PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (PPGC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CARLOS EDMÁRIO NUNES ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS EDMÁRIO NUNES ALVES
DATA: 29/08/2016
HORA: 10:00
LOCAL: PPGC - SALA 111
TÍTULO: A IMAGÉTICA DA DIVERSÃO DO CORPO DE LADY GAGA EM VÍDEOCLIPES DA MÚSICA POP
PALAVRAS-CHAVES: Performance; Corpo; Videoclipe; Cultura Pop; Lady Gaga.
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
SUBÁREA: Teoria da Comunicação
RESUMO: O presente trabalho tem como proposta analisar as formas imageticas utilizadas na construcao da personagem da cantora pop Lady Gaga. Queremos mostrar que ela se utiliza do corpo, como “valor totemico” (Hall, 2007), para fazer performances que trazem uma quantidade de subjetividades e experiencias esteticas simbolicas. Gaga sofre transmutacoes instantaneas em suas personagens e no seu show de imagens nos mostrando que a industria cultural aproveita tudo, transforma tudo em imagem. Ate o berro (Bucci & Kehl, 2004). A circulacao de produtos culturais deixa os individuos mais dispostos a acao de uma mutacao identitaria; os videoclipes nos deixam imobilizados com sua quantidade de imagens. Utilizaremos o enfoque teorico ligado aos Estudos Culturais, analisando a “Cultura da Midia” (Kellner, 2001), com seus modos de criar “forma-espetaculo”, e atraves dos “megaespetaculos” e os “espetaculos interativos” constroi mitos ligados a uma cultura do consumo; e que segundo Bucci & Kehl (2004) os mitos, hoje, sao mitos olhados. A cada apresentacao, Lady Gaga faz da sua performance um espetaculo midiatico, sendo uma “atravessadora de midias” (Soares, 2010) que usa a cibercultura para alcancar o imaginario de mais de 61 milhoes de seguidores nas suas redes sociais. Lembramos tambem que a cantora e atualmente uma das maiores artistas acumuladora de fortunas da industria fonografica; usando a “gramatica do meio” (Soares 2013; Silveira, 2013) ela surpreende com seus videoclipes, constituindo o que muitas vezes se torna um curta-metragem, com pequenas historias roteirizadas pela propria cantora com ajuda de sua equipe criativa, a qual ela chama de “Haus Of Gaga”. A cantora intitula-se a “Mother Monster” - “Mae Monstra”, e seus filhos (consumidores das suas performances musicais) sao os “Little Monsters” – os “Monstrinhos”. Esse construto fica mais evidente e ganha mais territorios subjetivos quando a cantora lanca a cancao “Born This Way” (2011), e um videoclipe-manifesto em que ela gera “filhos monstros” que passam a ocupar o mundo dos “normais”, sendo figuras notadamente “diferentes”. O nosso intuito e compreender como Lady Gaga constroi marcas estilisticas atraves de seus discursos, nos seus videoclipes e nas suas apresentacoes ao vivo, que estao repletas de uma autoria “monstruosa”, mas tambem de performances que envolvem o “discurso do corpo” (Glusberg, 2013) que monta e se desmonta com instantaneidade fazendo uso de “codigos de rememorizacao” (Silveira, 2013). O feminino, em Lady Gaga, e estrategicamente desviante e opera sob nuances que ora negociam com as logicas esteticas do mercado musical, ora se distanciam destes paradigmas. Assim, cabe problematizar as matrizes esteticas do monstro (Calabrese, 1987) e de que forma pode-se pensar que a cantora traduz uma especie de feminilidade do monstro ou uma monstruosidade feminina.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1322090 - THIAGO SOARES
Interno - 407469 - NADJA DE MOURA CARVALHO
Externo ao Programa - 1200155 - VIRGINIA DE OLIVEIRA SILVA