criminalidade. A atenção às formações discursivas se constitui em uma das etapas da pesquisa, que se debruçou sobre três casos/histórias noticiadas pelo Já entre maio e outubro do ano de 2015. A primeira delas, e a que teve maior repercussão, ficou conhecida como “Barbárie dos Bancários”, crime que redundou em um seqüestro de duas mulheres e um bebê e posteriormente na morte de uma das mulheres. O outro caso diz respeito ao assassinato de um garoto na cidade de Sumé, no interior do estado, em um ritual de “magia negra” que teve a participação da própria mãe. O terceiro caso, relatado em duas oportunidades, diz respeito a uma queima de ônibus e ao caos instaurado por bandidos na cidade de Campina Grande, cuja a liderança e idealização das ações partiu de lideres de facções presos em presídios da cidade. Para a análise de todos os casos, levaremos em conta abordagens a respeito do desvio, do tratamento espetacularizado e da enfatização do caráter grotesco. A outra etapa da pesquisa, que envolveu uma abordagem quantitativa (desde o levantamento até a quantificação de dados), exigiu como método a Análise de Conteúdo, e foi focada nas freqüências de agendamento das ocorrências, dos tipos de crimes mais registrados, das cidades mais citadas, nos dias, semanas e meses com maiores veiculações de notícias relacionadas à violência, e especificamente no contexto de João Pessoa, observou-se o número e o tipo de ocorrências por bairro e por zona.Para isso, lançamos mão de uma ferramenta, o programa de computador SPSS, que permite a decodificação de cada unidade de análise (notícias) em diversas variáveis e que, num momento posterior, permite a criação de gráficos e tabelas onde os dados podem ser cruzados. Assim, pudemos, de forma mais criteriosa, chegar a uma cartografia do jornal, no que tange a notícias de violência, e assim observar suas tendências de agendamento naquele período.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 338356 - DERVAL GOMES GOLZIO
Interno - 2324279 - OLGA MARIA TAVARES SETUBAL
Presidente - 2337501 - SANDRA RAQUEW DOS SANTOS AZEVEDO