PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM (PPGENF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: MILENNA AZEVEDO MINHAQUI FERREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MILENNA AZEVEDO MINHAQUI FERREIRA
DATA: 29/03/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Sala - PPGENF
TÍTULO: FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS ASSOCIADOS A ADESÃO DE IDOSOS A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA O HIV
PALAVRAS-CHAVES: HIV; Adesão à medicação; terapia Antirretroviral; Idoso;
PÁGINAS: 100
RESUMO: Introdução: O surgimento da epidemia do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e sua evolução para a aids geraram grande impacto na sociedade. No início da epidemia, os idosos não eram considerados como vulneráveis a infecção e as campanhas de prevenção direcionadas a esta população eram escassas, fato que pode ter contribuído para o aumento das taxas de incidência de aids neste grupo etário. A eficácia da terapia antirretroviral (TARV) para o HIV encontra-se bem estabelecida na literatura científica, porém a sua efetividade depende especialmente da adesão à terapêutica. Objetivo Geral: Analisar a adesão de idosos a terapia antirretroviral para o HIV segundo as variáveis sociodemográficas e clínicas. Método: Trata-se de um estudo descritivo, inferencial, retrospectivo e de natureza quantitativa, com fonte de dados secundários, realizado no Complexo Hospitalar de Doenças Infecto-contagiosas Dr. Clementino Fraga. Foi considerado como adesão ao uso da TARV (Grupo G1) os idosos que retiraram sua medicação regularmente na Unidade Dispensadora de Medicamentos, e como abandono os idosos em não houve registro de dispensação dos medicamentos durante um período superior a 90 dias consecutivos (Grupo G2). Para este estudo foi considerado a base populacional de idosos com a infecção pelo HIV/Aids notificados no Sinan da instituição selecionada, durante o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, sendo incluído 59 idosos. Utilizaram-se dois instrumentos, o primeiro refere sobre a dispensação de ARVS registrados no SICLOM, e o segundo trata sobre os dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais registrados nos prontuários. Os dados foram coletados durante o período de Setembro a Novembro de 2018. O projeto de pesquisa obteve parecer 2.924.727, CAAE 95920618.9.0000.5188. Resultados: A taxa de adesão à TARV (G1) foi de 67,2% (39) e de 32,8% (19) em não adesão (G2). Tanto o grupo G1 como o G2, apresentou maior participação do sexo masculino. Em relação ao estado civil, o grupo G1 apresentou maior participação de casados com 46,2% (18), enquanto que no grupo G2 (não adesão) o estado civil predominante foi o solteiro com 42,1% (8). Quanto à escolaridade, o ensino fundamental foi mais frequente em ambos os grupos. Com respeito à orientação sexual há maior participação de pessoas heterossexuais. O fator sociodemográfico mais influente na adesão foi a idade, e como fator clínico as reações adversas. A árvore de decisão evidenciou que a idade maior que 65,7 anos tem uma maior probabilidade em não aderir ao tratamento. O grupo G1 tem como um diferencial a orientação sexual e no grupo G2 o estado civil. O problema da não adesão é estimada ocorrer em 28,5 meses, estabilizando-se após os 50 meses. O grupo G2 obteve maiores valores na contagem de carga viral. Considerações Finais: Esta pesquisa identificou que a idade, reações adversas, orientação sexual, estado civil e alta carga viral são fatores que podem influenciar no processo de adesão a terapia antirretroviral em idosos. Sendo assim, a questão da adesão a terapia antirretroviral ao HIV/aids na população idosa carece de um maior aprofundamento, tanto para os cuidados no tratamento como para o desenvolvimento de ações e programas de prevenção, e o desenvolvimento de um protocolo de manejo clínico específico destinado a esse grupo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1626922 - ANA CRISTINA DE OLIVEIRA E SILVA
Externo ao Programa - 6331987 - JOAO AGNALDO DO NASCIMENTO
Presidente - 334075 - VALERIA PEIXOTO BEZERRA