PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM (PPGENF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: PATRICIA DA SILVA ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRICIA DA SILVA ARAUJO
DATA: 25/03/2019
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do DENC
TÍTULO: HEPATITES VIRAIS B E C, HIV/AIDS E SÍFILIS EM TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E SEUS FATORES PREDITORES.
PALAVRAS-CHAVES: Trabalhadores, Construção Civil, IST, Prevalência, Comportamento de risco, Consumo de álcool, Conhecimento, HIV.
PÁGINAS: 100
RESUMO: Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) se configuram como sério problema de saúde pública no cenário mundial e nacional, com importantes repercussões físicas, psicossociais e econômicas para o indivíduo. Populações vulneráveis estão mais propensas a prevalência por esses agravos transmissíveis, a exemplo de trabalhadores da construção civil. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo geral investigar a epidemiologia e estimar a prevalência das hepatites virais B e C, HIV/Aids e sífilis. E, como específicos: identificar comportamentos de risco; analisar potenciais fatores preditores; verificar frequência do relato do uso de preservativo; investigar o conhecimento do HIV por meio da escala Knowledge Questionnaire (HIV-KQ) e consumo de álcool e outras drogas, por meio do teste “AUDIT” (Alchohol Use Disorders Identification Test). Método: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, de corte transversal, realizado em unidades de construção civil, localizadas em João Pessoa – Pb. A amostra, obtida por acessibilidade, foi composta por 381 trabalhadores, que atenderam aos critérios de inclusão: ser maior que 18 anos e atuar na construção civil no curso da coleta de dados, que ocorreu no período de maio a agosto de 2018. A investigação ocorreu em 10 unidades de construção civil, após a anuência dos construtores, agendamento prévio e obtenção do consentimento livre e esclarecido dos trabalhadores. O levantamento de dados se deu a partir da aplicação de instrumentos para caracterização sociodemográficas dos participantes, verificação do comportamento e fatores de risco para HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C, teste AUDIT e da escala HIV-KQ e aplicação dos testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite B e C. A análise dos dados relacionada a aplicação dos instrumentos de pesquisa deu-se de forma descritiva, por meio de frequências absolutas e percentuais; medidas como média, desvio padrão, mediana, percentis 25 e 75 e valores mínimo e máximo. Para associação entre duas variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste da Razão de Verossimilhança quando necessário; para a comparação entre categorias em relação a variável continua (percentual de acertos) utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e no caso de diferença significativa foram utilizadas comparações múltiplas do referido teste. Para verificação da hipótese de normalidade foi realizado o teste de Shapiro-Wilk. A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5%. O protocolo de pesquisa foi aprovado CEP/HULW sob CAAE 84297818.9.0000.5183. Os resultados evidenciaram que 97,4% dos trabalhadores são do sexo masculino, 81,4% casados, renda entre 1 a 1,5 salário mínimo, faixa etária predominante de 30 a 39 anos e 34,9% com tempo médio de 10 anos de atuação na construção civil. Houve baixa prevalência para IST, em torno de 0,3% para hepatite B e 1,3% para sífilis. Quanto ao comportamento de risco para IST: 29,2% tiveram mais de um parceiro; 47,6% relatam nunca ter utilizado preservativo e 75,3% não o tinha utilizado na última relação sexual; 45,4% compartilham objetos de higiene pessoal; 15,7% utilizaram droga ilícita alguma vez na vida. Consumo de álcool foi evidenciado em 63% dos trabalhadores, com 14,6% na Zona IV e 13,8% na Zona III, conforme escores do AUDIT. O conhecimento sobre HIV verificado pela escala HIV K-Q, demonstrou que quanto mais anos de estudo dos participantes, maior o número de acertos, com média de 63,35 e maior índice (67,62%) entre os trabalhadores procedentes da capital. Embora a prevalência para IST na população estudada tenha sido baixa e o conhecimento sobre HIV tenha alcançado uma boa média, verificou-se que conforme relatos, os trabalhadores da construção civil apresentam comportamentos de risco para infecção, com ênfase para o consumo de álcool. Tais resultados apontam para intervenções educativas como estratégias importantes a serem estimuladas nas políticas públicas de saúde direcionadas à prevenção e controle das IST.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1626922 - ANA CRISTINA DE OLIVEIRA E SILVA
Interno - 3226188 - MARIA ELIANE MOREIRA FREIRE
Externo ao Programa - 1622650 - ORIANA DEYZE CORREIA PAIVA LEADEBAL